four girls

~29

•SEOKJIN•

não entendo a minha mente.
um desespero surgiu em mim derrepende.
não, a Jisoo não podia ir para nenhum lugar com o Eunwoo.
era como se eu ficasse perdido sem ela, todos os sentidos ficassem cinzas e pretos sem aquela mulher por perto.
a respiração ficava desregulada toda vez que pensava na possibilidade de ver a Jisoo longe de mim e além do mais com o Eunwoo que só estava com ela para usá-la e ser um troféu para a máfia japonesa.
perdido.
era assim que me sentia.
andei por vários bares para saciar a minha sede, porém a única coisa que me matava era o álcool chamado "desespero" que me consumiu por dentro me impedindo de continuar andando.
só tive forças mesmo para ligar para Eunwoo para me encontrar no mesmo restaurante, onde partilhamos nossos momentos de infância.
momentos nossos que se tornaram passados, que se tornou frio para ambos.

***

peço um café para o garçom, o homem assentiu com a cabeça logo trouxe o meu pedido.
eu não sabia o que falar, as palavras pareciam estar me sufocando e me sufocando em cada poros meu.
como se o corpo pesou naquele momento, nenhuma palavra iria sair apenas olhando tentando entender o porquê dele fazer isso tudo.
o clima ficou bem estranho, logo começou uma pequena chuva despencar do céu.
encostei a minha cabeça no vidro para ver melhor cada gota que caia do céu.
escutando os barulhos de chuva caindo no chão, que era satisfatório, acalmava qualquer coração desesperado naquele momento.

avisto Eunwoo entrando no restaurante, logo me olhando e vindo até mim.
seu sorriso sarcástico estava vivíssimo em seus lábios me deixando mais irritado dentro de mim.
porra, eu queria tanto xinga-ló, e dizer tantas coisas para ele até doer a minha garganta e ficar sem voz.
eu podia ficar sem voz mesmo, a garganta não iria doer, pois nenhuma palavra foi dita para mim agora.
vejo que Eunwoo parou bem na minha frente, me olhando com um ar de superioridade.
idiota.

- Sente-se. - peço olhando para a cadeira vazia da minha frente. Sem delongas, Eunwoo sentou na cadeira.

- O que houve irmãozinho? Quer falar mais do passado? Não acha que foi o suficiente a nossa última conversa aqui nesse mesmo local? - Eunwoo colocou suas mãos em cima da mesa, me olhando com um sorriso de canto a canto de orelha.

- Eu não vim falar de nós dois, Eunwoo! Vim para falar de alguém mais importante. - digo. Eunwoo já sabia quem era, e por isso fechou o seu sorriso me fitando seriamente.
A Jisoo me contou que você está pensando em levá-la para o Japão em breve. E lá, vocês dois iriam recomeçar o futuro de vocês.

- Eu não estava pensando em levá-la, e sim eu vou levá-la, ela querendo ou não. E sim, talvez recomeçe um relacionamento em breve, irmão. Não está feliz? - perguntou Eunwoo fingindo que estava triste.

- Filho da puta! Como você pôde fazer isso? Sabemos que você não ama a Jisoo, só quer ela como um troféu apenas para a máfia japonesa usar e abusar da garota. Você não ama ninguém, está se enganando e ainda está enganando ela.

- Sabe... Ontem, eu chamei ela para sair. Jisoo estava muito feliz, andávamos por várias esquinas felizes, dando sorrisos para qualquer pessoa que cruzavam por nós. Você tinha que ver o quanto ela estava bem... O sorriso dela é mais lindo do que qualquer arte de Van Gogh ou de Picasso ou sei lá qual pintor... A sua beleza ultrapassa qualquer obstáculo de beleza. - disse Eunwoo. Porra, eu tinha que concordar, naquele momento eu só abaixei o olhar desviando o olhar, olhando agora para o café da minha frente que já estava frio.
E vendo também que... A sua beleza chama atenção de várias pessoas, nada melhor de usá-la para a máfia japonesa e ganhar dinheiro através disso.