A poeira levantada pelo carro de Cauã ainda pairava no ar, um lembrete da partida daquele grande amigo. Cabisbaixa, Sofia caminhava de volta a porteira, olhando para o chão, com seus pensamentos perdidos numa mistura de tristeza e saudade.
A familia voltava para a casa, enquanto Gilmar se preparava para fechar a porteira da Chácara. O almoço de Natal, que já estava atrasado, os aguardava.
_Sofia! Vamos, minha filha! Eu quero fechar a porteira! - Gilmar gritou tentando apressa-la.
Sofia, com passos lentos e pesados, continuou a andar com desânimo.
Graziele, notando a lentidão da filha, gritou:
_Vem, Sofi! Seu vô quer fechar a porteira, filha!
Sofia, ainda triste, continuava a caminhar devagar. A alegria do Natal, que antes tomava seu coração, agora dava lugar a um vazio imenso! Nos últimos anos, Cauã sempre passava os dias de Natal com eles, e era nisso que Sofia pensava.
Quando a menina atravessou a porteira, Gilmar a fechou.
_Vamos almoçar, florzinha? - Gilmar brincou com ela.
_Sim, vô! - Sofia respondeu cabisbaixa.
Percebendo a tristeza da filha, Henrique brincou:
_Que desânimo é esse, Sofia?! Quando a gente fala em comida você fica toda animada! Sua fominha! - ele brincava fazendo cosquinhas na menina.
_Para, pai! - Sofia ria escapando dele.
Enquanto caminhavam de volta a casa, Graziele, com um sorriso doce no rosto observava a brincadeira de pai e filha, e os sorrisos deles, deixava seu coração quentinho. ❤️
_Deixa de ser boba, menina! Muda essa cara! - Henrique brincava com Sofia.
_Para, pai! Eu tô triste! - ela sorria sem jeito, caminhando ao lado dele.
_Tá triste, porque?! Eu já disse que quando for a São Paulo, vou te levar pra ver o Cauã! Vai ficar com essa cara de bunda?! - ele brincava fazendo cosquinhas na menina.
Sofia ria devido às cócegas.
_Pai, você jura?! Promete mesmo que vai me levar?
_Juro! Prometo! Mas com uma condição... - Henrique sorriu fazendo uma pausa.
Sofia ria ansiosa, e Graziele também.
_Que condição, pai? - a menina ria de braços cruzados.
_Só vou te levar, se você mudar essa cara, agora. - Sofia deu uma gargalhada gostosa.
_Isso! Eu quero ver você sorrindo, filha! Não tem motivos pra ficar triste. - ele disse carinhoso alisando os cabelos dela.
E Henrique brincava:
_Poxa, vida! Eu deixei minha família lá em Palmas pra vir aqui passar o dia de Natal com vocês. Aí, eu tô aqui, e você fica com essa cara de bunda?! - ele brincava e Sofia e Graziele riam.
_Tá bom! Tá bom! Eu vou parar, pai! - Sofia sorriu e saiu andando na frente.
Atrás deles, Graziele caminhava mais devagar, os observando e rindo de suas brincadeiras.
Henrique, se virou, e com um sorriso lindo no rosto, olhava pra Graziele, retornando em seu direção.
_Agora é você que tá arrastando o pé? - ele brincou com a moça, querendo dizer que ela estava andando devagar, ficando para trás.
_Eu tô cansada! - disse Grazi, com a voz doce e um sorriso carinhoso.
_Cansada de que?! - Henrique brincou sorridente, abraçando-a pelo pescoço e puxando-a para perto. Com o braço sobre os ombros de Graziele, Henrique caminhava ao seu lado, agora mais devagar, curtindo a companhia dela e conversando.
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Doce Segredo
FanfictionNascidos e criados em Palmas no Tocantins, os talentosos irmãos Ricelly Henrique e Edson Júnior desde crianças sonhavam em ser cantores. Seus pais, Edson Reis e Maria Tavares, tinham poucos recursos, eram uma família de classe média e mesmo assim o...