35. Sob a chuva.

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Rebecca não se sentia mais tão bem como nos outros dias. Almejou tanto para que tudo desse certo e no fim tudo deu errado. Bom, nem tudo. Sua aproximação com Freen facilitou um pouco todo aquele processo. Mas ainda assim não estava sendo fácil, levando em consideração de que sua própria mãe não a reconheceu. Poderia ela ter esperado o contrário? Afinal, ela a abandonou.

Assim que Aon ouviu através das lágrimas de sua filha, bem como pelas declarações de Irin, seu coração se encheu de raiva e amargura. Ele nunca sequer cogitou na possibilidade de que Jihyun Patrícia poderia voltar algum dia. No entanto, ela voltou, causando um grande estrago no emocional da jovem Armstrong.

Aon se encontrava mais do que furioso. Queria quebrar todos os pertences de seu escritório só de imaginar a imagem fria de sua ex mulher desprezando a própria filha. Vendo Rebecca chorar feito uma criança perdida em seu quarto, trancafiada, era de cortar o peito. O homem queria tanto cometer uma loucura, todavia, Yoona esteve lá para ser o seu equilíbrio e, depois de muita conversa, conseguiu alcançar a plena sanidade de seu companheiro.

Rebecca, por sua vez, passou o resto da noite chorando ainda mais. Nem mesmo com a conversa de seu pai e sua madastra ela conseguiu sorrir novamente. foi de mal à pior e, daquela vez, não iria esperar mais nada do outro dia.

Quando Jihyun os deixou, Aon mal teve a coragem de interrogá-la. Se julgou covarde por muito tempo. A verdade é que ele unicamente se lembra da cena em que chegava de seu trabalho, encontrando a pequena Armstrong dormindo num sono profundo em seu quarto. A babá já havia indo embora. Eram quase seis horas da tarde e ele estava louco para passar o tempo necessário com sua família.

Todavia, o que ele encontrou foi somente uma parte de seu closet vazia. O roupa de cama estava toda bagunçada e em meios as prateleiras brancas do guarda-roupa havia um pedaço de papel amassado com algo escrito.

Ele leu e ao mesmo tempo chorou feito uma criança.

"Meu querido Aon,

Pouco sei se tenho o direito de te chamar desta forma, mas gosto de utilizar este vocativo justamente por você sempre ter sido uma pessoa maravilhosa para mim e para nossa pequena Becbec.

Sinto muito, eu sou uma covarde e não consegui me adaptar a esta nova vida. Sei que você nunca me perdoará e também não peço para que faça tal coisa, apenas cuide de Rebecca por mim.

Eu nunca poderia ser uma boa mãe. Você sabe: nunca tive vocação para isto, ainda mais se tratando de algo que não estava planejando para acontecer.

E antes que você se pergunte, sim, suas suspeitas são reais: eu e Sungmin estávamos tendo um caso. Nada do que eu disser irá justificar meu erro, então apenas estou lhe dizendo a verdade.

Eu realmente desejo toda a felicidade do mundo para vocês, especialmente para a bebê. Ela é linda e tem muito o que conquistar. Penso que seu nome se assemelha muito com Becky, aquela linda modelo.

Foi apenas um pensamento, pois em minha concepção, Rebecca ainda se tornará uma grande modelo. Talvez, certo?

Eu sinto muito por isso, Aon. Você merece alguém melhor do que eu e tenho certeza de que encontrá. Por isso, viva a sua vida e carregue o pensamento de que eu nunca poderia fazer algo melhor do que você fará por ela.

Mesmo que não acredite, eu te amei muito e também amo Rebecca. Adeus!

-JHP."

Para Aon, foi uma ousadia tão grande ela dizer que os amava. Era óbvio que aquela era só uma forma culta de terminar uma carta. Seus sentimentos não eram reais. E a bela noite de núpcías, como se estivessem casados de fato. E foi bem nesta noite que o deslize aconteceu.

That tomboy - Freenbecky Onde histórias criam vida. Descubra agora