Efeitos do selo - Proximidade e ciúmes

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  Sakura termina de arrumar a roupa e cabelos, controlando a respiração e esperando que não estivesse corada e com cara de quem estava aos amassos dentro da barraca. Ela vê a família terminando de guardar os pertences, e o homem ajeitando algumas ferramentas, que provavelmente usaria para tentar limpar a estrada. Ela se aproxima do casal e sorri.

  — Naoki San, Mio San… o casal sorriu e se curvou brevemente.

  

  — Sakura Sama. Queríamos nos despedir, mas não queríamos incomodá-los. Sakura corou rapidamente, e balançou a cabeça, afastando as lembranças de minutos atrás.

  — Não se preocupem. Não iriam incomodar. Mas não precisam se despedir. Quero dizer… Madara conhece um caminho que pode contornar o desabamento, e leva a uma estrada secundária. Vai levar alguns dias. Mas não vai nos atrapalhar no caminho, e podemos levá-los até lá. Se vocês não se importarem, é claro. O casal se olhou surpreso e sorriu um para o outro. Depois se curvaram ainda mais, para desconforto de Sakura.

  — Arigato Sakura Sama. Vocês foram enviados por Kami, para nos ajudar. Sakura sorriu sem graça e olhou para a entrada da barraca, Madara a olhava de forma séria, ele parecia irritado, mas ao mesmo tempo havia algo desafiador no olhar dele. Natsumi se aproxima do pai e puxa sua roupa.

  — Otōsan… estou com fome e minha barriga dói. O interior de Sakura se remexeu desconfortavelmente. 

  — A quanto tempo vocês não comem? Ela perguntou sem se importar se aquilo deixaria os pais desconfortáveis, ela estava preocupada com as crianças. 

  — Comemos os últimos biscoitos ontem de manhã. Kai respondeu, olhando para o chão, enquanto esfregava o pé.

  — Kai, Natsumi! Ralhou Naoki. — Já disse para não importunar Sakura Sama. Se tivermos sorte, conseguiremos encontrar algo pelo caminho. Agora vamos nos apressar. Sakura franziu o cenho, ao observar que a menina assentiu, enquanto limpava uma lágrima, e o garoto mordeu os lábios com força assentindo também. Ela não disse nada, apenas voltou para a barraca, procurando algo na mochila. 

  Ao encontrar um pacote com salgadinhos e um pacote com biscoitos, ela sorriu minimamente, voltando para o exterior. Mas Madara que estava parado na entrada segura seu pulso, a olhando de forma séria, mas sem parecer irritado. 

  — Sakura, não se apegue a eles. Em algum momento eles terão que partir. Sakura não disse nada, apenas assentiu. Aquilo era algo que Tsunade sempre a lembrava durante seu treinamento médico, Kakashi também já havia lhe dito algo semelhante. Era fácil para ela se apegar aos pacientes. Principalmente quando eram crianças. De cabeça baixa ela saiu da barraca. Madara apenas observou, ele sabia que ela era jovem ainda, e essa compaixão toda, certamente lhe traria problemas.

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  A caminhada por dentro da floresta, realmente foi mais lenta, eles tinham que levar a carroça com o cavalo, mais as crianças, que cansam depressa e eram colocadas dentro da carroça para que não precisassem parar. Sakura aproveitou para curar um pouco mais Mio, antes de saírem do acampamento. O que aliviou as dores, e manteve a infecção sob controle durante o dia. Sakura também encontrou pelo caminho, ervas que ajudam a aliviar dores e inflamações, e lhe entregou, dizendo para ela que tomasse a infusão, quando assentassem o acampamento novamente.

  Chegando no final da tarde, não poderiam continuar todos pelo meio da floresta no escuro. Seria cansativo e improdutivo. Então Madara colocou selos num raio de 1 km para que eles pudessem descansar e acampar por ali mesmo. Havia um rio raso, que passava por perto, e uma boa clareira.

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