capítulo 1

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Amara, foi entregue a casa da família Sano pelo próprio pai

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Amara, foi entregue a casa da família Sano pelo próprio pai.  Não havia nem como negar que a menina tinha todos os traços de um Sano, isso por que a mãe de Shinichiro e Manjiro teve um caso fora do casamento que resultou em Amara.

Mas o pai da pequena, não tinha condições de ficar com ela, sua vida estava em decadência, ao ponto de preferir que a única comida da casa, seja comida por Amara, ao invés dele que precisava de energia por ser, ajudante de pedreiro em uma empreiteira.

Ele não queria esse tipo de vida para sua princesa, e por essa razão procurou a família da mãe de Amara, Masaku Sano, o patriarca se encantou por Amara, assim que colocou seus olhos na menina.

Sua nora, não tinha parentesco nenhum com a família,  mas isso não a impediu de ser uma Sano no sobrenome e Sendo filha de sua Nora, ela também era sua neta. Além de gerar Shinichiro e Manjiro, agora havia Amara, os céus estavam realmente sorrindo para eles.

— Venha aqui, criança — Masaku sorriu e estendeu a mão para Amara.

— Pode ir minha princesa — o pai de Amara sussurrou ao se curvar diante da menina — perdoe o papai por ser fraco tá bom?...papai não tá te abandonando, ele só quer cuidar de você.

Amara olhou para as lágrimas de seu pai, e com as pequenas mãos, limpou uma a uma, sem falar nada.

Shinichiro o mais velho dos irmãos,apertou os punhos sentindo os próprios olhos lacrimejando.

— Papai vai voltar pra Amara? — A menina perguntou.

— Papai promete sempre vim te ver — ele sorriu — papai vai trazer presentes pra você também, sabe aquele ursãon de pelúcia que você tanto gosta?...papai vai juntar dinheiro e comprar.

— Não precisa...o senhor estando com saúde e vindo me visitar, já é o meu maior presente — Amara sorriu, e seu sorriso quebrou o coração de seu pai.

Ele a puxou e a abraçou com toda sua força, e somente assim Amara segurou a mão do patriarca Sano, entrando na residência e na vida da família.

[...]

Uma criança silenciosa, Amara não se preocupava com roupas ou alimentos, o que tivesse ela usava, e o que tinha ela comia. Sem preferencia por nada, ela até mesmo comia as vagens que Mikey deixava no prato, ou o brócolis esquecido por Emma, ela não deixava nada, nem mesmo um grão de arroz.

Somente aqueles que já sentiram a fome, sabe o pecado em desperdiçar até um grão de mostarda.

Depois de  cada refeição, ela prontamente se levantava, e recolhia cada prato e talher para colocar na pia, colocando um pequeno branquinho de madeira para subir. Amara lavava toda a louca e a secava, para então ir assistir televisão, ou brincar.

Mas suas brincadeiras eram se afundar em livros de fantasia e romance, enquanto os outros saiam para queimar energia, Amara preferia o silêncio da casa, o conforto do sofá, e a quentura dos cobertores.

— Não consigo me aproximar dela — Shinichiro confessou, ao ascender um cigarro — pensei que Emma seria a difícil, mas com Amara....

— Pelas condições a qual você me falou, é normal ela que tenha amadurecido demais pra idade dela — Wakasa diz de forma preguiçosa

— por que não tenta o Wakasa? — Takeomi disse, ao dispensar a fumaça que havia tragado — Talvez ele possa te ajudar com isso.

— Posso tentar — Wakasa deu de ombros.

Shinichiro ficou em silêncio, completamente pensativo, quando concordou com Takeomi.  Mais tarde ao retornar para casa, ele se aproximou de Amara, que estava pintando um quadro no jardim, há alguns dias ele tinha presenteado a garota com tintas e pincéis, pois ela havia pedido pela primeira vez.

De acordo com Amara, ela queria pintar Velaris a cidade da luz estrelar.

— Mara! — Shinichiro se ajoelhou na grama e olhou para menina que desviou o olhar do quadro para ele — Quero te apresentar alguém.

A garota tinha tinta em seu rosto, e quando Shinichiro levantou-se, ela viu um garoto lindo se aproximando dela, com cabelos branquinhos como neve, olhos violetas como Glicinias na primavera, e em sua orelha um brinco de contas budistas.

— Amara, esse é o Wakasa Imaushi, meu amigo — Shinichiro sorriu.

Waksa olhou para a garota, e lentamente se aproximou passando o polegar sobre a bochecha dela, para tirar a pequena mancha de tinta azul em sua bochecha.

— parece uma bonequinha de porcelana — o Leopardo sussurrou.

A garota sentiu os primeiros sinais de estar apaixonada aos Dez anos de idade.

𝐿𝑒𝑜𝑝𝑎𝑟𝑑 𝑃𝑟𝑖𝑛𝑐𝑒𝑠𝑠 - 𝑊𝑎𝑘𝑎𝑠𝑎 𝐼𝑚𝑎𝑢𝑠𝒉𝑖Onde histórias criam vida. Descubra agora