CAPÍTULO 5 - A primeira vez

349 23 15
                                    


                         A primeira vez...

Entusiasmados com seus novos planos de carreira a dupla que agora se chamava “Henrique e Juliano” preparava sua mudança para a cidade de Goiânia.

A princípio os rapazes dividiriam uma casa com mais duas duplas em inicio de carreira. Nessa casa havia toda uma estrutura para que pudessem estudar música, ensaiar e compor.

A vida diante aos holofotes era de luxo e ostentação, muito dinheiro rolava para o sertanejo já naquela época, pois sempre foi um gênero valorizado no Goiás, e naquele ano estava em alta por todo país.

Seus primeiros shows seriam acompanhando duplas de renome que já estavam no topo de audiência nas principais rádios do país, assim abrindo portas para o que o grande público pudesse conhecê-los.

Os irmãos tinham tudo que precisam, boa voz, carisma, entusiasmo e vontade de trabalhar para realizar seus sonhos, mudar suas vidas e de sua família.

Henrique precisava dar a grande notícia a Grazi e sabia que sua até então “ ficante” receberia com alegria o comunicado e lhe incentivaria, mas ele também sabia que por outro lado ela ficaria triste por ser preciso que se distanciassem.

O casal apesar do pouco tempo juntos já estavam apaixonados, faziam bem um ao outro. Seus encontros ainda eram as escondidas, pois Grazi tinha medo de sua mãe, ou de como ela receberia Henrique. Além disso, a moça ainda não tinha contado a ele a realidade de sua vida dentro de casa.

Durante aquele primeiro mês em que estavam se conhecendo por várias vezes Henrique tentou saber mais sobre Angélica, mas Grazi sempre mudava o assunto, deixando-o inseguro. A moça por sua vez não sabia que tipo de relação eles tinham, já que até então Henrique não havia feito um pedido de namoro.

Os jovens se encontravam rapidamente durante o dia enquanto ela trabalhava na rua, e algumas vezes escondida de sua mãe Grazi saía pra ver Henrique cantar nos bares, mas foram poucas vezes.

Sempre ao final da noite eles acabavam namorando dentro do carro em alguma parte da cidade, não tinham aquele típico namoro de sofá, suas famílias não se conheciam, tudo era somente entre eles.

Sabendo de toda mudança que viria e como Grazi ficaria, Henrique quis lhe passar a segurança de que estava indo para longe, mas ainda queria estar com ela.

Assim o rapaz tomou a decisão de que na mesma noite que contaria a Grazi sobre sua ida para Goiânia, também faria um pedido de namoro especial para a moça.

Grazi sempre se mostrou muito romântica, queria que tudo fosse mágico, como toda menina da sua idade sonhava, e pensando na felicidade dela Henrique programou um noite especial para os dois.

O rapaz havia recebido uma boa grana com o contrato do escritório, usou esse dinheiro e comprou um presente especial para Grazi.

Pensando numa noite romântica ele reservou um quarto na pousada ao lado do Lago de Palmas, o lugar tinha uma vista perfeita da natureza e de parte da cidade.

Combinado com as irmãs de Grazi, no final da tarde ele chegou de surpresa no sinal onde elas trabalhavam e abordou a moça:

_ Oi moça! Você vende doces, mas beijo você dá de graça? – brincou e Grazi levou um susto ao vê-lo ali.
_Henrique! O que faz aqui?! – ela sorria linda.
_Vim te sequestrar e trouxe flores! Entra no carro! – mostrou a ela o buquê de rosas vermelhas que tinha em suas mãos.
_Estou trabalhando! – sorrindo e surpresa Grazi entrou no carro.
_São pra você! – sem jeito Henrique lhe entregou o buquê de rosas.
_Pra mim?! São lindas Henrique! – dizia encantada e deu um forte beijo nele.
_Eu nunca recebi flores! – sorria boba cheirando o buquê.
_Essas são só as primeiras de muitas que vou te dar. – ele beijou a moça novamente.
_Grazi, vim te buscar porque hoje a noite você é minha. – Henrique ligou o carro e foi saindo.
_Como assim? Pra onde vamos? Eu tenho que ir pra casa Henrique, hoje é quarta-feira!– ela ria de nervoso.
_ Já combinei tudo com as meninas. Elas vão dizer a sua mãe que você vai trabalhar numa festa hoje.

Doce SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora