Doce Segredo

CAPÍTULO 11 - A caixa e o segredo

A caixa e o segredo

Não existem segredos na vida. Apenas verdades escondidas que quando a gente menos espera podem "estourar  na nossa cara"!
Graziele estava prestes a descobrir isso!

Na manhã seguinte ao aparecimento de Henrique na confeitaria, Grazi e suas irmãs saíram bem cedinho para trabalhar, sábado era dia de muitas festas e elas sempre tinham várias encomendas para preparar e entregar.

Com medo de que Henrique pudesse aparecer novamente na confeitaria, ela correu para a cozinha, deixando Gabriela responsável pelo balcão.

Sofia ainda dormia quando sua mãe e suas tias saíram para trabalhar, a menina estava cansada,  quase não dormiu naquela noite de tanta ansiedade.

Na noite anterior, quando finalmente Sofia caiu no sono, a menina sonhou com seu pai, Henrique.

No sonho ela estava em um lindo jardim de girassóis, usava um vestido rodado, era cor de rosa, como de uma princesa.

Sofia corria entre as flores gritando, chamando pelo seu pai mas ninguém aparecia.

Quando a menina desistiu, se sentou embaixo de uma árvore, se pos a chorar e caiu sono. Logo depois ela acordou com o som de um linda voz que cantarolava:

" Sofia... Onde você está? Sou eu, o papai!"

A menina voltou a correr em meio as flores e no final do jardim um homem apareceu rodeado por uma luz branca, parecia um anjo!

_"Pai é você?" - ela perguntava de longe sem conseguir vê-lo perfeitamente.
_Sim minha filha! Sou eu, vim te buscar! Vem abraçar o papai!"

Sofia corria entre os girassóis indo em direção ao pai que lhe esperava de braços abertos.
O sol estava lindo e reluzente iluminava tanto o rosto de seu pai que a menina não conseguiu ver como ele era, mas no sonho pode sentir seu  abraço como se fosse de verdade. Era um abraço quentinho, forte, cheio de saudade, e ele tinha um cheirinho tão gostoso!

Sofia acordou do sonho assustada, mas logo sorriu. Mesmo que em sonho ela sentiu o abraço gostoso do pai que ela tanto sonhava em ter.

Ela estava ansiosa e feliz, pois agora sabia o nome de seu pai e assim poderia procurar mais a respeito dele. Sofia sabia que se confrontasse sua mãe com essa informação Graziele daria um jeito de abafar a história, foi onde ela resolveu que sozinha procuraria mais sobre ele.

Pensando em como encontraria seu pai ela se lembrou da tal caixa vermelha com coisas de Henrique que Grazi e Gabi haviam mencionado em sua conversa da noite anterior, mas ela não sabia por onde começar a procura-la.

Aos sábado era dia da faxineira, ela se chamava Kátia, uma boa senhora trabalhadeira, honesta e carinhosa que fazia a limpeza da casa e cuidava de Sofia enquanto Grazi e sua irmãs trabalhavam, já que nesses dias a menina não tinha aula e não poderia ficar sozinha.

Esperta, Sofia passou escondida pela sala onde Katia fazia a limpeza, entrou no quarto de sua mãe, e tudo que ela pode revirar, ela virou.
Sofia abriu gavetas, olhou embaixo da cama e nenhum sinal da tal caixa vermelha.

Na parte mais alta do armário de sua mãe ela viu que tinham mais algumas coisas, mas não as alcançava.
A menina sagaz foi até a cozinha e escondida pegou uma cadeira pra subir no armário, e foi nesse momento que Kátia a viu passando sorrateira pela sala levando uma cadeira.

A senhora deixou Sofia entrar no quarto, fingiu que não a viu:

_Aposto que a Sofi tá aprontando! Deixa ela! Vou pegar essa danadinha no pulo! - rindo Kátia pensava alto.