Meu lar - Capri

Capítulo 42

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— E você com medo que ela te rejeitasse. ••• disse Priscila suavemente, observando a filha que dormia entre as duas na cama do casal agarrada em Carolyna.

— Ah Cila, vai-se saber o que poderia passar na cabecinha dela na hora que contássemos. Tudo o que eu mais sonhei na vida era ter uma menininha como a Maitê para chamar de filha e quando vocês chegaram eu já a amei de imediato. Meu amor por vocês foi à primeira vista, nunca imaginei que isso pudesse acontecer de verdade.

— Eu também não acreditava em amor à primeira vista, mas quando te vi sentada atrás daquela mesa quando fui fazer a entrevista de emprego, meu coração palpitou de uma forma diferente, como nunca havia feito antes, e de alguma forma eu soube naquele momento que minha vida nunca mais seria a mesma.

— Você me completa, Cila. ••• disse de forma carinhosa, mirando apaixonadamente aqueles olhos esverdeados que tanto a fascinavam.

— Eu te amo com todas as minhas forças, Lili. ••• declarou e logo abriu um sorriso maroto ••• — E só não te provo de todas as formas possíveis porque a Vanessa proibiu.

— É pelo bem nosso bebê, amor.

— Sei disso, meu bem, e jamais faria algo que prejudicasse nosso filhotinho. Só quero que você saiba que te amo de todas as formas possíveis. ••• disse, selando os lábios com os de Carolyna, que não conseguia disfarçar toda a devoção que tinha pela esposa.

Ficaram mais um tempo com os olhos fixos uma na outra, enquanto Carolyna afagava languidamente o ventre de Priscila, que aos poucos foi deixando as pálpebras pesarem, até cair num sono tranquilo.

— Durmam bem, meus amores. ••• disse quase dormindo, admirando a latina e a criança que dormiam tranquilamente em seus braços ••• — Amo vocês três.

...

Os dias passaram e Priscila mal sentiu, mesmo estando com as restrições impostas por Vanessa durante o período de repouso. Mal podia acreditar que tinha conseguido aguentar duas semanas praticamente na cama e sendo carregada por Carolyna para todos os lados, já que a morena não deixava que ela desse um passo sozinha.

O campeonato que Trevor e Suny haviam sido inscritos já tinha chegado ao fim e tanto o cavalo de Lauren, quanto a égua de Priscila foram os grandes campeões de suas categorias, deixando suas donas ainda mais orgulhosas dos animais. Allan fora quem os acompanhou em todas as etapas, em função de Carolyna negar-se de sair do lado da esposa.

Com o fim das competições, os cavalos foram embarcados de volta ao Rancho Borges a cerca de cinco dias, sob a supervisão de Allan, que junto de José, ficou encarregado da direção do local até a volta de Carolyna e Priscila.

— Mama, quando vamos voltar para casa? ••• Maitê questionou com olhos tristes.

— Em breve, mi hijá. Não precisa fazer essa carinha triste.••• falou penalizada ••• — Você não gosta daqui? De estar com a Vovó Fernanda e o Vovô Mike?

— Sim, Mama, eu gosto. Mas eu sinto falta do Toby. ••• disse com os olhinhos cheios de lágrimas.

— Ô, meu bebê. Vem aqui com a Mama. ••• estendeu os braços para a criança que se aconchegou contra seu corpo ••• — Hoje a Mama tem consulta com a tia Nessa e se tudo der certo logo estaremos voltando para casa.

— Você promete, Mama? ••• questionou fungando.

— Sim, meu amor. Se a Nessa vir que está tudo bem com seu irmãozinho logo estaremos voando para o Rancho.