capítulo 14. - Você tem minha mente, mas não meu coração.

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- Aceito ter meu irmão como tutor legal durante os próximos 3 anos. Depois de me tornar o soberano da nação, aceito a proposta de vossa majestade de ter um casamento. A política continuará a mesma e iremos preservar o legado da minha família e dos meus pais. - Minha voz saia mais branda do que costumava. Realmente queria dizer isso? Meu irmão estava ao meu lado e tocou no meu ombro. Podia sentir um arrepio pelo corpo e a necessidade de me afastar diminui a medida que os pensamentos negativos pelo alfa somem.

A sala explodiu em especulação. Todos falam ao mesmo tempo. Os conselheiros pareciam não entender o que acontecia. William seria meu tutor ao invés do Duque Theodor, e além disso, iríamos casar assim que fosse coroado, ou seja, a coroa nunca sairia da cabeça do rei. Tudo estava conforme os planos de Will. E não conseguia sentir que deveria lutar ou fazer algo. Era uma sensação tão entorpecente. Deveria obedecer meu irmão mais velho e fazer tudo o que deseja.

Precisava ceder minha posição e meus desejos ao alfa.
 

- É um absurdo. - Duque Theodor diz. - Até algumas horas essa criança estava noiva de meu filho. E agora diz arbitrariedades. Óbvio que sua majestade fez algo.

- Não vou aceitar insinuações, Duque. - William se levanta do tablado. - Albertin escolheu o que melhor o apetecia e não é seu filho. Você não pode me culpar sem provas.

- O que fez com a mente desse garoto é intolerável. - O duque iria continuar, mas os outros conselheiros o impediu. Todos estavam estranhando a minha decisão, a maioria iria optar pelo previsto, ninguém deixaria que William continuasse como o Rei. Todos sabiam que o alfa era um péssimo governante e tirano, o povo começava a alardear sobre o excesso de impostos e a carência. Temiam retaliação e revolta.

- O que fiz? Está me acusando de que exatamente? - A mão de Wiliam desceu até minha cintura, apertando.

Alexander se levantou e finalmente minha atenção foi na sua direção. Estava com tanta raiva e com os punhos cerrados. Precisava... Precisava o que mesmo?

Theodor fez um gesto na direção do filho. O alfa se retirou da reunião rapidamente.
Fiquei seguindo com o olhar. Queria ir atrás de Alexander e dizer algo, mas o que? Não tinha nada em mente agora.

- Ei, preste atenção em mim. - Will diz com raiva. E apenas encarei meu irmão e concordei como um boneco obediente. Era incomodo, não tinha autonomia alguma. E sentia que deveria arrancar o colar, mas simplesmente minhas mãos não estavam funcionando. Não tinha vontade alguma de contrariar aquele cara.

A decisão não foi tão boa quanto o Rei desejava.

- Iremos atender o pedido de Albertin, por enquanto, mas, a assembleia irá prestar atenção na interação dos dois e saber se realmente é viável que haja esse casamento. Não iremos tolerar qualquer maus tratos com o futuro rei, e muito menos coerção ou chantagem. Porém deixamos a educação aos cuidados de vossa majestade. Para as nações amigas que vieram presenciar esse momento. Acontecerá um baile de conciliação em breve. Espero que se sintam bem-vindos. - O conselheiro Markus diz em tom apaziguador.

William não estava tão satisfeito, mas por enquanto aceitou a decisão.

Saímos do local. Theodor queria falar comigo, porém, ainda tinha que conversar com os outros membros do conselho.

Queria procurar Alex, mas tinha que prestar atenção apenas no meu irmão. William me levou antes que alguém conseguisse conversar com o rei, estavam mais atentos as consequências da declaração do que realmente no alfa.

- Porque? Não deveriam só aceitar minha decisão? Eu sou o rei. - William começou a esbravejar dentro do quarto. Queria tanto dizer algo afiado, mas não podia xingar o alfa mimado a minha frente, apenas suspirei. O conselheiro não demorou a entrar e fechar a porta.

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