Quando eu te escolho todos os dias

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Rio de Janeiro, Brasil, 8 de novembro de 2029, 7h55.

~Lívia's Pov:

Adivinha que dia é hoje???

OITO DE NOVEMBRO! Mais especificamente... hoje Alex e eu completamos 1 ano de casamento.

Tivemos altas emoções esse ano; Alex conseguiu sair do emprego bosta dele e montou seu próprio escritório de advocacia, eu engravidei, tivemos nosso neném e estamos a cada dia mais apaixonados um pelo outro (mesmo que ele deixe a toalha molhada em cima da cama).

E nesse dia tão especial, acordei com café da manhã na cama feito por ele. Corro riscos comendo? Sim, mas ele fez com tanto amor que seria judiação não comer.

- Foi você que cozinhou mesmo?

- Ué, foi. Por que?

- N-nada não, amor. Tá uma delícia – ele dá um sorriso feliz e um selinho.

- O que acha de sairmos só nós dois hoje? Estamos completando um ano de casamento, o Dedé pode ficar com a Karen e podemos dar uma volta por aí.

- Será que ele vai se acostumar sem a gente?

- Amor, esse menino caga pra nossa existência. Vai no colo de qualquer um, é mimadinho e ama gente nova.

- Será que a Karen vai cuidar direito dele?

- Se ela cuida bem do seu irmão, porque não cuidaria do sobrinho?

Nem contei, mas sim, veio o tão aguardado menininho pra deixar a família mais equilibrada. O nome dele é Nikolas, e é um menino muito agitado, espoleta e inimigo do fim, com 2 meses de vida apenas. Digamos que seja parecido com meu pai, mas só um pouquinho.

- E então? Aceita?

- Tem como dizer "não" pra você?

Ele sorri abertamente e enche meu rosto de beijos. Dou uma risada anasalada e termino de comer as panquecas com mel que ele fez, e bebo todo o suco de laranja. Mando uma mensagem para Karen, perguntando se ela consegue ficar com o bebê por enquanto, e ela confirma prontamente. Esses dois juntos é bagunça na certa, e ainda tem o "tio Trick" que ajuda a deixar pior.

André já acordou querendo o "mamá". Brincamos um pouco com ele depois e o deixamos na cadeira de descanso da sala, brincando com um chocalho e algumas pelúcias. Ele erguia os brinquedos como se quisesse mostra-los pra mim, e eu sorria, o encorajando a brincar. Ser mãe daquela coisinha fofa com os olhos dos avós paternos é incrível. Olhar pra ele é como olhar para Alex, só que com os olhos azuis dos avós.

- Ainda não aceito que esse menino é a sua cara.

- Talvez no próximo venha uma menininha igual a você.

- Eu acabei de parir e você já tá pensando no próximo bebê?

Talvez eu devesse me preocupar, já que o resguardo acabou faz tempo.

- A gente sempre quis ter família grande, quanto antes a gente tiver filhos, melhor.

Ri de sua fala e sinto seus braços me rodearem, me levando para pertinho de si.

- Eu sou realizado com vocês dois, e se vierem mais, minha vida só vai ficar mais completa.

O olhei, com amor, e ele me dá um beijo carinhoso. As gargalhadas de André reverberaram por toda a sala, e meu Deus, como é possível uma risada de bebê aquecer tanto o coração?

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~Narradora's Pov:

As horas passaram voando, e quando Lívia se deu conta, já estava se arrumando para sair com Alex. Estava belíssima em uma saia branca longa, um salto fino preto e uma blusinha de alcinhas de mesma cor, com os cabelos soltos. Para deixá-los mais ondulados, fez um babyliss. Havia feito uma maquiagem sóbria, sem exageros, e se olhava no espelho, gostando do resultado. Fazia tempo que não se via desse jeito... elegante. Alex tem um diferencial de sempre, em qualquer ocasião em que saem juntos, dizer o tipo de roupa pra usar. A última coisa que Lívia faz é se matar de nervos pra pelo menos adivinhar que diabo de roupa usaria.

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