Minha Ex Babá. - Samantha Carpenter.

CAP 6.

POV Samantha Carpenter.

Era 3 da manhã, e eu acordei com meu celular vibrando. Eu soltei um gemido encarando Ethan, que dormia como uma pedra, e peguei meu telefone.

- Mm.. mm oi, alô, quem fala? - eu pergunto sonolenta, e uma voz que eu não reconhecia respondeu.

- Karla. Melhor amiga de Kamila. É que, a gente não tem carona e, Kamila está realmente muito bebada, ela já vomitou umas.. 3 vezes e... Ai, meu Deus! - eu ouvi um barulho de vômito do outro lado da linha. - Não, não ai! Kamila!

Eu estava tentando raciocinar, eu me sentei na cama, soltando um longo suspiro.

- Você pode vir buscar a gente? - Karla pergunta e eu bocejei.

- São... quase quatro da manhã, cara. - eu disse baixinho.

- Ela pediu pra ligar pra você, desculpa. - Karla se desculpa e eu suspiro.

- Eu estou indo. Faz essa maldita vomitar tudo o que ela tiver dentro dela, não quero ela vomitando no meu carro. - eu disse, e desliguei.

Por Deus.

Eu coloquei uma blusa de frio qualquer, e fui até a boate. E lá estavam elas. Kamila com uma cara pessima, segurando seu estômago. E Karla, se abraçando por conta do frio.

- Saaammmyyy! - Kamila sorriu ao me ver, e se aproximou. Eu suspirei, saindo do meu carro. - Abraço. - Kamila tentou pular em meu colo, e eu a empurrei, levemente.

- Não. Nada de colo. Estou brava com você. Eu pedi pra você não beber, Kamila. Eu pedi. Única noite que eu tenho pra descansar e você me pede pra vir aqui! Porra! - eu disse, irritada. Kamila fez um beicinho, e apertou o estômago. - Chega de agir como uma criança irresponsável! Você tem quase 18 anos, cresce um pouco, caralho!

- Agora eu não sou uma criança.. né? - Kamila diz grogue. - Na hora.. de.. na hora de.. de.. me.. xingar.. e...

Kamila estava quase chorando. Sério?

- Ai... - ela choramingou, apertando o estômago. - Dói muito.

- Talvez se você usasse essa sua cabeça pra outra coisa, a não ser foder com minha cabeça e minha vida, você não estaria passando por isso! - eu gritei, e Kamila ficou calada, apenas segurando o choro, enquanto apertava o próprio estômago. Eu estava irritada, sim. Era meu dia de folga, e era pra eu estar dormindo.

Eu fui em direção ao carro, e Karla estava em silêncio, e ajudou Kamila entrar. Kamila ficava gemendo baixinho o caminho inteiro. Ela estava com dor, e eu agora, estava me sentindo mal por ter gritado com a mesma.

- Mmmmmm... - Kamila choramingou mais alto, apertando o estômago e eu encarei a mesma pelo espelhinho do carro.

Meu Deus, que bebezinha. Quase fiz um beicinho vendo a cena.

- Quer vomitar? Quer que eu pare o carro? - eu pergunto e Kamila nega. - Tem certeza?

Kamila não respondeu e estava chorando em silêncio. Ótimo, ela estava chateada comigo. Eu suspirei, e continuei a dirigir. Assim que chegamos na casa de Kamila, eu ajudei Kamila sair do carro, mas ela se afastou do meu toque.

- Kamila...

- Não. - ela diz brava, com os olhos lotados de lágrimas. O bico do tamanho da bunda dela, e a expressão de brava.

- Pelo menos a dor no estômago passou, boneca? - eu disse calma, e Kamila deu os ombros várias vezes, ainda segurando o estômago. Ela logo fez uma careta de dor.

- Bonequinha... - eu tentei abraçar ela mas ela se afastou, bicuda.

Kamila tinha seu lado de filha da puta mas também tinha o seu lado de um bebê vulnerável e inocente. Era fofo. Eu esquecia da diferença de idade as vezes, que ela tinha 17 anos. Ela praticamente era um lado criança imaturo ainda.