Piratas E Castelos - a honra Rebelde

Capítulo 6. - É meu companheiro destinado, p****!

- VOCÊ SAIU, SEU MERDINHA! E AINDA TROUXE UM COMANDANTE DA GUARDA PRO MEU NAVIO. - Baltazar gritava esbaforido enquanto encarava meu rosto. Estava todo vermelho de raiva. - VOU TE LANÇAR AOS TUBARÕES, SEU FILHO DE UMA MERETRIZ. - Bateu na mesa pela quinta vez. Pegou sua garrafa de rum e jogou contra parede. Parecia totalmente ensandecido. Estava esperando seu excesso de raiva acabar. Aquilo só havia acontecido uma única vez... Comigo no caso. Quando namorei com dois alfas ao mesmo tempo e fui preso por isso. O capitão ficou realmente com raiva. E agora via que tinha chegado no limite da sua paciência.

Alexander estava ao meu lado enquanto olhava ao redor com curiosidade. Parecia levemente tenso. Havia vindo desarmado por sugestão minha, mesmo que tivesse sido bem teimoso até aceitar que não deveria estar com nada que fosse ameaçador. A posição do alfa naquele lugar não era bem-vinda ou favorável. Se queria mesmo conhecer o homem que havia me criado, era melhor vim com a bandeira branca levantada.

- Senhor. - Alexander começou quando percebeu que Baltazar se sentou novamente pegando outra garrafa de bebida. Entornou em um gole por causa do estresse. Estava ofegante pelos gritos e gesticulação exagerada.

- Pai, você vai acabar morrendo do coração desse jeito. - Sorri tentando amenizar os ânimos.

- Você quer me metar do coração, seu moleque desrespeitoso. Depois de tudo o que fiz e é assim que me agradece? Me levando a forca. - Grunhiu como se tivesse certo do que aconteceria agora.

- Senhor, não vim com intenção de mandá-lo a forca. - Alexander dizia rapidamente. Tentando não parecer desconfortável. Obviamente não gostava de estar em um navio cercado de piratas com a posição que tinha. Imaginava que deveria ser assustador. Mas, estava tentando mediar a situação.

- Conheço seu tipo, garoto. Você tá com meu filho porque? Esse moleque é bonito, mas só isso. - Juro que fiquei ofendido com a conclusão. - Não pensa, se pensasse não teria feito isso.

- Aí, chega, velho. - Chutei a mesa irritado. Estava tentando ser agradável na frente de Alexander. Mas, não tinha como ter paciência com aquele turrão. - O Alex é meu companheiro destinado. Satisfeito, porra? E também descobri que sou o príncipe mais jovem desse reino. E é essa a merda. Ele tá aqui por causa disso, entendeu, seu porra? - Comecei a bater na mesa com a bota muito irritado.

O alfa segurou minha cintura e me puxou antes que empurre a mesa contra o capitão.

- Me solta, cacete. - Dizia tentando me libertar e pular em cima daquele velho corno.

- Calma, Darcy. - Alex suspira com a situação. Não sabia como lidar com um bando de arruaceiro caótico. Mesmo comandando tropas, toda a situação estava em outro patamar.

Baltazar parecia mais chocado do que achei que ficaria. Encarou a nós dois com incredulidade.
- Me explique melhor essa merda. - Pediu diretamente ao alfa que concordou. Me soltando aos poucos.

Alexander puxou uma cadeira e me sentou, depois fez o mesmo para ficar de frente com o capitão. Cruzei os braços bufando pelas circunstâncias. Queria ficar bem na frente do meu macho predestinado e agora me acharia louco. Se bem que nosso encontro não foi muito convencional. Estava totalmente cheio de cachaça e ainda apaguei. É, talvez não devesse fingir.

- Foi uma coincidência achar Darcy na cidade. Seu verdadeiro nome é Albertin Gracy August de Raviera, o príncipe ômega dado como morto anos atrás. Sou Alexandre Christopher Belatrinelatrin, filho mais velho do Duque de Belatrinelatrin. Servimos a família real a gerações. - Alexander ficava com uma postura bem mais séria dessa vez. - Albertin sofreu uma tentativa de assassinato quatro anos atrás, por causa de uma revolta que aconteceu na família real no dia da grande caçada. Um evento que reúne reinos, cavaleiros, com intuito de fomentar a diplomacia e fortalecer a política entre nações. Porém, nesse ano, a família real August sofreu um golpe terrível. E só quem sobreviveu, o que consta, foi o filho bastardo do rei, William Miley August de Raviera, ao qual é o legítimo rei atualmente. Apesar de muitos contestarem sua posição.