Capítulo 13

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Priscila ficou por alguns instantes ainda refletindo, apesar de já ter tomado sua decisão. Teria de acatar aquela chantagem para não prejudicar sua bebê e sua mãe, que tanto já lhe ajudara e agora contava com ela.

— Eu te odeio por isso. ••• vociferou mais uma vez.

— Você me odiar ou não, não vai mudar nada. E então? ••• exigiu uma resposta.

— Você não presta. ••• disse e Carolyna arqueou a sobrancelha querendo uma resposta ••• — Eu não tenho alternativa...

— Ótimo. Então agora você é minha namorada. ••• disse se aproximando perigosamente.

Carolyna pegou Priscila pela cintura e a puxou para si. A latina destilava raiva pelos olhos e dava para perceber que estava se segurando para não agredir a morena, que estava achando aquilo extremamente excitante.

Ainda encarando aqueles olhos fumegantes direcionou os olhos para a boca carnuda a sua frente e começou a se aproximar lentamente.

Embora todo o seu corpo gritasse querendo aquele contato, Priscila ainda conseguiu se controlar, em termos, pois sem pensar duas vezes levantou a mão e desferiu um tapa no rosto de Carolyna, deixando a marca de seus dedos no rosto branco.

A fúria que reinava nos olhos negros era tanta, que a latina chegou a ter um vislumbre de medo, mas quando foi tentar se afastar para fugir de Carolyna, sentiu os braços em sua cintura a trazendo ainda mais para perto e lábios raivosos tomaram os seus.

Tentou se debater e se afastar, mas Carolyna havia lhe prendido de uma forma que mal conseguia se mover. Os lábios possessivos sobre os seus foram pouco a pouco a dominando e quando percebeu estava correspondendo ao beijo ardorosamente e tinha os braços em volta do pescoço da morena, a trazendo ainda mais para si.

O beijo foi brutal, mas nenhuma das duas conseguia se afastar. Quem tomou a iniciativa foi Carolyna, que interrompeu o contato e passou o polegar pelos lábios inchados da latina, que estava totalmente sem reação.

— Nunca mais levante a mão para mim. ••• disse calma ••• — Pois uma coisa que você nunca vai receber de mim é uma agressão física, então eu não admito que você sequer erga a mão em minha direção novamente.

Diante daquela postura repentinamente calma e carinhosa de Carolyna, Priscila se arrependeu do que havia feito. Concordava com a morena, agressão física era algo inaceitável em uma relação a dois e jamais toleraria que ela lhe levantasse a mão.

— Me desculpe. ••• pediu envergonhada ••• — Eu perdi a cabeça.

— Não foi nada. Mas espero que não se repita. ••• falou séria ••• — Me espere para jantar mais tarde, iremos anunciar nosso namoro a sua mãe. ••• selou os lábios da latina, saindo logo em seguida, deixando-a completamente atordoada e sem reação.

Carolyna só podia ser bipolar. Priscila não conseguia entender aquelas mudanças repentinas de humor que ela tinha. Numa hora estava esbravejando e sendo rude com ela, tendo atitudes desprezíveis; noutra era simplesmente calma e carinhosa.

Entretanto de uma coisa ela tinha certeza: se a morena decidira trata-la daquela forma, transformaria a vida dela num verdadeiro inferno. Ela aprenderia que ninguém mexia ou ameaçava Priscila Caliari.

...

Adri observava a filha desde que ela chegara em casa. Ela estava mais quieta do que de costume e só sorria verdadeiramente para Mai. Apesar de conversar com a mãe, esta sentia que estava sendo evitada e a filha sequer a olhava direto nos olhos. Conhecia Priscila muito bem e sabia que alguma coisa estava errada.

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