❝Eles falam que o inferno
e embaixo de nois, mais a verdade
E que o inferno e aqui e nos somos
Os demônios❞
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Uma hora antes do baile.
Me olho novamente no espelho, ajusto a gravata, a apertando com firmeza. Estou pronto. Meus cabelos estão penteados para trás, cada fio no lugar, e a arma repousa em meu coldre, um lembrete constante do que eu carrego.
Olho para a batente da porta e vejo Ciella com um sorriso no rosto. A olho com repreensão, e logo ela abaixa a cabeça, caminhando em minha direção.
— Você está muito elegante, meu irmão.
— Obrigado — respondo, mantendo a seriedade.
— Seria uma boa hora para falar que você precisa de uma esposa?
A encaro, respiro fundo e me viro novamente para o espelho. E reflito, eu não preciso de uma mulher. Ter uma esposa agora seria inútil. Gosto da minha vida de solteiro e tenho outros planos antes de deixar essas ideias entrarem na minha mente.
— Demon?
— Eu não vou me casar, Ciella. Não adianta tentar nada.
— Você é muito chato, muito amargurado. Deveria tentar ser legal com as pessoas, assim como eu e Jlael.
— Eu não sou como vocês. E, aliás, para a sua pergunta, eu prefiro ir para um puteiro do que transar com a mesma pessoa sempre.
— Você não tem um pingo de amor. Não sei por que ainda tento falar com você — diz, se afastando.
— Mais um lembrete. Quando chegarmos lá, mantenha-se ao meu lado. Não quero que você desapareça.
— Aí, tá bom — Ciella dá de ombros, como se nada importasse.
— Olha como ele é todo protetor — Jlael comenta, sinto a ironia em sua voz.
— Vai se foder, Jlael — franzo o cenho, com a raiva fervendo em meu interior.
Saio de casa, caminhando em direção à garagem, pego meu Supra MK4, um dos meus carros preferidos da garagem.
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𝗠𝘆 𝗱𝗲𝗺𝗼𝗻𝗶𝗰 𝗺𝗼𝗯𝘀𝘁𝗲𝗿
De TodoDizem que uma história triste sempre começa com algo tenebroso, assustador e macabro. Foi o que aconteceu com ela. Após o suposto massacre da família Clement, nossa querida personagem se tornou uma pessoa fria, sem amor e sem sonhos. Seus sonhos fo...