capítulo 13. - Se for pela vontade da nação, eu fico

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- Você tá delirando? - Perguntei chocado. - Mesmo que seja um bastardo, ainda somos irmãos. - Estava horrorizado com a proposta. Nunca passou pela minha cabeça que aquela merda sairia da sua boca.

- Ah, meu querido irmãozinho, quanta inocência. Muitos descendentes tiveram envolvimentos familiares para que nosso sangue fosse o mais puro possível. É uma tradição e que pode ser usada. - William estava tão tranquilo e convicto. Achava mesmo que aceitaria aquele absurdo? - O conselho iria adorar saber da nossa união.

- E quem disse que vou aceitar? - Me levantei batendo na mesa. - Não sei se você tá sabendo, irmão, mas já tenho um pretendente e não tô afim de trocar. - Sorri satisfeito.

O rei apenas sorriu como se já estivesse vitorioso.

- E também ouvi dizer que vocês não estão em bons termos. Pelo visto, seu noivado não vai ser realmente efetivo. O duque Alexander pretende romper o noivado em breve? Você precisa de um marido para ter a coroa e quem melhor do que seu irmão, o rei? - Aquele merda de alfa estava realmente bem informado e se gabando. Como assim notícias corriam tão rápido naquele palácio? Ah, cara. Foram os guardas imprestáveis que viviam me seguindo.

Sai da sala sem olhar atrás, fui caminhando até chegar em Alexander que ainda estava conversando com os nobres.

- Precisamos conversar urgentemente. - Digo nervoso, não cumprimentei os convidados que me encaram abismados, provavelmente pela falta de educação.

- Alteza, é um prazer... - A mulher começava a dizer com um sorriso gentil, mas não tinha a mínima paciência. Sabia que a mulher não tinha culpa, contudo, saber que poderia se casar com MEU ALFA me deixava ainda mais estressado.

- Tá, tá, tá. - Fiz um aceno que deveria calar a boca. - Prazer é meu, mas realmente tenho algo para conversar com MEU NOIVO. - Digo com entonação e a alfa fica surpresa, mas logo da um sorriso genuíno de alguém que tinha entendido o recado e me achava muito infantil. Tocou em seu pai que estava pronto a dizer algo. Irritante.

- Vamos, pai. Depois tenho certeza, que o príncipe estará disposto a nos dar alguma atenção. - Se retirou com seu pai e finalmente tinha a atenção do alfa que puxou meu pulso.

- Porque você tem que ser tão grosseiro? E com quem nem merece. - Alexander dizia de maneira frustrada.

- Ah, por favor. É com ela que você pensa em reatar quando me der um chute na bunda por acaso? Por isso que ficou tão ofendido com o que disse? Você deveria estar mesmo todo sorridente com uma qualquer? - Cuspia as palavras e já nem sabia o que estava dizendo. Sentia aquela bola sufocante no meio da minha garganta. Era a primeira vez que me sentia ameaçado, estava com raiva por disputar espaço e por aquela mulher ter tanta confiança que apenas ignorou minha má criação. Queria que brigasse comigo e me xingasse, assim teria uma desculpa para ser ainda mais escroto. Queria que brigasse e mostrasse sua personalidade ruim ao Alex, quando o único que era péssimo sou eu.

Me sentia desolado e agora com esse novo problema estava afetado. Abaixei a cabeça sem saber o que mais deveria dizer. Meu corpo estava trêmulo. Me sentia sozinho, não queria encarar problemas reais e políticos. Queria minha vida, as pessoas que conhecia. Nada complicado como ser obrigado a casar com meu irmão. Bebida, festas e sexo, brigas desnecessárias e aventuras mortais. Era pedir muito?

Alex guiou meu corpo na direção do quarto.
- Você está com ciúmes do que exatamente? - Perguntou intrigado.

- Como você é irritante. - Digo choroso. Começo a dar alguns tapas em seu ombro. - Não tenho ciúmes de você. - Segurou meus pulsos e me encarou. Parecia uma criança idiota querendo atenção e não sabia como ter.

Piratas E Castelos - a honra Rebelde Onde histórias criam vida. Descubra agora