Repentinamente, Jisung se senta no meu colo. Eu jurava que era brincadeira, mas ele se senta mesmo. Só quebra o beijo por alguns segundos até sentar bem em cima da minha virilha, depois volta a me beijar. Eu sou obrigado a apoiar um dos braços na cama, atrás do meu corpo, senão eu caio. Sinto sua língua na minha bem gostosa, porque eu estava com saudades disso e... Nossa, que saudades de passar a mão na bunda dele. Eu juro que amo fazer tudo isso. Tudo isso.
Ele me deixa apertar um pouco, eu o deixo puxar um pouco meu cabelo. Eu sei que só estamos nos pegando, mas isso é tão bom. Veja como isso é tão bom. Ele em cima de mim, me beijando daquele jeito que deixa tudo levemente rápido, e ainda por cima tenho a mão esquerda na sua bunda, porque ele ama. Eu acho que uma hora vai ter fim, mas no momento que acredito que irá cessar, Jisung simplesmente tira a camisa na minha frente. Sério.
Han, pelo amor de Deus, não inventa de fazer putaria agora não, porque eu não estou depilado !!!! !!!! !!!!!
— Calma, Jisung... — eu digo, porque... Porra, ele tem que perceber que o momento não é esse. Eu não quero aparecer com pelinhos na frente dele não, muito obrigado. — Alguém pode descobrir, não?
— É um por andar — me conta. Um a zero pra ele, agora preciso arranjar outra desculpa. — Nós estamos sozinhos.
Eu fico olhando o corpo dele... Eu amo o corpo dele. Eu não posso ficar olhando, senão me convenço facilmente. É só passear pelo seu peitoral, depois abdômen e quadril que eu já fico louco. Eu estou falando sério.
— Entendo, mas...
— Ou você quer fazer o contrário? — ele me interrompe. Moleque, eu vou te descer na porrada. — Quer trocar de posição?
O que é que está acontecendo agora?
— Não...
E... Voltamos a nos beijar, porque ele entende que o problema foi solucionado. Eu conserto minha postura para que não precise me apoiar, sendo assim ocupo minhas duas mãos na bunda gostosa dele. Não sei o que vai acontecer, só estou indo com a maré. É muito bom. Muito mesmo. Sinto-me flutuar com seus beijos na minha boca, vez ou outra rápidos, depois ficam mais lentos, e ele não para com o carinho na minha nuca. Nossa dinâmica de beijo dura bastante tempo, até mesmo quando fazemos pausas e eu lhe deixo alguns beijos molhados e lentos no seu pescoço, raspando os dentes na sua pele.
Se tem uma coisa que faz ele desmontar é beijo no pescoço bem lento e úmido. Só preciso encostar os lábios, beijar bem devagar, e de quebra levemente encostar a língua na sua pele. Ele ama isso. Se derrete por inteiro. Escuto-o suspirar meio alto antes de dar uma sentada quando tenta se ajeitar melhor no meu colo. Eu não sei muito bem o que está acontecendo.
— Você está com puro gosto de chocolate — comenta ele bem baixinho, e agora gruda os lábios nos meus de novo.
Eu sorrio no meio do beijo e subo minhas mãos para lhe dar um abraço apertado. Ele me abraça pelos ombros e assim ficamos por um tempo. Se brigarmos no futuro, quero que termine assim, com nós dois nos beijando, abraçando e acariciando um ao outro. E ele é doce feito caramelo, mas me segura na maioria das vezes. Não sei porque normalmente não demonstra tanto carinho físico, mas quando o faz é extremamente surpreendente. Eu gosto disso.
— Então você é meu namoradinho? — eu pergunto, jogando-me de lado na cama e puxando-o junto comigo. Tenho que tornar tudo muito fofo, senão vamos acabar fazendo coisas mais de dezoito aqui dentro.
— Você destruiu tudo com isso de "namoradinho", Minho — ele se segura firme em mim, mesmo que já estejamos deitados na cama, frente a frente.
— Desculpa — rio. Ele aperta minha bochecha, depois desce os dedos aos meus lábios e fica fazendo carinho com o polegar.
— Você vai ficar aqui comigo? — ele me dá um olhar tão intenso, interpreto como malícia explícita.
