Capítulo 11. - Então assim que vai ser seu desgraça...

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Já tinha perdido a noção de quanto tempo estávamos fazendo sexo. Alexander não parecia ser um cara que pulava etapas e fodia seu noivo. Mas, estávamos há horas compartilhando Feromônios, beijos e toques. Não sabia dizer quantas vezes gozei com intensidade e o alfa não parecia próximo de terminar. Já tinha me enchido várias vezes, inclusive meu rosto estava um desastre. E sinceramente, preferia desse jeito. Era melhor do que compartilhar belos sentimentos ao entardecer. Cogitei na possibilidade de uma relação romântica e agora que desejava ir embora, não podia só me entregar mais as sensações funestas do amor.

Alexander era lindo e seu cheiro enlouquecia minha mente. Era tão tentador ter um companheiro destinado. Era como se peças que você nem soubesse que existiam começassem a se encaixar de repente. Podia sentir o suor escorrendo pela minha pele enquanto movia a cintura tão intensamente quanto poderia, apesar da exaustão. Meu corpo estava lamentável. Marcas de mordidas se faziam presentes, chupões e até escoriações. Meu pulso estava vermelho e marcado por seus dedos, assim como meu pescoço. Me sentia entorpecido pela sensação de torpor.

- Vou... - Murmuro com a voz rouca de tanto gemer continuamente. Quando me ouve, Alex me aperta ainda mais, marcando minhas nádegas com alguns tapas enquanto me joga na cama e volta a fazer tão forte que achei que iríamos quebrar.

Me encheu com sua quentura e me fez vir com a pressão. Não sabia direito o que estava acontecendo ao meu redor. Era a primeira vez que desmaiava enquanto fazia sexo.
Havia uma pequena lembrança na minha mente.

Alexander estava me encarando, dava uma risada gostosa enquanto apontava na direção de um boneco de madeira. Parecia estar se divertindo com o treinamento. Não entendia o contexto ou o que estava acontecendo ao meu redor, mas ver o alfa mais jovem e impetuoso me deu uma sensação tão boa. O alfa estava me ajudando e parecia se divertir com a situação. Minhas mãos estavam calejadas e marcadas de treinamento constante e tudo era divertido e leve.

Abri meus olhos querendo permanecer no sonho. Fui me sentando na cama e Alexander estava sentado dessa vez. Suas costas tinham marcas de unhas cravadas na sua pele. Até mordidas no ombro e no braço, algumas nem recordava de ter feito.

- Está tudo bem? - Minha voz parecia um pouco afetada.

- Não sei se vou conseguir fazer isso. - Alexander diz com a voz levemente embargada.

Vou engatinhando na sua direção, ainda sentia a dor latente no minha cintura depois de todo o esforço. Mas, não demorei a notar que estava limpo, não havia nenhuma sujeira, o mais velho realmente tinha me limpado por completo. E isso me deu uma sensação tão estranha.

- O que você não pode fazer? - Sentei nos meus calcanhares do seu lado na cama.

Alexander vira e me encarava com seriedade, mas seus olhos estavam levemente marejados. O que fez meu coração ser esmagado. Nunca tinha visto um alfa chorar. Normalmente se recolhiam em seus cômodos ou se escondiam o máximo que poderiam para que ninguém visse qualquer demonstração dúbia de fraqueza. Achava até que Baltazar não tinha absolutamente nada de emoção que pudesse fazer aquele homem se expressar.

- Te deixar ir. - Alex levou a mão até o próprio rosto e desviou o olhar. - Sou egoísta e sei disso. Depois de tudo, ainda tenho inúmeras responsabilidades sobre minhas atitudes passadas.

- E o que você quer então? Me ver preso aqui? - Me sinto explodir. Meu único aliado, tecnicamente confiável, estava dizendo que iria largar minha mão. Alex segurou meus ombros com firmeza e certa força.

- Não vou aguentar te ver partir uma segunda vez. Você não entende. Pode parecer que foi indiferente... Mas, perder um companheiro, perder alguém que você ama... Nunca quis que nada daquilo acontecesse, mas estava impotente em um jogo de poder e mesmo assim estava disposto a morrer se fosse necessário te deixar vivo. A ideia era te resgatar desde o começo. Então, você me viu e se sentiu traído por mim e como podia explicar que fui te salvar? - Alex falava com a voz embargada, afundando a mão em meu ombro com cada vez mais pressão. - Você deslizou entre meus dedos e pensei que se fosse um pouco mais forte podia ter te segurado. Foi como parar de viver por quatro anos, todos meus êxitos, todas minhas conquistas não significaram nada. Minha mente revivia aquele dia constantemente. Sentia sua falta e queria ter valorizado mais nossos momentos juntos. Deixei de ir aos nossos compromissos, iríamos pegar conchas na praia e não fui. Porque não fiz isso quando você me pediu?

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