Capítulo 57 - Bem-vindo a família

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A poeira levantada pelo carro de Cauã ainda pairava no ar, um lembrete da partida daquele grande amigo. Cabisbaixa, Sofia caminhava de volta a porteira, olhando para o chão, com seus pensamentos perdidos numa mistura de tristeza e saudade.

A familia voltava para a casa, enquanto Gilmar se preparava para fechar a porteira da Chácara. O almoço de Natal, que já estava atrasado, os aguardava.

_Sofia! Vamos, minha filha! Eu quero fechar a porteira! - Gilmar gritou tentando apressa-la.

Sofia, com passos lentos e pesados, continuou a andar com desânimo.

Graziele, notando a lentidão da filha, gritou:

_Vem, Sofi! Seu vô quer fechar a porteira, filha!

Sofia, ainda triste, continuava a caminhar devagar. A alegria do Natal, que antes tomava seu coração, agora dava lugar a um vazio imenso! Nos últimos anos, Cauã sempre passava os dias de Natal com eles, e era nisso que Sofia pensava.

Quando a menina atravessou a porteira, Gilmar a fechou.

_Vamos almoçar, florzinha? - Gilmar brincou com ela.

_Sim, vô! - Sofia respondeu cabisbaixa.

Percebendo a tristeza da filha, Henrique brincou:

_Que desânimo é esse, Sofia?! Quando a gente fala em comida você fica toda animada! Sua fominha! - ele brincava fazendo cosquinhas na menina.

_Para, pai! - Sofia ria escapando dele.

Enquanto caminhavam de volta a casa, Graziele, com um sorriso doce no rosto observava a brincadeira de pai e filha, e os sorrisos deles, deixava seu coração quentinho. ❤️

_Deixa de ser boba, menina! Muda essa cara! - Henrique brincava com Sofia.

_Para, pai! Eu tô triste! - ela sorria sem jeito, caminhando ao lado dele. 

_Tá triste, porque?! Eu já disse que quando for a São Paulo, vou te levar pra ver o Cauã! Vai ficar com essa cara de bunda?! - ele brincava fazendo cosquinhas na menina.

Sofia ria devido às cócegas.

_Pai, você jura?! Promete mesmo que vai me levar?

_Juro! Prometo! Mas com uma condição... - Henrique sorriu fazendo uma pausa.

Sofia ria ansiosa, e Graziele também.

_Que condição, pai? - a menina ria de braços cruzados.

_Só vou te levar, se você mudar essa cara, agora. - Sofia deu uma gargalhada gostosa.

_Isso! Eu quero ver você sorrindo, filha! Não tem motivos pra ficar triste. - ele disse carinhoso alisando os cabelos dela.

E Henrique brincava:

_Poxa, vida! Eu deixei minha família lá em Palmas pra vir aqui passar o dia de Natal com vocês. Aí, eu tô aqui, e você fica com essa cara de bunda?! - ele brincava e Sofia e Graziele riam.

_Tá bom! Tá bom! Eu vou parar, pai!  - Sofia sorriu e saiu andando na frente.

Atrás deles, Graziele caminhava mais devagar, os observando e rindo de suas brincadeiras.

Henrique, se virou, e com um sorriso lindo no rosto, olhava pra Graziele, retornando em seu direção.

_Agora é você que tá arrastando o pé? - ele brincou com a moça, querendo dizer que ela estava andando devagar, ficando para trás.

_Eu tô cansada! -  disse Grazi, com a voz doce e um sorriso carinhoso.

_Cansada de que?! - Henrique brincou sorridente, abraçando-a pelo pescoço e puxando-a para perto. Com o braço sobre os ombros de Graziele, Henrique caminhava ao seu lado, agora mais devagar, curtindo a companhia dela e conversando.

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