Capítulo 60

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(no outro dia) "foi mais ou menos isso" eu falei pra Carmen, já que ela perguntou como conseguimos tirar toda aquela tinta azul do cabelo da minha irmã "caramba, que diria que a graça ia ter um produto pro cabelo na hora" falou a Carmen, mas de repente ela parou e abraçou a barriga "você tá bem, Carmen?" "sim. Acho que foi só uma dor repentina" ela falou respirando fundo "tem certeza? Não quer que meu pai venha te examinar?" "tenho. Vou ficar bem" Depois disso, fomos pra aula.

Estava tudo indo tranquilamente bem, até que o Paulo começou a falar do incidente de ontem, fazendo o Cirilo ficar bravo, mas a professora deu um sermão neles e eles ficaram quietos. "terminei, professora" disse a Maria Joaquina "eu também, professora" eu falei "está bem, tragam o caderno aqui" a Maria Joaquina foi primeiro e, enquanto a professora via o caderno dela, eu me virei pra dar uma olhada na Carmen. Ela parecia muito triste.

"Maria Luiza?" eu rapidamente me virei "ah, desculpa. Não queria deixar a senhorita me esperando" eu falei me levantando e entregando o caderno a ela "sem problema. Mas, o que você estava olhando?" "ah, é a Carmen. Ela sentiu uma dor na barriga hoje cedo e estou preocupada com ela" falei baixinho olhando de novo pra Carmem, que tinha uma expressão de dor "honestamente, ela não parece bem" "percebi, vou ver o que está acontecendo" disse a professora me devolvendo o caderno e eu voltei ao meu lugar.

"Carmen. Está tudo bem?" perguntou a professora se levantando "não tô me sentindo muito bem, professora" "o que você tem?" "dor na barriga" "ah, relaxa, Carmem, eu conheço isso. É só ir no banheiro que passa" ele falou e alguns colegas riram "shhh. Pode fechar o caderno, querida. Você terminar o exercício depois" "obrigada, professora" disse a Carmen ainda com uma carinha de dor.

"iihh, quando a pessoa não estuda direito, sempre diz que tá doente" disse a Maria Joaquina "Maju, por que a Carmem mentiria? Ela é uma boa aluna assim como nós" "tenho minhas dúvidas" "cê quer parar de ser nojenta. A Carmem realmente tá passando mal, não vê a carinha dela" disse a Marcelina atrás de mim e as duas fizeram cara feia uma pra outra. Algum tempo depois o sinal tocou e eu fui direto ver a Carmem.

"está se sentindo um pouco melhor?" eu falei colocando o cabelo dela atrás da orelha "infelizmente, não. Estou assim tem um tempinho" ela falou enquanto a Laura, a Marcelina e a Maju se aproximavam "o que aconteceu, Carmem?" disse a Laura "a minha barriga tá doendo e eu me sinto quente" coloquei a mão na testa dela e imediatamente senti a temperatura aumentar "acho que você tá com febre" "com quantos graus?"

"minha irmã não é um termômetro, Marcelina...professora, a Carmem tá passando mal de verdade" disse a Maju e a professora Helena se aproximou "ela está com febre e dores fortes na barriga" eu falei e a professora confirmou ao colocar a mão no pescoço dela "ai, professora. minha barriga tá doendo muito" disse a Carmem "eu vou ligar pra sua casa" "não, professora. na minha casa não tem ninguém. Minha avó saiu e minha mãe tá trabalhando" disse a Carmem "sua mãe tem celular?" "tem, mas ela deixa desligado quando tá no trabalho" "vamos ligar pro seu pai, então. Meninas me ajudem" nós fomos ajudar a Carmem a se levantar, mas ela desmaiou e começamos a chamar o nome dela pra acordá-la.

"meninas, chamem o pai de vocês imediatamente" "Maju, liga pra ele. Eu acabei esquecendo meu celular em casa" eu falei enquanto ela pegava o celular "droga, acabou a bateria, professora" "ligue da diretoria, rápido" a Maju saiu correndo da sala "professora, eu vou chamar o Firmino. É melhor a gente levar a Carmem pro quarto dele até meu pai chegar" "certo" eu imediatamente saí correndo pra procurar o Firmino.

