Quando me sinto segura em seus braços

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Rio de Janeiro, Brasil, 21 de agosto de 2023, 18h30.

~Lívia's Pov:

- Pedro? – começo a suar frio, em pânico – O que... o que está fazendo aqui???

- Então a putinha infeliz veio morar em Búzios... achou que ia se livrar tão fácil de mim desse jeito? – se aproxima, mas lhe dou um empurrão pra fora da casa.

- Se avançar de novo, eu chamo a segurança do condomínio! – grito nervosa.

- Calma, gatinha. Só quero saber onde está a minha tia. Mas se quiser, podemos conversar um pouco...

- Já falei pra sair de perto de mim! A velha chata da sua tia mora ali, naquela casa – aponto, já com medo de que ele chegue mais perto.

- Depois eu posso ir pra lá. Tenho que acertar algumas coisas com você – tento me defender, mas ele é mais forte.

Segurava meu braço com força, me empurrando pra dentro de casa. Infelizmente, não tem ninguém aqui hoje; Ellen foi pra casa de sua amiguinha brincar, Karen foi se encontrar com alguma de suas amigas, e meus pais estão de plantão no hospital.

Meu Deus, só quero o meu namorado.

- ME SOLTA! SAI DA MINHA CASA – me joga no sofá, e vem pra cima de mim.

- CALA ESSA BOCA! Você se mudou pra cá, me abandonou em São Paulo, acha mesmo que vou deixar barato???

- EU TERMINEI COM VOCÊ, SEU INFELIZ! VOCÊ IA PRA FESTAS DO SEU TIME DE MERDA E ME DEIXAVA SOZINHA! ME TRAIU COM UMA VAGABUNDA QUE VIVIA SE ESFREGANDO EM VOCÊ NA MINHA FRENTE, PORQUE ERA ESPECIFICAMENTE CARENTE DE HOMEM COMPROMETIDO, E VOCÊ CAIU FÁCIL NA REDE DESSA! VOCÊ É N O J E N T O!

Sinto meu rosto queimar de repente. Ele... me bateu???

Nem deu tempo de raciocinar, pois aperta minhas bochechas com força, e sinto lágrimas escorrerem por meu rosto. Gritei por socorro, mas eu sei que era meio inútil. Na verdade... completamente inútil.

- Escuta aqui, sua vagabunda – fala, com o rosto muito perto do meu – Você ainda é minha, nada mudou.

- Vai fazer o que pra demarcar território? Fazer xixi em mim como o cachorro que você é? – ironizo e recebo outro tapa em resposta.

- Lembra de quando a gente ficava, na sua casa? Você amava as nossas noites juntos, não é? Te fazia até gritar de prazer...

- Eu, com certeza, estava drogada. Me sentia suja toda vez. Você é um escroto, Pedro. Um puta de um escroto...

Quando as mãos do loiro vão para a barra do meu vestido, ele é tirado bruscamente de cima de mim.

- SAI DE CIMA DA MINHA NAMORADA, SEU MERDA! – Era Alex, arrebentando a cara de Pedro com socos.

Alex era forte. Muito forte. Fazia judô desde seus quatro anos de idade, e já era faixa roxa. Ainda fazia muay-thai, e tinha faixa vermelha avançada. Pedro não tem nenhuma chance de se defender. 

- SEU LOUCO! PARA DE ME BATER, QUEM É VOCÊ?

- NAMORADO DA LÍVIA, SEU VAGABUNDO! QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA ENCOSTAR NA MINHA MULHER?

Eram tantos socos que com certeza, Alex vai precisar enfaixar essa mão. O moreno só parou quando o outro estava prestes a desmaiar. Pedro se levanta com dificuldade, cambaleando.

- Se você encostar na minha mulher outra vez, eu te mato. Agora some daqui, vá pra casa do caralho!

- Eu vou voltar, sua vadia...

É Assim que Acontece 🎶Onde histórias criam vida. Descubra agora