Pov. Sn
Caminhando pelos corredores vazios de Hogwarts devido ao horário em que decidi fazer meu passeio sem rumo definido, meus pés me conduzem por um caminho incerto. Apesar da incerteza, decido seguir adiante, pensando que não poderia ser tão ruim. Contudo, acabo parando em frente à biblioteca, havia uma pequena luz que saia pela fresta da porta, eu sabia exatamente quem estava lá dentro nesse horário - o nosso horário -, talvez não fosse certo nossos encontros noturnos, mas mesmo assim, decido entrar. Encontro Fred encostado em uma prateleira próxima a entrada da sala, nossos olhares se encontram assim que pus os pés naquele lugar, sorrio suavemente e vejo os ruivo se surpreender com a minha presença ali naquele dia, me aproximo um pouco mais.
— Não achei que viria hoje. — O ruivo diz colocando uma de suas mãos em minha cintura.
— Eu não ia vir, mas por algum motivo eu estou aqui. — O garoto revira os olhos e eu me frusto mais uma vez. — Acho que perdi meu tempo!
Estou pronta para ir embora, mas sua mão me puxa para mais perto tornando nossa distância quase nula. Fred parecia não se importar com o fato de estarmos no meio da biblioteca e qualquer um poderia chegar ali e nos ver.
— Me perdoa! — Ele passa uma mecha do meu cabelo para atrás de minha orelha e aproxima sua boca do pescoço. — Me perdoa! — Ele súplica com aquela voz doce que me fazia delirar.
— Fred! — Minha voz soa como um gemido manhoso.
— Fala! — Sua voz suave em meu pescoço me faz sentir arrepios percorrendo meu corpo.
— Não podemos mais — Por um segundo sinto como se minhas próprias palavras me rasgassem por dentro. — Você sabe, tem a Angelina. —
— Mas eu não quero ela, eu quero você! — Seu rosto se afunda mais em meu pescoço e eu perco os sentidos da razão.
— Mesmo assim, prometi a mim mesma que não aceitaria isso. — Retiro seu rosto de perto do meu pescoço e respiro fundo. — Não serei sua amante Fred! — Falo com convicção. — Eu mereço mais, mereço muito mais. —
— Não posso terminar com ela e deixa-la desamparada. —
— E enquanto a mim? —
— S/n... —
— Não fala mais nada. — Seguro as lágrimas que lutavam para sair — Me arrependo do dia em que entrei pela porta daquele lugar e te conheci! —
Saio da sala ainda desnorteada e volto para meu dormitório. Me afundo em meio aos cobertores e travesseiros esperando que essa noite fosse só mais um sonho cruel.