Capítulo 41 - Capítulo 41
Priscila só foi liberada da clínica no dia seguinte. Vanessa queria acompanhar de perto como seria as reações de seu corpo diante de todo o acontecido. Maitê havia falado com as mães por telefone, dizendo meio chorosa que estava com saudades e que as queria junto dela.
— Amorzinho da Mama, não chora. ••• Priscila dizia compadecida para a filha ao telefone ••• — Amanhã a Mama e a Mamãe Lili estarão aí contigo, te enchendo de beijos e carinho. Vamos ficar vários dias abraçadinhas vendo desenhos, filmes e brincando.
— Você promete, Mama? ••• perguntou fungando.
— Sí, mi angel, yo te prometo.
— No te olvídes que me ha prometido. Able para Mama Quinie que la quiero mucho.
— Yo y tu madre también te quieremos mucho, pación. ••• Priscila falava sob o olhar atento de Carolyna ••• — Agora você vai escovar seus dentinhos e vai dormir, ok? Dê um beijo na abuela por nós.
— Boa noite, Mama.
— Boa noite, meu amor. ••• disse encerrando a ligação.
— Como será que ela vai reagir quando souber a verdade? ••• uma Carolyna totalmente insegura perguntou.
— Vem cá, amor. Deita aqui do meu lado. ••• disse estendendo os braços e fazendo a morena se aconchegar contra seu corpo, passando logo a acariciar os finos fios escuros ••• — Você acha que a Mai vai deixar de te amar ao saber que tem seu sangue? Acha que isso vai diminuir ao menos um pouquinho o amor que nossa pequena sente por você? Ela te ama, Lili. Não sei como, mas ela sempre soube... E mesmo se não soubesse ela ia te amar igual, porque vocês nasceram para ser mãe e filha. ••• falava de forma carinhosa e a outra ouvia atentamente.
— Eu sempre soube... Meu coração sempre me dizia que ela também era minha. ••• falou agora sorrindo ••• — Amei aquela pequena no momento em que você falou que tinha uma filha. Senti um calor em meu peito que só aumenta cada vez mais.
— Sabe o que ela me disse quando eu fui para Montana atrás de um emprego e ela ficou com minha mãe? ••• perguntou e Carolyna negou com a cabeça contra seu peito ••• — Que eu não demorasse a voltar para busca-la para sua casa nova, onde ela e o Tobby iriam brincar e correr muito na grama, junto com sua mamãe. Até achei que a mamãe era eu, mas agora eu vejo que ela sabia que eu estava indo te encontrar.
Carolyna sorria contra o pescoço de Priscila, que beijava levemente os cabelos escuros e sedosos que amava acarinhar.
— No que você está pensando? ••• perguntou curiosa, ao ver Carolyna tão quieta.
— Lembrando do dia que a Vanessa me procurou pedindo para eu ser a doadora para um casal que queria muito engravidar, mas que queriam que a pessoa que fornecesse o sêmen fosse especial, assim como queriam que o bebê fosse. Lembro que falei para Vanessa que aquela ideia dela era insana, que eu não era especial, mas sim um erro da natureza. ••• confidenciou e Priscila a apertou ainda mais contra si ••• — Ela usou tantos argumentos que acho que fiquei tonta e acabei concordando. Mas o que realmente me convenceu foi quando ela disse que vocês seriam as mães mais dedicadas e amorosas que um bebê poderia ter, e isso era exatamente o que sempre quis para um filho meu.
— Oh, Lili. ••• algumas lágrimas escorreram pelo rosto da latina ••• — Obrigada por ter confiado em mim e na Elana.
— Tenho certeza que se a Elana não tivesse partido, ela seria uma mãe maravilhosa para nossa filha, assim como você é. ••• falou acariciando o rosto de Priscila.
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Meu lar - Capri
RomancePriscila Caliari é uma médica veterinária que busca desesperadamente um emprego a fim de poder sustentar sua filha de dois anos e meio. Carolyna Borges é uma grande empresária dona de um rancho onde se dedica a criar cavalos de raça e um grande reb...