Olhei freneticamente ao redor do pátio, até que eu o encontrei "Firmino, Firmino!" falei correndo até ele "o que foi?" "a gente precisa de ajudar. A Carmem desmaiou na sala e a gente quer leva-la até seu quarto! Pelo amor de Deus, Firmino, ajuda a Carmem!" "sim, sim, claro! Vamos!" nós dois fomos até a sala de aula. "ainda bem, que você chegou, Firmino, eu preciso de ajuda" "pode deixar, vamos" falou o Firmino pegando a Carmem no colo, agora um pouco mais consciente e levando até o quarto "meninas, é melhor deixar a Carmem descansar agora. Vamos esperar ajuda do doutor Miguel" disse a professora e a gente concordou.

Eu, a Laura e a Marcelina fomos sentar em um banco perto, mas imediatamente alguns colegas apareceram "o que aconteceu?" disse a Alícia "a Carmem desmaiou de tanta dor" disse a Laura "o que, desmaiou?" disse a Valéria e eu concordei com a cabeça "então é mais sério do que parece" disse o Davi "sim, ela tá até com febre" disse a Marcelina "coitada da Carmem" disse o Daniel "aff, Maria Joaquina. Cadê seu pai que não enxerga nunca!" "ele tá vindo o mais rápido que pode, Valéria" "se ele soubesse aparatar já estaria na escola" disse o Adriano.

"e eu pensando que a Carmem só tava com uma dor de barriga de nada" "vocês tinham que ver, ela desmaiou e ficou branca que nem papel. Foi horrível" disse a Marcelina "foi mesmo, foi a coisa mais antirromântica que eu já vi" disse a Laura e então o pai chegando dando um oi rápido e indo direto pra onde a Carmem estava "ufa. Agora eu posso respirar mais aliviada, já que a Carmem vai ser examinada" eu falei

"também, tô mais tranquila agora" disse a Bibi "pobre, amiguinha. Se ela morrer o que eu vou fazer?" disse a Laura abraçando o Jaime, fazendo a gente dar um sorriso "ah, Laura. Tá todo mundo olhando, me solta" resmungou o Jaime fazendo a Laura soltar "você é muito pouco sentimental" "o que vão pensar de mim se me virem abraçado com uma menina?" "tomara que não seja nada grave" disse a Alicia "ela tava sentindo muita dor, pode ser uma doença bem difícil de curar" "para de ser pessimista, Davi!" "não foi nada romântico você ter falado com ele assim" "eu tô nervosa!" "meninas, por favor. Vamos nos concentrar em mandar boas energias pra Carmem. Desespero não vai ajudar" eu falei tentando acalmar as duas.

Assim que a gente viu a professora Helena e meu pai saindo do quarto do Firmino, eu e as meninas fomos correndo ver a Carmem. "calma, crianças. Sem afobação" "como você tá se sentindo?" disse a Marcelina "tá doendo, ai..." "meu pai vai cuidar muito bem de você, Carmem" "e você também vai contar com nosso apoio" falei me sentando ao lado dela e abraçando ela da lado "vai ficar tudo bem, amiga" disse a Valéria "Carmem" "o que foi, Laura?" "não precisa se preocupar com aquele dinheiro que eu emprestei naquele dia. Você não precisa me pagar tá bom" a Carmem riu e concordou.

Algum tempo depois, meu pai entrou e todos olhamos com expectativa pra ele "vou ficar boa logo, tio" "vai sim, você vai ficar boa logo. Eu vou cuidar de você" "você está em boas mãos, menina" disse o Firmino "meu pai não vai deixar nada ruim de acontecer" "você vai ter o melhor cuidado" falei apoiando a cabeça dela no meu ombro "você vai ficar bem" disse a Marcelina "tomara... Marcelina, acho que deixei minha boneca na sala. Pode trazer pra mim?" "tá bom, eu vou lá pegar" disse a Marcelina saindo e ficamos dando apoio a Carmem.

A gente ficou um tempo com a Carmem, até que a professora veio chamar a gente pra uma conversa um pouco séria. Estávamos todos no pátio e pela cara da professora tinha algo errado "professora, o que aconteceu com a Carmem?" disse o Jaime "como ela tá?" disse o Davi "vai ficar tudo bem?" disse o Koki e um monte de gente começou a perguntar ao mesmo tempo "eu vou leva-la até o hospital" disse a professora silenciando todo mundo "hospital?" "calma, Daniel. Vai dar tudo certo... nós estamos por um momento difícil, então espero que se comportem, está bem?" disse a professora "a gente vai ficar bem quietinho" disse o Jaime "com toda essa situação. Quem vai querer brincar?" disse o Davi.

Irmã da Maria Joaquina (Daniel x OC)Onde histórias criam vida. Descubra agora