Capítulo 52 - Então, é Natal

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   Esse capítulo contém linguagem sexual, textos e "cenas" para maiores de 18 anos. Se não gosta desse tipo de texto, aguarde o próximo capítulo.

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  24 de Dezembro, Araguaína - TO


Finalmente chegou o tão esperado dia de Natal. Gilmar, apesar da tristeza pela ausência de Sofia, também estava feliz com a chegada de suas filhas em Araguaína. Fazia quase dois anos que Graziele e suas irmãs haviam se mudado para Palmas. Apesar de se adaptarem à nova rotina e já terem vivido naquela cidade antes, para elas, lugar nenhum era melhor que Araguaína. A saudade era constante em seus corações, um sentimento que as irmãs sempre manifestavam em conversas nostálgicas ou quando viam fotos antigas.

No caminho da rodoviária para a chácara, o olhar das irmãs se perdia pelas paisagens familiares. Cada curva, cada árvore, cada casa trazia consigo uma memória, um sentimento, uma saudade. A nostalgia era tanta que até mesmo os momentos mais simples e difíceis da vida em Araguaína se tornavam preciosos.

Ao cruzarem o porteira da chácara, uma sensação de aconchego e saudade envolveu as irmãs. O cheiro de terra úmida, os pássaros cantando, as folhas das árvores caídas no chão, tudo era muito familiar. Fazia tempo, alguns meses, desde a última vez que pisaram naquelas terras, e a saudade era muito grande.

A casa simples, com suas paredes brancas e telhas vermelhas, guardava muitas memórias. O quintal, que foi palco de aventuras e descobertas de Sofia, permanecia do mesmo jeito. Com muitas flores, pequenas árvores e plantas para todos os lados. Pequenos animais circulavam por ali. Gatos, cachorros, galinhas, porquinhos e até mesmo uns cabritos.

O rio que corta a cidade, passava ao lado da casa, como se fosse parte do quintal, e era possível vê-lo da varanda da frente. Há cerca de vinte metros da varanda, na beira do rio, havia uma amendoeira gigante, que já estava lá há anos. Aquela árvore era o xodó da família.

Debaixo dela, Gilmar criou um cantinho aconchegante, uma espécie de refúgio pra descansar. Na sombra da árvore, ele fez uns banquinhos de madeira e uma mesa, onde a família gostava de fazer refeições nos dias mais frescos. E com uns pallets, ele ainda montou uma espreguiçadeira, uma espécie de cama, que cabia até três pessoas. E essa era a parte preferida de Graziele. Por muitas vezes, era ali que ela e Sofia tiravam uns cochilos a tarde, ouvindo o som das águas do rio, na sombra gostosa que a amendoeira lhes proporcionava.

Embora Palmas oferecesse oportunidades e desafios, Araguaína era o lar de seus corações. Era ali, entre a simplicidade da vida na chácara e a liberdade do campo, que as irmãs se sentiam completas, livres e felizes.

Elas se sentaram na varanda, apreciando a vista da natureza que as cercava. Em seus corações, a certeza de que, não importa onde a vida as levasse, Araguaína, aquela chácara, seria sempre o seu porto seguro.

O Natal era uma data muito importante para Gilmar e sua esposa, Luciana. Ela, sempre muito cuidadosa com a decoração, não abria mão de ornamentar toda a casa para o Natal.
Na sala, havia uma linda árvore de Natal, simples, mas muito charmosa. Religiosa, Luciana gostava de montar um presépio ao lado da árvore. Tudo estava muito parecido com os anos anteriores, mas faltava uma coisa.
As meias de Natal, que geralmente ficavam penduradas na janela, estavam ausentes, e Gleicy notou a falta das delas assim que entrou na sala.

_Lu, onde estão as meias de Natal? - ela perguntou.

Luciana, com um sorriso triste, respondeu:

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