Capítulo 39

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Após se certificarem que Priscila estava realmente bem o resto da família se despediu e foi para casa, junto de May que havia ficado aos cuidados da governanta, já que estava dormindo quando a notícia chegou.

Carolyna não se afastou um minuto sequer do lado de Priscila, que exigiu a companhia da esposa na cama, para que pudesse descansar melhor aconchegada no peito desta. Uma das enfermeiras havia avisado mais cedo que o médico só falaria com elas na manhã seguinte, pois teve de atender uns pacientes que haviam se envolvido em um acidente de carro.

Priscila acabou pegando no sono com Carolyna afagando seus cabelos. A medicação também começou a fazer efeito, deixando-a extremamente sonolenta. A morena estava preocupada com o silêncio do médico e a exigência de falar com elas pessoalmente. Perdida em pensamentos lembrou-se de sua amiga Vanessa e no mesmo instante decidiu que assim que o dia amanhecesse ligaria para ela.

Com esses pensamentos e a confiança a qual tinha na amiga, que com certeza cuidaria de seus bens mais preciosos com extremo zelo, acabou conseguindo relaxar e acabou cochilando, aninhada a Priscila. Acordou um pouco antes das sete da manhã com Priscila se remexendo em seus braços.

— Nosso bebê, Lili, ••• murmurava ainda dormindo.

— Calma, Cila. Nosso bebê vai ficar bem. ••• sussurrava acariciando os cabelos negros e depositando leves beijos no local.

Com os carinhos recebidos, Priscila abriu os olhos vagarosamente, sem entender, momentaneamente, onde estava. Deparou-se com um par de olhos Negros tomados pela preocupação e recordações do dia anterior tomaram sua mente. Tomada pela preocupação tentou mover-se, mas sentiu o corpo dolorido e sentiu uma fisgada no pulso esquerdo.

— Uuuhhh. ••• gemeu de dor.

— Não se mexa, amor. Você deve estar com o corpo dolorido da queda. ••• tranquilizou-a Carolyna.

— Dói tudo, Lili. Meu pulso... ••• choramingou.

— Fica quietinha que eu vou chamar a enfermeira. ••• pediu já se levantando da cama.

Não demorou muito para que retornasse ao quarto acompanhada por uma senhora trajando o uniforme das enfermeiras.

— Como se sente? ••• questionou já a examinando.

— Dolorida. ••• falou sincera.

— Alguma dor mais forte?

— Só o pulso mesmo.

— Não está com dores no ventre?

— Não, só meus músculos doem. ••• falava enquanto a enfermeira terminava de examiná-la.

— Aparentemente está tudo bem. Vou pegar um analgésico que o médico deixou receitado.

— Quando ele virá falar conosco? ••• perguntou Carolyna, que tinha os dedos entrelaçados aos de Priscila.

— Vou avisá-lo que a Priscila já acordou e em breve ele virá. ••• disse, saindo para pegar o medicamento.

— Cila, vou ligar para uma amiga minha que tem uma clínica especializada em gravidez e fertilização para vir aqui ver você e nos dar uma posição confiável sobre nosso bebê. ••• falou calmamente para que sua esposa não se assustasse.

— Você acha que pode acontecer alguma coisa ao nosso bebê? ••• perguntou num sussurro, com os olhos cheios de lágrimas.

— Não, amor. Vai ficar tudo bem, mas quero a opinião de alguém de confiança. Esse médico nos deixou sem qualquer explicação desde ontem, apenas mandando recados pelas enfermeiras. Entendo que houve um acidente e pessoas precisaram ser atendidas, mas ao menos uma explicação deveríamos ter tido. ••• disse séria.

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