Capítulo 15 2/3

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— Cila, você está bem?

Já estava se acostumando com Carolyna a chamando por aquele apelido e demonstrando preocupação com ela. Aquilo era ruim para sua própria segurança emocional.

— Desculpe sair te arrastando assim, Carolyna. ••• disse ao parar ao lado da camionete ••• — Me senti sufocada lá dentro.

— Não precisa se desculpar. Entendo que deve estar sendo difícil ter que reviver tudo. ••• falou acariciando o rosto de Priscila, que não se esquivou.

— É que fico pensando que se alguma coisa tivesse acontecido comigo não sei o que seria da vida de minha filha e de minha mãe. ••• soluçou, sem conseguir conter as lágrimas que escorreram por seu rosto.

Vendo Priscila tão fragilizada Carolyna a colocou para dentro da camionete e sentou ao seu lado, puxando-a para um abraço protetor.

— Nada vai acontecer com elas e nem com você. Eu nunca vou deixar. ••• sussurrou a apertando forte contra o peito.

— Será que posso confiar mesmo nisso? ••• disse desolada.

Diante daquela indagação, Carolyna sentiu seu coração rachar ao meio, sabia que tinha merecido aquela insinuação vinda de Priscila, mas isso não fazia com que doesse menos. De alguma forma ou de outra teria de provar para sua latina que agio errado, porém não era assim.

— Eu vou te provar que sim.

Priscila não respondeu, apenas se deixou ficar ali quieta nos braços protetores de Carolyna. Secretamente esperava que a morena realmente provasse que todas as coisas que tinha feito até ali tinham sido um mal entendido e que havia agido impulsivamente. Sentia que ela não era assim.

— Podemos ir? Não vamos deixar a Mai e a minha sogrinha esperando por mais tempo. ••• falou com um sorriso brincalhão no rosto, o qual Priscila achou encantador.

Sem conseguir se conter, aproximou seu rosto do de Carolyna e lhe deu um selinho carinhoso. Sabia que não devia e que aquilo era totalmente errado, mas sentia que estava se apaixonando pela mulher a sua frente.

— Agora sim podemos ir. ••• concluiu fazendo um leve carinho no rosto alvo e em seguida ajeitando-se no banco.

Carolyna não conseguiu evitar a cara de espanto, diante daquela atitude de Priscila. Não que não tivesse gostado, na verdade ela adorara aquilo, mas com tudo que havia feito à latina não esperava aquele tratamento.

Com medo de que Priscila se arrependesse daquele ato, acabou por ficar em silêncio e não falar nada até que o carro estivesse novamente andando, sendo o silêncio quebrado alguns minutos depois pela própria latina que agia como se nada de mais houvesse ocorrido.

— Espero que minha mãe não tenha deixado Mai se entupir de doces antes do almoço.

— Aah, Cila, deixa ela, afinal não é sempre. ••• disse Priscila de forma condescendente.

— Sei que não é sempre, mas ela não pode ficar só com besteiras o dia inteiro. ••• falou em tom repreendedor. Não se davam conta, mas realmente pareciam um casal discutindo sobre a educação da filha.

— Agora nós fazemos ela comer algo saudável e à noite ela janta normalmente. ••• argumentou, fazendo a latina rir.

— Você fala isso porque ainda não viu a empolgação dela quando permito que coma bobagens, ela praticamente sai de controle, apesar de ser só um bebê. ••• riu.

Carolyna acompanhou a risada da outra, imaginando aquele pequeno ser fora de controle em razão de alguns doces. Não demorou muito para encontrarem Adriana no shopping, sentada em um banco lendo uma revista enquanto levantava os olhos de vez em quando para ver se estava tudo bem com Mai que brincava sob a supervisão das monitoras.

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