Capítulo 14 1/3

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O resto da noite seguiu agradável. Adriana e Maitê não conseguiam conter a felicidade com a notícia do namoro. A criança foi para o colo de Carolyna e nem com Priscila quis mais ir, causando ciúmes na mãe.

— Agora é assim? Não quer mais saber de sua mãe? ••• perguntou a Maitê, fingindo indignação, na verdade estava adorando todo aquele carinho que Carolyna tinha por sua filha.

— Mas Mama, ela também é minha mãe. É a Mamãe Lili. ••• respondeu inocente, arrancando um sorriso feliz de Carolyna.

— Isso mesmo. ••• Carolyna fez questão de incentivar.

— Não a incentive, Carolyna. ••• ralhou. Não queria a filha decepcionada quando Carolyna cansasse daquela brincadeira.

Carolyna estendeu a mão e envolveu o braço em Camila, puxando-a para sentar em seu colo junto de Mai, na perna desocupada. Pega desprevenida a latina se desequilibrou e acabou caindo ali, sendo logo envolvida pela cintura.

— Por que não? Afinal de contas você é minha namorada. ••• brincou fazendo a outra trincar os dentes.

— Não por muito tempo. ••• sussurrou no ouvido da outra, sendo tomada subitamente por uma onda de raiva.

— Enquanto eu quiser. ••• respondeu também num sussurro, enquanto passava o nariz no pescoço de Priscila, que novamente se arrepiou. Olhou mais uma vez para Carolyna com raiva e recebeu um sorriso vitorioso de volta.

— Isso não vai ficar assim. ••• ameaçou fingindo sorrir.

— Não vai mesmo. ••• completou Carolyna tomando os lábios da latina com paixão, sem que essa esperasse por tal atitude. Correspondeu o beijo com a mesma intensidade que o recebia. Não conseguia pensar em nada, só sentir.

Maitê observou momentaneamente as duas se beijando, mas logo se distraiu com a boneca que tinha em mãos, encostada, meio sonolenta, contra Carolyna. Adri entrou na sala e viu aquela cena, não conseguindo deixar de ficar feliz pela filha. Pressentia que aquelas duas estavam destinadas uma para a outra, mesmo que percebesse uma certa relutância por parte da teimosa Priscila.

— Vem, Mai. A abuela vai te colocar para dormir. ••• falou, fazendo com que as duas interrompessem o contato.

Priscila ficou momentaneamente atordoada, não conseguindo perceber o que acontecia, até que uma lucidez voltou a tomar conta de sua mente e se arrependeu fervorosamente de ter correspondido ao beijo com tanta intensidade.

— Não, madre. Deixa que eu a coloco para dormir, como todas as noites. ••• disse já se levantando do colo de Carolyna e pegando Maitê.

Seguiu com a filha nos braços até o quarto da pequena, sem perceber que Carolyna a seguia de perto, surpreendendo-se ao se deparar com ela a suas costas. Largou a filha já sonolenta delicadamente sobre a cama e foi pegar seu pijama.

— Mamãe Lili, senta aqui do meu ladinho enquanto a Mama vê meu pijaminha. ••• disse batendo com a mãozinha do seu lado.

— Claro, pequena. ••• respondeu sem conseguir disfarçar a feição de carinho em direção à criança, sentando onde era indicado e logo tendo o pequeno corpo contra si.

— Vem, angelita. ••• falou colocando-a em pé e tirando a roupinha, sob o atento olhar de Carolyna.

Rapidamente Priscila terminou de trocar a roupa que Mai vestia pelo pijama e acomodou-a sob as cobertas.

— Boa noite, mi hijá. ••• disse acariciando os cabelos da filha e beijando sua testa.

— Boa noite, Mama. Boa noite, Mamãe. ••• disse com os olhinhos já se fechando.

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