Capítulo 12 - 'marjorie'

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TRAVIS KELCE POINT OF VIEW
24 de setembro de 2023

Talvez meus colegas de time tenham ficado um pouco surpresos quando viram ninguém mais ninguém menos do que Taylor Swift surgir no meu camarote no Arrowhead.

Alguns xingaram, em surpresa, outros arregalaram os olhos em sua direção, e Patrick deu um tchauzinho do campo com um sorriso na cara.

Eu acho que nunca quis tanto ganhar um jogo como quis ganhar esse. Era como quando se é um adolescente no ensino médio, querendo impressionar a namorada que te assiste na arquibancada, torcendo e gritando seu nome cada vez que você apanhava aquela bola.

E a minha garota estava me assistindo jogar pela primeira vez, naquele estádio, com a minha mãe ao seu lado. A minha garota linda, talentosa, genial, engraçada, e de um coração gigante, tanto para sua família e amigos, quanto para os seus fãs.

Eu morria de medo de acordar desse sonho.

Ao fim da partida, o Kansas City Chiefs saiu vitorioso, e enquanto eu saia do estádio ao lado de Taylor, meus dedos formigando para não se entrelaçarem nos dela, sequer parecia real. Aquela era a primeira vez que estávamos juntos com o mundo inteiro ao nosso redor, nos observando. Taylor era famosa ao extremo, mas o que eu sentia por ela era algo que não tinha nada a ver com seu status no mundo das celebridades. Éramos pessoas, antes de tudo, como todas as outras, e eu a amava por ser quem era.

Por mais forte e avassalador que fosse, o sentimento não assustava. Não mais.

Saímos do jogo no meu carro, cientes de que qualquer um poderia nos ver dentro do veículo, que era aberto, mas não nos importávamos. Passamos o início da noite em um bar, conversando com alguns amigos, bebendo alguns drinks, e Taylor não estava nem um pouco incomodada em estar em público ao meu lado, sentada no meu colo, mas eu conseguia notar que definitivamente alguma coisa a havia deixado agitada, e eu tinha quase certeza que tinha a ver comigo.

— Tay? – perguntei, apoiando minha mão levemente em seu braço. — Aconteceu alguma coisa? Quer ir embora?

— Eu... Não quero te fazer ir embora só por minha causa, e não é nada demais, nós podemos conversar mais tarde...

Tudo bem. Alguma coisa definitivamente estava rolando, e por alguma razão tinha a ver comigo, e, se estava fazendo Taylor se sentir desconfortável, não havia motivo para adiar o que quer que ela precisasse me contar.

— Vamos lá – falei, a pondo em pé, e pegando na sua mão. — A gente se despede do pessoal e vai pra casa.

Ela olhou para mim com olhos arregalados, e levantei minhas mãos para o seu rosto, preocupado.

— Taylor, o que foi? Você está começando a me assustar.

— Eu... Vamos embora logo, tenho que fazer isso de uma vez por todas.

Eu já iria questionar de novo, mas então Taylor me deu um olhar de "Em casa, por favor", então depois de nos despedirmos, saímos do estabelecimento e dirigi até em casa. Assim que entramos, depois de eu ter estacionado o carro na garagem,
ela foi para o lado de fora, no deque, e enquanto Taylor se sentou em um banco acolchoado, puxei uma das cadeiras da mesa e a coloquei bem em frente a ela.

Não falei absolutamente nada. Nenhuma palavra. Esperei o tempo dela, que, quando eu estava observando o céu estrelado já esparramado na cadeira, já que 20 minutos haviam se passado, ouvi o suspiro longo de Taylor antes de ela começar a falar de fato.

— Quando eu era mais nova, fiz uma besteira. E das grandes. Eu estava no meio da minha primeira turnê, tinha acabado de sair de um relacionamento que não fazia muito bem para mim, e fiz uma besteira. Na época, bem, eu não era tão facilmente reconhecida em público como agora, então resolvi sair para espairecer um pouco... em um bar.

Safe & Sound | Taylor & TravisOnde histórias criam vida. Descubra agora