Quando a vida ficou mais feliz

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Rio de Janeiro, Brasil, 21 de agosto de 2023, 14h10.

~Lívia's Pov:

Alex e eu estamos sentados numa toalha posta na grama de seu quintal. Ele tinha o violão em suas mãos, e tocava uma música pra mim.

Aham – Nicolas Germano

"Tanto lugar pra você morar nessa cidade
Tanto lugar pra você ficar
E você tá na minha cabeça
Você não sai da minha cabeça

Você me sufoca e é bom
Faz falta quando não tem
Tá na minha oração
Entre o pai nosso e o amém

Nem deu tempo de sentir saudade
Mais me liga só de sacanagem
Sabe que tem gente perto
E te pergunta tudo que já sabe
Só dá pra falar aham

Se eu gosto de te namorar aham, aham
Se eu tô doido pra te beijar aham, aham
Se eu tô com saudade do seu cobertor
Com vontade de fazer amor aham, aham, aham..."

Ele me olhava com atenção a cada frase que cantava. Os momentos em que ele canta pra mim são os melhores. Me sinto a única menina do mundo, a mais bonita, a mais amada. Ele me faz sentir única dentre tantas outras. Estar com ele é incrível, e nesses dois meses juntos, eu sinto que a vida ficou mais leve, mais divertida.

Ficou mais feliz.

Eu amo as sensações que me causa quando me beija. Amo quando deito em seu peito, percebendo o coração batendo mais rápido porque estou por perto. Amo quando ele deita no meu colo e me pede pra fazer cafuné, já que ele é uma criança carente que precisa de atenção. Amo quando contamos piadas sem um pingo de graça, quando flerta comigo como se não estivéssemos namorando, quando me deixa envergonhada com seus elogios... parece que com ele, tudo é a primeira vez. 

Quando termina de cantar, não evito um sorriso. Beijo seus lábios docemente, nos separando logo depois. Alex segura minha mão, brincando com meus dedos.

- Hoje a Rosalina resolveu fazer uma festa na casa dela, no outro condomínio. Eu não queria nem ir, mas ela pediu pra te chamar, que então eu te apresentaria a ela. Você quer ir?

Fiquei pensando um pouco, preocupada com essa festa.

- Não sei não, Alex... você sabe que não gosto muito dessas festas. Me lembra... algumas coisas.

- Eu não ligo muito. Então, se não quiser ir, eu falo com ela.

Deu dó de vê-lo tristinho. Suspirei pesado, olhando para ele, cabisbaixo.

- Tá bom, eu vou com você.

Rapidamente ergue o olhar, animado.

- Sério?? – pergunta, parecendo uma criança quando ganha presente de Natal.

- Sério, meu amor. Só preciso ver uma roupa, mas eu vou.

- Ela vai ficar muito feliz em saber que você vai. Obrigado por isso – diz, acariciando meu rosto com o polegar.

- Eu estou ansiosa para conhece-la.

Beijou minha testa num ato de amor, e me chama para sentar entre suas pernas.

- Vou te ensinar a tocar – diz, apontando pro violão.

- Achei que nunca ia fazer isso, e que eu teria de implorar pra você deixar eu tocar isso aí – põe o instrumento em meu colo.

Ele posiciona minha mão em uma casa específica no braço do instrumento, e logo põe a outra para tocar as cordas.

- Agora toca, essa cordinha aqui – faço o que me pede, e sai um som bonitinho – Isso foi um dó. Agora... – põe meus dedos em lugares específicos da casa – Toca de novo, de cima pra baixo.

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