Sinto-me bem, embora aéreo. Cinco dias atrás, chorei com Han, mas ele ainda não me disse o que houve. Estava esperando que me dissesse, mas não disse. Não nos vemos mais durante o dia e sinto falta de ver seus olhos sob a luz do sol. Hoje vim para sua casa, seguindo o conselho de Hyunjin, porque quero que meu bem se sinta bem. Tenho estado ocupado e ando muito cansado, mas não deixo de estar aqui. Quero me esforçar, estou me esforçando, quero ser o melhor cara que ele já teve na vida. Eu vou ser o melhor.
— Ora... Olha só quem está aqui! — ele sorri ao abrir a porta de casa. Meu alívio é que ele não está chorando. Na verdade, Jisung está sorrindo. — Entre!
Eu entro silenciosamente e tiro o tênis. Jisung pega minha mochila das costas e leva ao quarto superior, enquanto isso me sento no sofá morto de cansaço. Meus dias estão sendo exaustivos. Acordo de manhã cedo para fazer atividade física com Hwang, vou para a floricultura, depois disso ainda tem a faculdade que arranca toda a minha energia e quando eu volto estou destruído de tudo do dia. Hoje, por exemplo, eu tive que ficar duas horas a mais na faculdade resolvendo um seminário que apresentarei com Jungwoo e nosso grupo. Só estou voltando agora. Estou exausto.
— Por que veio? Se queria me ver, me falava. Eu poderia dirigir até você — Hannie vem descendo as escadas, depois se joga no sofá. — Te economiza de vir aqui.
— Eu não posso vir aqui? — cruzo os braços.
— Pode! — ele ri, então toca meu braço. — Veio da facul ou passou em casa?
— Vim direto da facul — solto um suspiro.
— Cansado?
— Uhum.
— Viu? Era pra ter ficado em casa — levemente aperta meu braço.
— Ei, Han! — repentinamente, tomo um susto com uma voz vindo da direção de um dos dois quartos que ficam no térreo. Viro-me pra trás e me deparo com Va Te Fouder. — Cadê aquela minha calça roxa com listras que um dia larguei aqui?
— Quê? — fico confuso com a situação.
— Ah, o Minho tá aqui? — Va Te Fouder caminha até dar a volta no sofá e ficar de frente para nós dois. Ele está vestindo um pijama. Ele vai dormir aqui? — Tá fazendo o que aqui, hein?
— Não é da sua conta — respondo, porque estou sem paciência pra lidar com as provocações dele.
— Veio dar, não foi safado? — ele decide brincar com a minha cara e eu olho-o feio.
— Ah, claro, porque eu sou você que vive no...
— Opa, opa... Vamos parar com o ódio gratuito aqui? — Jisung interrompe meu discurso e eu fico puto com ele por isso.
— Por que ele está aqui? — questiono.
— Eu posso estar em qualquer lugar — o desgraçado cruza os braços e fica me olhando todo debochado.
Francamente...
— Ele está passando a noite aqui — Jisung explica. — Mas você pode ficar aqui também.
— Eu vou embora — dramaticamente, viro-me para ir embora.
— Vocês não eram amigos? — Han questiona.
— Somos aminimigos — eu corrijo, virando-me de volta. — Hoje decidimos ser inimigos, mas amanhã possa ser que sejamos amigos. Depende da lua, Jisung. Você não entenderia.
— É, Han, você não entenderia — Kim repete o que falei.
— Minho, vai tomar banho — Jisung aponta para a escada e eu solto um suspiro cansado. — Essa palhaçada de vocês me deixa confuso.
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crises et chocolat • minsung
Fanfiction❝Minho prefere chocolates, ainda que venda flores. Han carrega suas crises, ainda que lhe tragam dores.❞ #3 LIVRO Continuação de café et cigarettes e thé et fleurs adaptação autorizada