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no dia seguinte.

•JEON•

não me lembro que horas ao certo eu cheguei em casa, mas me lembro perfeitamente que eu havia bebido muito, enchi a cara literalmente.
o quão ridículo pode soar em que eu tento me distrair matando alguém, enchendo a minha cara, ou acabando com a minha vida com as mãos diversas drogas que passava diariamente na minha boca.
eu lidava com os tais sofrimentos dessa vida, me embriagando em qualquer bar aberto da esquina de Seul, me drogando ao ponto de me deixar louco, matando alguém que ousa entrar em meu caminho.
andava e andava nas mãos diversas lugares daquela cidade, com o meu carro a mil, eu andava rápido demais, eu podia pegar uma multa facilmente.
mas quando a cabeça está vazia e a única coisa que pode te distrair é algo que pode te matar ao mesmo tempo.
todos os meus sentimentos se esfriaram alguns dias atrás, não tenho a emoção que eu tinha, não tenho a força para lidar com qualquer merda que pode aparecer na minha vida.
o único prazer que tenho é aterrorizante, são obscuros e qualquer um teria medo de mim.
não iriam conseguir olhar em meus olhos, se á única coisa que tenho dentro de mim é a escuridão escura por cada parte do meu corpo.
eu confesso que peguei pesado comigo mesmo, enchi a cara ontem de noite como se não houvesse o amanhã.
eu até sentir meu corpo fraco demais, foi um dos motivos ter voltado para a casa.
quem sabe alguém me encontre morto em qualquer esquina dessa cidade, ou até mesmo um necrófilo tenta transar com o meu corpo.
que horrível.

***

eu tomei um banho e logo desço para a cozinha, me sentando na mesa.
naquela mesa redonda, só estava eu e meus pensamentos.
olhava tudo em volta e tudo estava calmo demais, nenhum ruído, nenhuma voz para me atormentar nesse momento.
eu até achei que estava atrasado para a escola, foi aí que olhei para o relógio que estava em meu pulso.
era apenas 6:00 da manhã, ainda faltava 1 hora para ir a escola, mas eu já estava pronto.

decido não comer nada, só fiquei sentada na cadeira com as mãos em cima da mesa grande e tão redonda.
eu confesso que estava me sentindo culpado por tudo que estava acontecendo, vendo Lisa tristeza o seu sofrimento era tudo por minha causa, mas culpa do seu pai também que a tratou igual um lixo e ainda vendeu para um estranho.
pelo menos, agradeço a ele por ter a dado logo para mim. deste que cheguei naquela escola, meus olhos sempre eram vidrados em seu rosto, no seu corpo, tudo que era referente a Lisa... eu estava olhando tudo com muita delicadeza.
mas como sou um psicopata sem sentimento algum, quem me conhece iria imaginar que eu estava procurando a minha próxima pressa.
a verdade, é que a encontrei em uma escola qualquer em um ambiente normal, e não, não a vi como uma vítima.
e sim como minha mulher.

***

tudo estava calmo até demais, já estava me preparando para começar o dia irritado com os meninos já que eles não haviam aparecido ainda.
tudo bem, eu que não vou me atrasar por causa daqueles fedelhos.
meu peito ficou calmo derrepende, os meus pensamentos foram embora igual uma viatura correndo atrás de um bandido em pleno luz do dia.
os meus sentimentos ficaram mais quentes, e desta vez não estava frios como costumavam ser.
tudo ficou calmo, quando sinto um perfume suave e muito bom do meu lado.
olhei derrepende e me deparo com Lisa.

- O que quer? - perguntei sentindo ainda seu cheiro suave do meu lado. Suponho que seu perfume ficou impregnado por todo canto da casa.

- Nada... - ela respondeu. Vejo Lisa se sentar na cadeira do meu lado, engoliu seco. A mesma me olhou, e logo entende Lisa estava pedindo permissão para falar.

four girlsOnde histórias criam vida. Descubra agora