Rio de Janeiro, Brasil, 06 de maio de 2023, 18h45.
~Lívia's Pov:
Estamos andando no parque, sentindo a brisa vinda do mar. Já havia escurecido um pouco, e por mais que seja um condomínio fechado, às vezes eu ainda tenho medo de passear de noite. Nunca se sabe do que pode acontecer.
Por essa razão (mentira, é só desculpa pra ficar de grude), estou andando agarrada no braço esquerdo dele. A mão direita dele levava a guia de Penélope, e a minha esquerda levava a de Bisteca. Andávamos e víamos crianças brincando, cachorros correndo atrás de discos e bolinhas, pais e filhos fazendo arte juntos, casais namorando nos bancos, pessoas lendo, tranquilas... tudo parecia em paz.
De uns tempos pra cá, Alex e eu ficamos muito próximos. Eu diria que ele é meu melhor amigo. Me ouve, me entende, me dá conselhos... mas também faz questão de ficar perto de mim. Já perdi as contas de quantas vezes nos trombamos na praia e ficamos brincando na água, ou quando um ia pra casa do outro ficar de bobeira. E nessas vezes que estávamos juntos, eu sempre me sentia diferente. Ele me causa sensações muito diferentes. E eu tenho medo de não ser correspondida.
Eu me apaixonei, sem querer.
Olho de relance para seu rosto, e parecia relaxado, calmo. Decidiu soltar Penélope para andar livremente, mas a bichinha parecia estar precisando dormir, de tão lenta que era a sua passada. Sorri e decidi libertar Bisteca, que do contrário da parceira, saiu correndo freneticamente atrás de algo pra colocar na boca. Ficamos só nós dois, grudados, andando sem um rumo definido por aí.
- Você podia me chamar pra dar uma voltinha dessas mais vezes. Gosto da calmaria – quebro o silêncio entre nós, fazendo com que ele me olhe.
- Boa ideia. Gosto de caminhar com você, ainda mais por aqui – segura minha mão em seu braço, fazendo carinho com o polegar.
Continuamos a andar, e logo assoviei para chamar Bisteca, que logo atendeu ao meu chamado e permaneceu perto de nós. Penélope estava andando calmamente na frente, enquanto era importunada pelo parceiro. De repente ela arrumou energia de não sei onde e começou a correr junto com o macho, pulando pra lá e pra cá.
- Ela é bipolar – comentei, rindo, e ele sorri.
- Que nem você. Um dia tá um amor, no outro só falta me matar.
- Oi? Que mentira! Eu sou um amorzinho todos os dias, admita.
- É mesmo... – sussurra. Talvez não quisesse que eu escutasse, mas escutei.
- O que disse?
- Nada! Nada não...
Relevei e continuamos a andar. Sua mão começou a ficar suada, e parecia impaciente; não entendi o motivo de seu nervosismo.
- Tá tudo bem?
- Tá... não. Me desculpa, é que...
- O que foi? Tá passando mal?
- Não, não é isso! Eu... só não sei como explico.
Franzi a testa, confusa, e parece que seu nervosismo passou para mim.
- Tem uma coisa que eu quero te falar tem um tempo, mas nunca tive oportunidade.
Começo a prestar atenção em suas palavras. Ficamos de frente um pro outro, e ele segura minhas duas mãos.
- Lili, eu não sei se você sente a mesma coisa, mas não custa nada falar... – respira fundo, e continuo a encará-lo confusa – Desde que eu te vi, lá na sala da minha casa, prestando atenção em mim enquanto cantava, eu não consigo parar de pensar em você. Não sei o que você fez, mas eu fiquei interessado em você logo ali. Te conhecer foi a melhor coisa que me aconteceu, e eu quero que saiba o quão importante você é pra mim.
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É Assim que Acontece 🎶
RomanceOnde Alex Ferrari e Lívia Gaspar se encontram e se encantam um pelo outro, fazendo com que surja um sentimento novo e inesperado em seus corações. Acompanhe as fases desse relacionamento leve, saudável e divertido. Finalizada em 09 de abril de 2024