Capítulo 66 - Bem-vinda ao meu mundo...

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Dia seguinte...

O sol ainda não apareceria no horizonte, e todos na casa de Gilmar já estavam de pé. Graziele e suas irmãs precisavam voltar para Palmas naquela manhã, pois a confeitaria onde trabalhavam estava fechada há três dias. Elas tinham passado o Natal em Araguaína com a família e, como dinheiro não dá em árvore, era hora de retomar as atividades. Os clientes as aguardavam.

Gilmar encostou sua caminhonete próxima à casa e começou a descer as bagagens das filhas para colocar na carroceria. Enquanto saía na varanda, Henrique foi surpreendido por Gleicy, que se aproximou dele, brincando:

_Toma, leva a minha mala! - ela jogou a mala em cima dele, fazendo-o sorrir, mas confuso.

_Eu?! - Henrique riu surpreso.

_Ué, você não quer selar a paz? Não quer ser meu amigo? Então começa assim, levando a minha mala. - Gleicy saiu rindo, deixando Henrique boquiaberto, parado ali feito um idiota com a mala nas mãos.

Graziele e Gabriela, que caminhavam logo atrás, trocaram olhares surpresos, como quem dizia: " Como assim, Henrique e Gleicy conversando e brincando um com o outro? Até a noite anterior, eles estavam brigando e não se falavam. "

As duas não questionaram a cena, mas era um alívio ver os dois se reconciliando. Ninguém aguentava mais os atritos entre eles.

Mesmo surpreso com a atitude de Gleicy, Henrique ficou feliz. Até então, ele acreditava que ela voltaria para Palmas de ônibus, pois por orgulho não queria aceitar a carona dele em seu jatinho. Mas o fato de ela estar ali, com as malas prontas, era um sinal de que estava disposta a selar a paz entre eles.

Depois de colocar todas as malas na caminhonete de Gilmar, chegou a hora das despedidas. Todos se aproximaram de Luciana, para se despedirem. Henrique, em especial, se destacou nesse momento. Ele se aproximou de Luciana e disse:

_Lu, gostaria muito de te agradecer pela hospitalidade e pelo carinho com que você me recebeu aqui. Fiquei muito feliz de conhecer a chácara de vocês e a história da família. Estou indo embora com o coração grato por tudo. - sorrindo, ele beijou a mão da senhora.

Luciana, sempre acolhedora, respondeu:

_Henrique, não há pelo que me agradecer. Você faz parte da nossa família e sempre será bem-vindo aqui em casa. Pode vir quando quiser, querido. - ela sorriu tocando o rosto dele como um gesto de carinho.

Henrique, agradecido, disse:

_A senhora também sempre será bem-vinda na minha casa. Quando quiser passar uns dias conosco, na fazenda, é só me ligar que eu dou um jeito de mandar buscar vocês. - ele sorriu e deu um beijo no rosto da senhora, demonstrando sua gratidão.

Gilmar levou suas filhas, sua neta e Henrique até o aeroporto de Araguaína, e chegando lá, Henrique constatou que o avião de seu irmão ainda não havia pousado. O dia já estava clareando, o horário marcado estava atrasado e ele ficou preocupado. Pegou o celular para ligar para Juliano e saber se havia acontecido alguma coisa. Foi quando encontrou uma mensagem do irmão dizendo que não poderia buscá-los, mas que tinha enviado outro piloto para levá-los de volta a Palmas.

Após ler toda a mensagem, Henrique comentou com Graziele, perto dos outros:

_Meu irmão não vem. Disse que mandou um piloto para nos buscar. Parece que a Mohana não passou bem essa noite.

Graziele, que gostava de Mohana, logo se preocupou:

_O que aconteceu com ela?!

_Ah, deve ser coisa da gravidez, né Grazi?! - inocentemente, respondeu Henrique.

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