Pov. S/n
Era fácil se apaixonar por ele, era como uma brisa de verão que passava por você e te fazia se sentir viva. Como não se apaixonar por alguém que te faz rir e estar sempre disposto a ajudar. Era assim que eu me sentia sobre George, mas ele nunca sentiu o mesmo, suas várias namoradas durante os anos em Hogwarts era um sinal de que minha paixão era unicamente platônica, e que nunca nada acontecia entre nós. Com o passar dos anos eu aprendi a lidar com esse sentimento, tive um ou dois namorados, mas nada sério, eu acho que sempre esperei que algum dia ele iria se declarar para mim, mas nesse momento isso seria impossível. George estava noivo e eu estava ali para testemunhar o seu grande dia.
— Ei, S/n! — Fred grita vindo atrás de mim pelo corredor. — Você está bem? — Ele me abraça.
— Fred, eu estou bem. — Tranquilizo o garoto.
— Sei que gostava de George e sei que está sendo difícil. —
— Fred, nesse momento tudo que eu posso fazer é aceitar e prestigiar o grande dia do meu amigo. — Aquelas palavras não eram apenas uma afirmação para Fred, mas também para mim, para que eu finalmente colocasse em minha cabeça o quão longe eu estava de ser algo mais para George Weasley.
Fred sorrio e segurou minha mão me levando até a grande tenda armada no quintal da toca.
— Qualquer coisa eu estou aqui! — Fred sussurra pra que só eu o ouça.
Nos sentamos na primeira fileira, eu estava realmente assistindo de camarote o meu amor se casar com outra, isso era irônico. Eu aperto a mão de Fred tentando conter a ansiedade, mas acabo quase quebrando seus dedos.
— Vai com calma! Seria bom se eu tivesse dedos no fim do dia. — Eu alivio o aperto e olho novamente para o altar.
George ainda não estava ali, nem sua futura esposa. Aquilo parecia demorar mais que o habitual, e isso não parecia ser só por causa da minha ansiedade, mas porque todos os convidados pareciam inquietos com o atraso de ambos.
— S/n, querida. Poderia ir ver o que aconteceu com George? — Eu queria dizer que não, mas não conseguia negar nada há Molly e então aceitei.
Levantei-me de minha cadeira e ajeitei meu vestido azul longo em meu corpo, e fui em direção ao interior da toca procurar por George. Eu subi as escadas até seu quarto e bati na porta que estava entre aberta.
— Posso entrar? — Pergunto.
— Claro! — O ruivo estava sentado em sua cama com sua gravata em mãos.
— O que houve? Todos lá em baixo estão esperando vocês. —
— Eu mandei ela embora. — Me sento ao seu lado na cama e passo meu braço pelo seu ombro o puxando para um abraço.
— Eu sinto muito! — Tudo que meu coração mais desejava era que George fosse feliz. — Por que fez isso? — Pergunto receosa.
— Eu não podia deixar as coisas chegarem nesse ponto! — Ele me olha nos olhos. — Eu não podia me enganar mais. —
— George, do que está falando? —
— Estou falando de você! — Eu estava confusa, talvez ele estivesse alcoolizado ou até mesmo muito abalado com os últimos acontecimentos. — Gosto de você, S/n. Desde o terceiro ano, quando você jogou panquecas em mim. —
— George... —
— Eu te via com o Fred e isso me matava por dentro, porque ele era meu irmão e você era a garota que eu queria. — Ele parecia estar alterado. — Aí você namorou aquele idiota da corvinal e eu achei que você nunca sentiria o mesmo por mim. Eu não consigo me casar sabendo que o nome que eu gostaria de dizer lá naquele altar é o seu! —
Por um segundo eu me senti paralisada, mas não durou muito porque o ruivo cortou qualquer reação minha com um beijo, ele me segurava com força como se tivesse medo de me soltar e eu fugir, mas eu não iria. Seus lábios macios estavam sobre os meus e a única coisa que eu sentia era que mil fogos de artifício estavam explodindo dentro de mim.