Capítulo 10. - Colocando algumas cartas na mesa.

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- O que é isso? - William me indaga colocando o cartaz de procurado em cima da mesa.

- Ah

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- Ah. - Não sei direito o que o mais velho espera que responda. - Um cartaz com a minha cara? Sei lá. Valendo uma grana alta. Mas isso nem é em Raviera. Aqui tô limpo. - Enfiei o bife na minha boca, enquanto alguns outros nobres estavam especulando.

- Você é um príncipe. Quando for a Alares, o que vão pensar? Tendo seus cartazes espalhados por toda cidade-capital. - O rei parecia só querer me humilhar.

- Ué, você não é rei? Porque não pede para o rei de lá, que é nosso amiguinho, para retirar as acusações do seu irmão mais novo, hen? Só chegar e dizer as circunstâncias e tenho certeza que não vai querer começar uma guerra civil por causa de 25 mil, né não? - Perguntei cutucando meu bife. Alares era um reino pequeno na península norte e que duvidava muito que tivesse esse dinheiro para dar a alguém corajoso o suficiente que levasse minha cabeça. Eles eram aliados, mas na realidade não tinham tanta expressividade política.

Acho que baguncei muito a vida cotidiana da nobreza local, quando enganei dois filhos de nobre bem renomados e ainda os fiz me dar tantos presentes. Era engraçado e trágico.

Todos pareciam concordar comigo.

- Eu sei que errei, ok? Mas, você não tá fazendo muita tempestade em copo d'água, não? - Acho que todo mundo parecia meio chocado com a maneira que conversava com William e o mesmo estava vermelho novamente de desgosto.

- Duque Theodor, você não ensinou boas maneiras a meu irmão? - O rei dizia com irritação evidente e um tom bem condescendente.

- Está em processo, majestade. - O pai de Alex parecia estar mais se divertindo do que realmente se esforçando.

Suspirei. Quando mais iria passar naquela prisão chique? Pelo menos a comida era boa, mas não me deixaram beber, disseram que deveria passar pelo menos um mês sóbrio antes de gerir algum álcool. Não tinha muito tempo até que a reunião com o conselho acontecesse. Mas, não acho que aquele cartaz iria ser ignorado pelos velhotes que tomavam as decisões.

Já estava naquela palhaçada há três semanas. Havia descoberto que o navio de Baltazar partiu antes do sol nascer, não houveram baixas significativas, apenas algumas amputações de membro, mas nada tão grave que não pudesse ser contornado. 

E que o velho importante que estava no dia que o Rei me intimou se chamava Felder Belian, e era irmão gêmeo do antigo conselheiro do rei, ou seja, seu irmão morreu com meu pai, e esse cara assumiu com o William. Não parece mais uma teoria da conspiração maluca? O cara matou o próprio irmão gêmeo e tomou seu posto com o bastardo do rei? Que loucura. E ninguém desconfia de nada? Sério?

De qualquer forma, esse cara era bem mais paciente e condescendente. O que me lembrou que o pai de Alexander já tinha me dito mais ou menos o que aconteceria.

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