Capítulo 56

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Depois de um tempinho, nós resolvemos ir na pracinha descansar, já que estava todo mundo cansada "a gente colou cartaz em tudo o quanto era lugar que podia" disse a Bibi "eu até emagreci uns quilinhos andando. Quando eu chegar em casa vou até comer uns bolinhos a mais..." disse a Laura "ai, gente fez tudo o que dava" disse a Maria Joaquina "*suspiro* será que a gente nunca vai encontrar o Rabito?" "Marcelina, não podemos perder a esperança. Os meninos e o tio Rafael estão ainda nas buscas, lembra?" eu falei "verdade, depois eu ligo pro Davi perguntando sobre as buscas e aviso vocês" disse a Valéria "é, mas já tá ficando tarde" "a Bibi tem razão, daqui a pouco vai escurecer" disse a Alícia

"eu só volto pra casa quando a gente achar o Rabito" falou a Valéria "e se não encontrarmos ele hoje?" disse a Laura "oh... então eu só volto se a Maria Joaquina prometer que vai avisar a todas nós se tiver notícias" "eu prometo. Afinal sou a aluna mais responsável da classe" nós reviramos os olhos "Carmen, se quiser, podemos ir na sua casa pegar suas coisas pra você dormir lá" "ah, sobre isso. Minha mãe não deixou, ela pediu pra eu tomar conta do meu irmãozinho" "ah, tudo bem. Quem sabe outro dia" disse a Maju. Depois disso, as meninas foram embora e eu e a Maju esperamos o nosso motorista vir buscar a gente.

Assim que a gente chegou em casa a Maria Joaquina foi tomar banho enquanto eu esperava alguma notícia. "então, como foi?" disse a Joana "ah, Joana. Fizemos tudo o que podíamos, agora só nos resta esperar pra ver se alguém encontra o Rabito" eu falei indo pra cozinha beber um copo de água "não fique assim. Eu sei que é angustiante, mas eu sei que ele vai aparecer" "é, a gente foi até em uma Ong que resgata animais de rua, mas nem ali ele estava. Embora tenha sido legal conhecer o lugar" "deve ter sido uma boa experiência" ela falou sorrindo "*suspiro* tinha tantos cães fofinhos lá pra adoção. Você tinha que ver" eu falei "MALU! Já acabei meu banho!" gritou a Maria Joaquina do quarto. "bem, eu vou tomar um banho. Joana, se alguém ligar, por favor avise pra mim e pra minha irmã" "deixa comigo"

Depois de tomar um bom banho e trocar de roupa, fiquei no meu quarto aguardando notícias. Estava deitada na cama, lendo um livro de Sherlock Homes até que a Maria Joaquina entrou no meu quarto "Malu, Malu. O Rabito apareceu!" "o que? onde ele tava? Quem achou?" eu falei me levantando da cama "O Firmino disse que ele apareceu na escola e depois, a Valéria encontrou com eles e levou o Rabito pra casa dela" "caramba, que coincidência" "pois é. e vou avisar a professora Helena" "ok, eu aviso pro resto das meninas" falei pegando meu telefone.

"alô?" "oi, Carmen, tudo bem?" "oi, Malu. Tem notícias?" "sim, excelentes. O Rabito foi encontrado" "sério?!" "sim, o Firmino encontrou e agora o Rabito está na casa da Valéria" "que demais. O Mário vai ficar muito feliz" "sim, só espero que ele consiga levar o cachorro de volta pra casa" "espero que sim. obrigada por me avisar... ai" "o que foi, Carmen?" "não, nada. Só um pouco de tontura" "talvez seja o cansaço, tente ficar em repouso e beba muito liquido" "certo" "você não quer que vá aí te ajudar?" "tenho, não quero incomodar. Tchauzinho" a Carmen então desligou, mas achei a atitude dela muito suspeita.

POV Ninguém

 (No outro dia) "abram o livro de história na página 29" disse a professora "*suspira* é nunca é uma historinha da turma da Mônica" disse o Jaime "professora" "diga Cirilo." "posso falar uma coisa pra você?" "pode falar" "é que eu não quero que eles escutem" o Cirilo então foi até a mesa da professora Helena e cochichou algo no ouvido dela "quem cochicha o rabo espicha" disse a Maria Joaquina "e quem reclama o rabo inflama" disse a Valéria. o Cirilo então voltou todo misterioso pro seu lugar "foi muito interessante o que você contou, Cirilo. Obrigada por me contar" depois disso, a aula continuou.

