Capítulo 8- Um pesadelo me leva à outro

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Eu estava sozinha correndo pela floresta a noite. Meu coração estava acelerado e eu estava com medo.

Muito medo.

As árvores pareciam ficar cada vez menores e mais próximas de mim, como se o corredor que eu corria diminuía a cada passo que eu dava.

Não sabia ao certo o que me perseguia, só sabia que se me alcançasse, eu morreria.

Eu não conseguia respirar direito, meu corpo não seguia meus comandos, queria parar, queria que eu morresse.

— Não adianta se esconder do seu destino, Penelope Vendise.— uma voz grave disse calmamente, me deixando ainda mais assustada

Corujas com olhos vermelhos me seguiam e cravavam os mesmos em mim, como se a qualquer segundo, pudessem me atacar.

Meus joelhos já estavam doendo, de modo que eu não poderia mais ficar de pé, mas me forcei a continuar.

— Você fugiu por muito tempo. Não tem o direito de fugir mais!— a voz continuava a falar e eu não conseguia fazer nada para que ela parasse.— Penelope Vendise, seu destino foi selado à muito tempo. Não pode fugir dele.

Não pode fugir dele

Não pode fugir dele

Não pode fugir dele

Quem quer que fosse o dono desse grave, repetia milhares e milhares de vezes a mesma frase em minha cabeça. Eu estava ficando louca.

— Você está destinada ao fracasso, filha de...

Me levanto num sobressalto, vendo Chris e Kate ao meu lado, com a mão em meu ombro.

— Pen, você está bem?— Chris pergunta preocupado

— O que foi isso? Estão me perseguindo... a voz... está...

— Você teve um pesadelo, Pen! É normal entre os semideuses. Muitos tem todas as noites.— Kate disse

— Eu nunca tive isso!— tirei meu cabelo do rosto, que estava encharcado de suor

— Acho que a partir do momento em que jogou fora seu colar de proteção... ela meio que acabou! Você está por sua conta agora.— Chris disse com cautela. Sua voz era calma

— Meu pai literalmente me odeia agora!—falei entre suspiros— eu nunca vou ser reclamada. Maldito seja o colar de proteção.

— As coisas não são assim, Pen. Os deuses não ficam chateados e simplesmente não a reclamam. Eles querem guerreiros que levem o seu nome, então... você não está cem por cento ferrada.— o garoto continuou e eu assenti entendendo o que ele dizia— agora vá dormir. Amanhã vai ter muitas atividades!

Ele levantou e voltou para sua cama, se deitando em seguida.

— Boa noite, meninas!—ele se virou e voltou a dormir

Kate permanecia ao meu lado. Ela era uma ótima amiga. Não entendo porque nunca teve companhia antes.

— Está realmente bem? Quer que eu fique com você?

— Estou bem! Pode dormir tranquila.—ela sorriu e voltou para sua cama, que era próxima ao meu colchão.— boa noite Pen.

A luta da minha vida: Penelope VendiseOnde histórias criam vida. Descubra agora