Henrique não gostou nada da brincadeira de Gleicy. Ela, com sua ironia sarcástica, apesar de embriagada, insinuou que ele era um homem fraco, ruim de cama, assim atingindo diretamente seu ego inflado e sua autoconfiança, algo que ele prezava muito, pois, era um cara muito vaidoso e tanto machista.Desconcertada, Graziele tentou mudar de assunto e chamou a atenção de Gleicy, temendo que Henrique ficasse irritado.
_Chega disso, Gleicy. - disse Graziele, puxando a irmã pelo braço.
_Vamos entrar. Você está bêbada e precisa tomar um banho. Se o papai acordar e te encontrar assim, ele não vai ficar satisfeito! - disse Grazi.
Graziele e Gabriela entraram na casa, segurando a irmã que, embriagada, tropeçava nas próprias pernas. Logo atrás delas, Henrique seguia, ainda incomodado com a brincadeira , mas optou por não dizer nada naquele momento.
Grazi e Gabi colocaram Gleicy no banheiro. Antes de fechar a porta, Graziele se virou para Henrique e disse, carinhosamente:
_ Amor, vai dormir. Só vamos dar um banho na Gleicy rapidinho, e eu já vou para o quarto.
Com um sorriso gentil, ela lhe deu um selinho, mas era visível que Henrique ainda estava incomodado.
Inseguro, ele não conseguiu se conter e perguntou:
_Graziele... eu sou ruim de cama? Foi isso que a Gleicy disse? Você comentou alguma coisa com ela? É isso que você pensa de mim?
Graziele, ficou supresa com a pergunta, encostou a porta do banheiro e sussurrou com ele:
_Henrique, eu jamais falaria algo assim para a Gleicy ou para a Gabi! Eu não converso com ninguém sobre a nossa intimidade! - ela explicou.
No entanto, a insegurança tomava conta de Henrique.
_Graziele, fala a verdade. A Gleicy não tirou isso do nada. Como ela chegou a essa conclusão de que eu sou ruim de cama, fraco, sei lá... Você deve ter falado alguma coisa pra ela! O sexo entre a gente não tá legal? É isso que tá rolando? - ele perguntava inseguro e zangado.
Graziele já impaciente, respondeu:
_Eu não falei nada disso com a Gleicy. O sexo entre a gente é ótimo, é maravilhoso! Mas, por favor, não vamos discutir isso agora. Vai se deitar, e depois a gente conversa. Não dá para levar a sério o que uma pessoa bêbada diz Henrique!
Enquanto o casal discutia em voz baixa, ouviram a maçaneta do quarto de Gilmar, pai de Graziele. Assustada, ela apressou Henrique:
_Meu pai tá acordando! Vai para o quarto antes que ele te veja aqui!
Amedrontado, Henrique correu para o quarto, enquanto Graziele entrou no banheiro, tentando disfarçar o nervosismo.
Enquanto tudo isso acontecia, Gilmar rolava na cama, lembrando dos acontecimentos da noite. Ele tinha ouvido seus cachorros latirem no quintal, o que o fez sair armado com um revólver para verificar se havia algum intruso ou ladrão na sua propriedade. Contudo, ao chegar no quintal, ele não encontrou nada. Na verdade, o motivo dos latidos era Graziele e Henrique, que estavam escondidos na cozinha nos fundos do quintal, transando. Gilmar voltou para dentro de casa e se deitou novamente, mas o sono já não vinha.
Quando suas filhas finalmente chegaram, Gilmar ouviu as vozes e passos ecoando no corredor de tábuas de madeira. No início, ele imaginou que elas tinham apenas retornado da rua, por isso não se levantou. No entanto, ao ouvir sons estranhos vindos do banheiro ao lado do seu quarto, decidiu se levantar para verificar o que estava acontecendo.
Ao sair para o corredor, já não havia mais ninguém. Henrique havia se escondido no quarto de Sofia, enquanto Graziele e suas irmãs estavam no banheiro. Gilmar, parado no corredor, podia ouvir claramente as vozes das meninas dentro do banheiro.
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Doce Segredo
FanfictionNascidos e criados em Palmas no Tocantins, os talentosos irmãos Ricelly Henrique e Edson Júnior desde crianças sonhavam em ser cantores. Seus pais, Edson Reis e Maria Tavares, tinham poucos recursos, eram uma família de classe média e mesmo assim o...