"Há muitos séculos, os astecas fundaram a cidade de Tenochititlán... Daniel, leia como os astecas descobriram essa cidade" "em pé?" "por favor" ele se levantou e começou a ler até que o Cirilo interrompeu "o que foi, Cirilo?" "como os peixes podiam nadar na cidade?" "é que essa cidade estava construída em uma ilha, dentro de um lago. E lá havia muitos canais" "professora Helena?" "Maria Joaquina?" "Uma vez eu e minha família fomos pra Veneza e lá também tem muitos canais. Tanto que os meninos vão pra escola de gôndolas" "Veneza?" "é, Cirilo. É uma das cidades mais importantes da Itália. Um dos locais mais bonitos de lá, especialmente os canais românticos" falou a Malu dando uma piscadinha pra Laura que sorriu.

"professora, é verdade mesmo que os meninos vão de gon..." "gôndolas, Jaime" disse a Maria Joaquina "isso aí" "sim, a Maria Joaquina está certa. O transporte é feito por gôndolas, é um barco estreito e comprido" "e quem veleja são os gondoleiros que tem um remo bem comprido. Não é, professora?" "isso mesmo, Adriano" depois de discutir um pouco mais sobre a cidade, o sinal tocou e a professora liberou a turma pro intervalo, menos o Jaime e o Mário.

"ah, professora, o que eu fiz?" "você está com a consciência tranquila, Jaime?" "aqui na classe ninguém tem a consciência tranquila" "a gente sempre tem" falaram as gêmeas saindo e todo mundo começou a falar a mesma coisa "nossa vocês podem ter até a consciência tranquila, mas assim meus ouvidos não ficam" disse a professora com um risinho no final "podem sair em ordem" ela falou.

 Depois de um tempinho conversando, as meninas notaram que o Jaime e o Mário já haviam saído da sala e foram falar com eles. "Mário, você e o Rabito fazem uma dupla incrível" disse a Bibi "eu quero muito conhecer seu cachorrinho" disse a Alícia "nós também, né Maju?" "sim, sim." "eu também" disse a Carmen "eu também queria ver" "Valéria, você já tem o seu, criaturinha. Aquele poodle loiro" disse a Maju rindo "não fala assim do Davi"

"ah, poodles são bonitinhos" disse a Bibi "e aí, Mário. Quando a gente vai poder ver seu cachorro?" disse a Alícia "ah, vocês podem combinar de ir juntas. O Rabito vai gostar da visita" "eu sempre achei que você seria tonto igual o Paulo, mas parece que eu tava errada" "não, falei, Maju. Ele é uma boa pessoa... ih, chegou a encrenca" falou a Maria Luiza vendo o Paulo e o Kokimoto se aproximarem e chamarem o Mário pra conversar.

Pouco tempo depois, o Mário voltou "o que eles queriam?" "ah, só falar besteira. Enfim, se vocês quiserem, podem ir ver o Rabito hoje" "ih, hoje eu não posso" disse a Valeria "nem eu" disse a Bibi "ah, então pode ser eu, a Alícia, a Maria Luiza e a Maria Joaquina. já que não vimos ainda o Rabito" disse a Carmen "pode ser, depois eu combino direitinho onde a gente pode se encontrar" disse o Mário.

 O intervalo passou e o sinal tocou paraas crianças entraram na classe. Ainda agitadas "que bagunça isso aqui. Toda vez que a gente entra na sala é uma guerra" disse a Maria Joaquina "peguem o caderno de matemática" disse a professora "não sei o que a gente ganha estudando matemática" disse o Jaime "Matemática é minha segunda matéria favorita, só perde pra arte" falou a Maria Luiza "é uma das minhas prediletas, também" disse o Daniel "como que isso pode ser uma matéria? Isso é uma doença! E o pior de tudo... é que é dessa doença que eu vou morrer" disse o Jaime fazendo alguns colegas rirem. A professora então ditou um problema simples para a classe copiar e resolver.

Um minuto depois, alguém já tinha resolvido "professora, já terminei o exercício" disse a Maria Joaquina "também, professora. Terminei agorinha" disse a Maria Luiza "mas os seus colegas apenas começaram" "ah, é que tava muito simples de fazer" disse a Maria Joaquina e a Maria concordou enquanto as duas iam até a mesa da professora "não sei como elas conseguem resolver os problemas tão rápido" disse a Alicia "elas devem ter telepatia" disse a Valéria.

"isso mesmo, meninas. Bom trabalho. Podem se sentar" disse a professora terminando de dar visto nos cadernos "obrigada, professora" "obrigada". Elas então se sentaram "psiu. Quanto deu?" disse a Marcelina "65" disse a Maria Luiza. A partir daí, começou um telefone sem fio, com todo mundo sabendo a resposta "65?" disse o Daniel e a Maria Luiza assentiu "beleza" "ah, mas não é possível!" gritou o Jaime "o que foi, Jaime?" "a-ah, nada não" a professora estranhou mas voltou ao que estava fazendo.

Irmã da Maria Joaquina (Daniel x OC)Onde histórias criam vida. Descubra agora