Capítulo 31

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Priscila entrou no banheiro e, perdida em pensamentos, preparou a banheira com os sais que sabia agradarem Carolyna. Aquele era o dia delas e queria mimar a futura esposa em todos os sentidos.

Com um sorriso iluminando seu rosto chegava mais uma vez à conclusão que amava aquela mulher com todas as forças de seu ser e que ter ido procurar emprego naquele Rancho tinha sido a melhor decisão de sua vida.

Mergulhou na água morna e deixou a sensação de relaxamento tomar conta de seu corpo. Sentiu seus músculos aliviarem. Foi tomada pelo ambiente. O perfume que saía da água, o calor que envolvia seu corpo e a música que preenchia o ambiente complementaram o momento e acabou cochilando com a cabeça apoiada na borda da banheira.

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- Mama. ••• ouviu uma voz infantil, que não era a de Maitê, a chamando e abriu os olhos, deparando-se com um par de olhos negros a encarando.

- Oi? ••• foi só o que conseguiu dizer diante a imagem do menino a sua frente, ele devia ser um pouco mais velho que Mai.

- A Mamãe vai demorar a chegar? ••• perguntou curioso, com os olhos cravados em Priscila, que continuava estática. Sem obter qualquer resposta prosseguiu: ••• - Ela disse que traria um presente para mim.

- Bem? - ouviu uma voz de menina chamando e logo uma menina de cabelos negros e olhos azuis, aparentando ter uns seis ou sete anos entrou no banheiro ••• - Ursinho? Eu disse para você deixar a Mama tomar o banho dela tranquila.

- Eu sei, Mai, mas eu queria saber que hora a Mamãe vai chegar com meu presente. ••• falou com um biquinho lindo, igual ao de Carolyna.

Priscila olhava encantada para as duas crianças. Só podia estar sonhando, mas aquilo parecia extremamente real para ser apenas um sonho.

- Não precisa ficar assim, Ursinho. A Mamãe Lili não demora chegar, não é mesmo Mama? ••• a pequena falou olhando diretamente para Priscila, que os olhava encantada. O menino era a cópia de Carolyna, enquanto Mai ainda tinha a carinha de anjo, só um pouco mais crescida.

- Não vai demorar não, filhotes. ••• foi o que conseguiu dizer, mesmo sem saber ao menos onde Carolyna havia ido.

- Viu só? A Mamãe não vai demorar com nossos presentes...

A menina ia seguir falando algo, mas a imagem foi ficando nublada até que sentiu alguém a sacudindo pelo ombro.

- Acorda, Cila. ••• chamava Rebeca.

- Beca? ••• disse sonolenta ••• - Cadê as crianças? ••• perguntou confusa.

- Que crianças?

- Meus filhos?

- Que eu saiba você, por enquanto, só tem a Mai e o bebê a caminho. ••• explicou ••• - Do que você está falando?

- Acho que tive um sono... ••• disse confusa ••• - Mas pareceu tão real...

- O que você sonhou? ••• perguntou curiosa.

Priscila sacudiu a cabeça para afastar a nuvem de sono que ainda a envolvia. Por mais que Rebeca fosse sua irmã que amava de todo o coração, não queria compartilhar aquelas lembranças com ela antes de contar para Carolyna.

- Nada não... ••• deixou no ar.

- Então apressa aí senão você vai deixar sua noiva que já está surtada ainda mais nervosa. ••• riu.

- Você viu a Lili?

- Sim, fui até a casa de vocês buscar a Mai para se arrumar e a Camila mal consegue acalmá-la. ••• riu mais ainda ••• - Queria a todo custo vir aqui te ver e a Fernanda e o Mike não deixaram.

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