Capítulo 11- Uma música me lembra de casa

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A semana tinha passado mais rápido do que eu imaginava.

Os pesadelos eram repentinos. Todos os dias era como se eu voltasse no mesmo pesadelo. Eram as mesmas cenas, mas com palavras diferentes. O da noite anterior, dizia " O destino. O destino está em jogo." Isso era insuportável. Já sabia que todo semideus tinha esses tipos de sonho, mas como nunca tive, não estava acostumada e isso me irritava profundamente.

Será que todos eram iguais para todo semideus, ou isso significava alguma coisa importante?

Kate tinha mudado de chalé. Agora, sendo reclamada por Afrodite, teria que dormir no chalé dez, junto à suas irmãs e irmãos.

Ela estava feliz por finalmente ter sido reclamada. Depois de tanto esforço da menina, já estava mais que na hora de saber quem era sua mãe.

Uma ótima notícia. Após Kate sair da cabine onze, eu tinha finalmente uma cama. Não precisava mais dormir num colchão no chão.

Os irmãos Stoll não me incomodaram mais. Depois que Luke quase atacou eles naquele dia, os dois não tiveram a audácia de chegar perto de mim. Até mesmo no chalé de Hermes, eles evitavam a troca de olhar comigo ou até mesmo passar ao meu lado.

Em falar em Castellan, também não fazia questão de trocar se quer uma palavra comigo. Se isso me incomodava? Claro que não. Não queria ter nenhum envolvimento com aquele garoto insuportável, que se achava o melhor.

Ainda não sabia o motivo da fala de Kate:

"Não é a melhor pessoa para dizer sobre arrumar confusão, não é Luke?"

Isso passava pela minha cabeça durante várias e várias vezes durante o dia.

Jess, também tinha sido reclamado. O garoto é filho de Ares, o deus da guerra.

Apesar de Jess ser um cara muito misterioso e que ri pouco, ou até mesmo um pouco briguento— à dois dias atrás, ele voou no pescoço de um menino que disse que ele não tinha pai. A partir daí, ele foi reclamado— nunca pensei que ele fosse filho do deus.

O garoto disse que não estava tão surpreso pelo parentesco. Ele via algumas semelhanças com os outros filhos de Ares. Ele havia se mudado para o chalé cinco, à dois dias e parecia ter sido até bem recebido por Clarisse e sua tropa.

Eu continuava presa no mesmo lugar. Nada de tão interessante tinha acontecido de uma semana
para cá. A única coisa realmente boa, foi o fato de meu castigo ter acabado, não precisaria mais lavar aqueles pratos imundos.

Acabei conhecendo muitas pessoas e fiquei muito amiga dos sátiros que cuidavam dos campos de morango— até porque eu roubava pelo menos um por dia— o mais legal deles, Grover, disse que não poderia me dar morangos, mas que ele guardaria pelo menos um para mim todo dia.

Apesar da semana ter sido bem tranquila, Annabeth vem me ajudado bastante. Ela tem treinado esgrima comigo todos os dias e disse que estava ficando cada vez melhor, o que me deixou bem feliz. Eu quero ser a melhor. Eu preciso ser a melhor.

Já era noite e eu estava terminando de trocar de roupa no chalé, prendendo meu cabelo, quando alguém abriu a porta. Olho para trás e era Jess.

— Ei cara, não sabe bater não?— Chris pergunta ao garoto, que dormia ali à duas noites atrás. Ele estava deitado em seu beliche, apenas olhando para o teto.

Me viro de frente para o garoto e ele para em minha frente.

— Oi— falei

— Oi!— me respondeu— o pessoal vai fazer fogueira hoje. Os filhos de Apolo vão tocar. Vamos?

A luta da minha vida: Penelope VendiseOnde histórias criam vida. Descubra agora