capítulo 10

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Já fazia uma semana  desde que sua mãe voltou pra casa ,quase uma semana de tratamento de silêncio e ausência de Otto, ela não se arrependia de ter rebatido o pai quando ele tentou ultrapassar o limite, mas ainda assim doía e não apenas nela, em sua mãe também, Otto passou a semana inteira sem nem ao menos jantar em casa, o homem voltava para casa apenas de madrugada e mal falava com a esposa.

Mas em compensação Gwayne estava mais presente, ele passava a manhã e a tarde em casa com a família fazendo companhia para a mãe assistindo a algum programa bobo de tv, era bom ter a família tendo um momento descontraído agora, Alicent sabia que essa paz não duraria muito, então aproveitou o máximo que pôde.

R: Achei na minha galeria

Alicent abriu a mensagem e era uma foto das duas deitadas na cama da loira, Rhaenyra beijava a bochecha de Alicent enquanto a ruiva tinha um sorriso tão largo que franziu o nariz, e um sorriso semelhante surgiu na Alicent que via a foto.

Rhaenyra era outra presença não tão constante, elas mal se viram durante a semana, nem mesmo no colégio, tinham somente encontros apressados entre uma aula e outra. Alicent sentia falta da presença enérgica e calmante da loira, sentia falta do conforto que um simples toque trazia, da facilidade com a qual Rhaenyra a fazia rir, sentia falta de absolutamente tudo o que envolvia Rhaenyra Targaryen. Alicent não entendia o motivo da distância repentina, no início ela pensou que fosse apenas para dar espaço para Alicent passar tempo com sua mãe, mas agora a ruiva estava sentindo que havia algo errado, toda a comunicação delas estava limitada através de mensagens esporádicas.

“Que cara é essa meu amor?” Jocelyn a tirou de seus pensamentos, Alicent e ela estavam assistindo a uma sitcom dos anos 90 que Alicent não se deu ao trabalho de gravar o nome, ela admitia que estava especialmente incomodada hoje.

“Não é nada” ela tentou, mas sua mãe a conhecia bem, então ela respirou fundo e respondeu. “É só a Rhaenyra, eu não sei, eu sinto que tem algo errado, ela parece estar me evitando e eu não sei se fiz algo errado, eu nem mesmo sei se ela ainda vai comigo ao baile” ela desabafou e sua mãe a olhou com olhos conhecedores.

“Se tem algo que eu aprendi em anos de casamento é… a comunicação é a base pra dar certo, se tem algo errado, ou se você tem algo te incomodando, apenas fale, vocês são jovens e jovens não costumam falar de sentimentos, mas se você gosta dela e gosta do que vocês tem, então conversem, acredite evita muita dor de cabeça.” sua mãe sorriu suavemente. Alicent sentiu seu corpo gelar, sua mãe achava que Alicent estava namorando Rhaenyra?

“Você acha que…? Não, nós não temos esse tipo de relacionamento, não é a mesma coisa, nós somos só amigas.” Ela gaguejou tentando negar e sua mãe pôs a mão em cima da mão dela interrompendo.

“Não importa, a comunicação ainda é a resposta e Alicent, mesmo se fosse, você sabe que não importa pra mim não é?” Ela confortou a filha.

“Mas importa pro papai” ela sentiu vontade de mexer nos dedos, mas a mão de sua mãe estava impedindo.

“Não viva pro seu pai, não importa o que ele acha, viva a sua vida e seja feliz e isso é tudo o que importa” os olhos castanhos de sua mãe estavam marejados, assim como os de Alicent. “ Agora resolva isso” Ela encerrou o assunto e voltou a assistir e deu risada de alguma piada que Alicent não prestou atenção.

Ela pegou o celular, observando a foto e respondeu decidindo ser honesta.

A: Sinto a sua falta.

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Do outro lado da tela estava Rhaenyra, levemente alterada, Laena, Laenor e Joffrey haviam levado-a até uma festa dos gêmeos Cargyl (haviam muitos gêmeos em Westeros) tentando animá- la, pois segundo Laena ela precisava se sentir um pouco ela mesma.

a imperfeição perfeita de jovens imperfeitos Onde histórias criam vida. Descubra agora