Quando o amor multiplica

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Rio de Janeiro, Brasil, 03 de fevereiro de 2030, 06h30.

~Alex's Pov:

Observava a mulher mais linda do mundo se arrumando para ir trabalhar, em seu vestido verde e puro estilo. Seis anos juntos e até hoje me surpreendo com sua beleza. Nunca me acostumo que ela é minha, minha esposa, e que temos um bebê de 6 meses que já está querendo balbuciar as primeiras palavras – sem sucesso, mas ainda tenta.

- Que foi? – ela pergunta, me olha pelo espelho.

- Nada... só estou admirando sua beleza. Cada dia mais linda.

Me aproximo e deixo beijos por seu pescoço, fazendo com que risse e passasse a mão pelo meu cabelo. Não sei o que deu em nós dois, mas nesses últimos 30 dias estamos parecendo dois adolescentes transando toda hora. Eu não posso nem respirar perto dela que não me controlo, e ela a mesma coisa. E nem mesmo na nossa adolescência a gente era assim. Será que... esquece, o menino nem fez 1 ano ainda, a gente não...

Não é?

Parei de pensar nisso e me arrumei para sair também. Deixei minha esposa em seu trabalho, enquanto levava André para ter o "dia com o papai". Seríamos só nós dois, e uma cambada de gente me atormentando na administração da empresa. Olhei para o garoto, perdendo minha confiança como pai responsável a cada minuto que passava.

- Me jura que você não vai fazer merda...

- Dadadadaá – soltava seus sons indecifráveis enquanto brincava com a própria mão.

Suspirei, rindo, e dirigindo até o trabalho. O início da manhã foi bem tranquilo, tirando o fato de que essa coisinha cagou nas calças e eu quase entrei em pânico pra limpar direito. Não morri, ele ficou cheirosinho e consegui engambelar o moleque com um ursinho de pelúcia pra ele brincar. Ele amou conhecer o escritório, e principalmente as pessoas. Até porque, esse garoto nasceu com o espírito de vereador no corpo, e ama ir ao colo de todo mundo.

- Menino, desse jeito eu te perco! – digo, tomando ele das mãos de minha secretária, Eloísa.

- Ele é um fofo! Puxou a beleza do pai...

- É, ele é um amor mesmo – beijo a cabeça de meu bebê, e ele me olhava atento – Obrigado por ficar de olho nele. Você é minha secretária, não babá de criança.

- Imagina, amo bebês. Ainda mais quando são tão amáveis. Tem a sua personalidade também – passa a mão em meu ombro, e já ligo o alerta vermelho.

- Na verdade, ele é mais a Lívia.

- Lívia?

- É, ué. Lívia Gaspar Ferrari, minha esposa.

- Ah, claro, perdão. Bem, nunca vi a sua esposa, mas sei que se ele é tão adorável desse jeito, ela também é.

O clima ficou desagradável, então pigarreei exageradamente para sair logo dali.

- O Romeu já enviou os processos contra o sr. Marcos Andrade?

- Ainda não, vou pedir para ele enviar.

- Ótimo. Esperarei na minha sala. Ah, preciso também que ligue para a sra. Dalva. Conseguimos provas para inocentá-la.

- Sim senhor.

Me virei e entrei na minha sala, com o bebê nos braços. O coloquei no tapetinho ao lado da escrivaninha, vendo que brincava com as coisinhas que comprei pra ele. Era um olho no documento, outro no menino.

No horário do almoço, fui buscar Lívia no seu trabalho, como de costume. Almoçaríamos juntos em um restaurante, depois iríamos para casa. Dia sim, dia não, eu fico só meio período no escritório. Ser o chefe tá me dando mais retorno e paz do que antes, amém.

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