Capítulo 9. - Uma conversa real e nada saudável.

7 1 0
                                    

Não conseguia medir o quanto era perigoso estar naquele lugar. Quem eram meus aliados? Fui acompanhando a comitiva do rei até a sala privada de reunião. O pai de Alexander, Duque Theodor Barto Belatrinelatrin, estava obviamente do meu lado, queria tirar o máximo de vantagem possível da minha presença e estava bem com isso. Havia alguns nobres de casas diferentes. O rei era soberano em vermelho e dourado, a família de Alexander era o preto e o dourado, porém, haviam outras cores notórias, como verde, azul e rosa. Bom, não conseguia saber quem estava do lado do rei ou quem tinha interesse na minha volta. Preciso saber por Alex quando voltasse. Meu coração não conseguia sossegar sabendo que os meus companheiros poderiam fugir a qualquer momento. E se desse errado? Não, os olhos estavam todos voltados na minha direção. A atenção do reino estava sobre o príncipe perdido, e agora todos falavam sobre isso.

E se William tentasse algo? Não, não seria tão estúpido, ainda precisava de aliados se desejava governar.

A sala de reuniões era grande e bonita. Tinha uma enorme mesa de madeira grossa com o desenho de um dragão dourado com detalhes em vermelho esculpido. O mapa de rotas marítimas do reinado estava em uma tapeçaria próximo de uma estante de livros. No navio, aprendi muito sobre a geografia marítima e me guiar pelas estrelas. Havia também muitos Livros e um globo brilhante e flutuando próximo a janela. Era bem bonito. Se fosse em outra situação, o roubaria e daria a Baltazar. Sempre adorou itens mágicos.

- Onde você estava? - William se sentou na cabeceira como o rei soberano.

E de forma atrevida, fiquei ao seu lado. O rei pareceu surpreso, mas não me impediu, estava se controlando. Ainda lembrava de Alex me dizendo que não deveria provocar o homem.

- Vagando. Procurando meu lugar no mundo até encontrar a capital de Raviera. - Dizia com tom tristonho.

- Você não passa de um vagabundo. - William dizia com uma tentativa falha de manter a voz calma. - Notoriamente se move como um plebeu, a forma que suas palavras saem da sua boca, o jeito impróprio que se refere a autoridade o rei. Como você ficou tão indisciplinado durante 4 anos?

- Perdi a memória. - Comentei com um sorrisinho. A cartada da perda de memória sempre me dava algum respaldo.

Isso faria o rei criar uma falsa confiança. De acordo com Alexander, William havia chego presencialmente para me matar, então se tivesse memória saberia que meu irmão mais velho havia matado nossa família e dado um golpe completo.

- Como assim, alteza? - Uma nobre bem interessada se aproximou. A alfa exalava um perfume forte de alguma flor que não tinha ideia. Mas, seu cheiro era enjoativo.

- Ah, sabe, acabei não lembrando de nada depois de cair de um precipício. Tive sorte de sobreviver. - Mostra a profunda e feia cicatriz que estava abaixo dos meus dreads. - Foi terrível, vagar por cidades, não conhecer ninguém, ser abusado por algum indigente aproveitador.

Todos pareciam chocados. E notei William apertando os punhos se perguntando onde não havia procurado direito o seu irmão mais novo.

- É. - Minha voz era triste e derramei algumas lágrimas diante da mentira mal contada. - Aprendi a sobreviver, a roubar para ter o que comer, a enganar algumas pessoas com meu rostinho lindo. Eu... Realmente passei por tantas necessidades nos últimos quatro anos. - Puxei um lenço da roupa chique e comecei a soluçar baixinho. - Como podia imaginar que até um noivo rico tinha?

Sabia que ninguém de fato estava compadecido por mim, era mais como ver um show de aberrações, comigo como personagem principal. Mas, todos começaram a mostrar seu respeito e solidariedade. Quem acreditaria naqueles falsos?

- E você não lembra e mesmo assim veio aqui. - William parecia desconfiado.

- Sim, porque quando cheguei ao porto, alguns me reconheceram. E que criança não sonha em ser um príncipe? Foram quatro anos de tantas dificuldades diferentes que só queria minha família de volta. - Choraminguei. - Quando cheguei aos portões, minha surpresa foi tão grande de ter um maninho. E mais ainda a tristeza de saber que meus pais estão mortos. Os plebeus me contaram um pouco sobre mim, mas só acreditei quando realmente cheguei no castelo.

Piratas E Castelos - a honra Rebelde Onde histórias criam vida. Descubra agora