— Por que eu ficaria com você? — faço o sonso, porque eu claramente sei do que ele está se referindo.
— Por que não ficaria comigo?
— Caralho, me convenceu! — eu brinco, rindo, e me jogo em cima dele para enchê-lo de beijos exagerados no rosto. Jisung ri e me sinto tão feliz com isso.
Rolamos na cama, ainda que esteja cheia de doces e salgadinhos que ele comprou. Han tenta me agarrar como vingança, mas consigo fugir bem rápido. Ele sempre acha que vai me pegar, mas nunca consegue. Só preciso jogar o corpo um pouquinho para o lado oposto e ele já desiste.
— Você vai ficar ou não? — quer confirmar
— Só se você seguir minhas regras — sento-me na cama e ele faz o mesmo. — Nada mais que carinhos e só se amanhã você passar o dia comigo.
— Te empresto meu cartão de crédito por um dia inteiro se você dropar essas regras... — sua proposta me faz rir que nem um vagabundo, porque... Porra, ele está tentando comprar meu sexo. Esse garoto é impossível.
— Não é bem assim, bebê... — seguro suas mãos e as acaricio.
— Dois dias, então. Não... Três? Quatro? Cinco dias e pronto! Você pode gastar com o que quiser, sem limite algum...
— Jisung, você é podre demais — agora eu puxo-o para um abraço, porque ele está cheiroso pra caramba e eu estou louco de amor por ele.
— Estou falando sério.
— Não sei se rio ou fico preocupado — beijo algumas vezes sua bochecha e pego-o rindo. — Não, obrigado, você sabe que não pode me comprar com dinheiro.
— Você é complicado, Minho — ele comenta. — Não posso te comprar com dinheiro... Não posso te comprar com sexo... Como eu posso te comprar?
— Você não pode me comprar, amor — eu uso esse tratamento de "amor" só para tirá-lo do sério mesmo. E funciona, porque ele fica sério me encarando. — Que foi?
— Não me chama disso! — seu rostinho de desagrado é tão fofo!
— Tá bom, tá bom... — eu pego meu chocolate com caramelo e volto a comer senão eu acabo esquecendo. — Mas, sério... Eu posso ficar aqui com você, mas sob esses termos.
— Ok, seu sem graça — ele se levanta e vai até um outro cômodo, talvez a parte que tem uma mini cozinha. — 'Cê quer alguma coisa para comer ou beber?
— Não, obrigado — eu noto a presença de um saquinho laranja de salgadinho e abro. Para mim, isso já é comida.
— Pois eu te trouxe um suco — ele me aparece com uma garrafinha plástica com um suco vermelho que eu não faço a mínima ideia do que seja, porém chuto ser de frutas vermelhas.
Jisung fica sentado comigo, comendo as besteiras e, sobretudo, criticando o fato de eu não comer direito e sempre enrolar nas refeições, mas quando estou comendo doces eu faço rapidinho. Claro que me defendo, afinal é óbvio que esses snacks foram feitos para serem consumidos de maneira rápida. Até porque, se consumidos rapidamente, deixam aquele sentimento de não ter durado o bastante, não darem o prazer suficiente e, sendo assim, induzir a uma nova compra. Bem-vindo ao capitalismo, Han, acho que sua família é boa nisso.
Eu gostei muito dos lanchinhos tailandeses, porque alguns deles tem uns sabores bem únicos. E também gosto da companhia de Jisung, embora ele esteja falando várias coisas que não entendo ou não sei — ele começou a falar de uma marca italiana de massas que está pensando em importar para o restaurante, depois trocou para um remédio que não está conseguindo encontrar nas farmácias. No final de tudo, não entendo nada, mas continuo feliz com ele.
Às onze da noite, eu estou deitado de bruços na cama, enquanto ele muda o canal da televisão. Há trinta minutos, toda vez que ele quer chamar minha atenção, me dá um tapão na bunda. Um safado, isso sim. Mas o safado é meu namorado, então ele pode. Ele pode tudo. É meu namorado!!
VOCÊ ESTÁ LENDO
crises et chocolat • minsung
Hayran Kurgu❝Minho prefere chocolates, ainda que venda flores. Han carrega suas crises, ainda que lhe tragam dores.❞ #3 LIVRO Continuação de café et cigarettes e thé et fleurs adaptação autorizada