Capítulo 30 3/3

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— Ó meu Deus, Lili. Se você e Priscila tivessem se conhecido antes eu diria que a Maitê é filha de vocês duas, porque, sinceramente, ela tem muitos traços de Carolyna quando era pequena. ••• disse espantada •••— Olá, minha lindinha. Eu sou a vovó Fernanda e esse aqui é o vovô Mike, e nós estamos muito felizes de finalmente conhecer você pessoalmente.

Fernanda tinha um sorriso carinhoso para a menina que a encarava com olhos brilhantes. Os adultos estavam em expectativa a fim de ver a reação da criança diante das apresentações e todos, com exceção de Mariana e Adriana, espantaram-se quando Maitê estendeu os braços para sua mais nova avó pedindo colo.

— Olá, vovó Fernanda. ••• falou com um sorriso no rosto enquanto abraçava a morena mais velha.

— Priscila, sua filha é realmente um doce de criança. Ela é mesmo irresistível, agora entendo o encanto que ela exerce sobre Carolyna. ••• Camila disse espantada, recém saindo do transe que a havia prendido nos olhos de Rebeca, que ainda a olhava com um sorriso de lado.

— Esse é o charme das Caliari que nunca falha. ••• brincou Rebeca, ainda encarando Camila, que apenas revirou os olhos.

Priscila e Carolyna, que já haviam percebido aquela estranha reação das irmãs, apenas se olharam e sorriram de forma cumplice uma para a outra.

— A mim, com certeza, esse charme pegou de jeito. ••• Carolyna brincou para descontrair, aproximando-se de Priscila e envolvendo carinhosamente sua cintura, selando os lábios da amada.

— Mas o charme das Borges pelo jeito não fica muito distante. ••• Priscila provocou e viu um leve rubor tomar conta das faces de Camila e Rebeca.

A família sentou-se toda na sala aproveitando o momento para conhecerem-se melhor. Mai tomou conta da situação e em pouco tempo os três Borges recém chegados já estavam encantados com o jeito meigo e a esperteza de pequena que se mostrava extremamente receptiva.

Rebeca sentou-se ao lado de Adriana, no outro extremo de onde Camila havia se acomodado. Seguidamente lançavam olhares furtivos uma a outra, por vezes seguidos de sorrisos tímidos. Priscila e Carolyna já haviam percebido aquela súbita timidez que se abatera sobre as respectivas irmãs, que normalmente eram extremamente comunicativas e flertavam abertamente com quem fosse de seu interesse. Eram as legítimas ‘pegadoras’.

A conversa correu de forma leve e divertida. O pai de Carolyna mostrou-se um homem carinhoso e protetor com as filhas, além de ser extremamente simpático. Fernanda e Adriana descobriram uma imensa afinidade, entabulando uma conversa que parecia não ter fim. Priscila e Camila buscavam se conhecer mais, e assim como as duas mais velhas, também descobriram vários pontos em comum. Carolyna sorria para as duas e Rebeca brincava com Maitê, mas observando todos a sua volta e prestando bastante atenção na conversa da irmã com a cunhada.

— Mesmo? Eu também adoro frutos do mar. Vamos ter que combinar de ir a um restaurante que tem na cidade que é divino, muito melhor do que muitos de renome em NY. ••• dizia Camila entusiasmada.

— Que ótimo, temos que combinar. Minha irmã e eu somos apaixonadas, mas a Carolyna não me acompanha muito. ••• fez questão de incluir Rebeca na conversa.

— Amor, você sabe que eu prefiro uma boa churrascaria. ••• disse Carolyna divertida diante da tentativa de Priscila.

— E quem não gosta de uma churrascaria? ••• brincou Rebeca.

— A megera não gostava... ••• Camila falou e no mesmo instante se arrependeu, diante da cara de repulsa feita por Priscila, mas se espantou por Carolyna não ter manifestado qualquer reação de sofrimento, como acontecia até o último encontro com a irmã.

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