Senhora Uchiha?!

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— Certo, Uchiha Sama. Caso o senhor não se lembre, sou Sakura Haruno. Sou médica nin, e discípula da godaime, Tsunade Senju. Madara arqueou uma sobrancelha pela atitude corajosa da mulher o enfrentando. Em outra época, ela não abriria a boca uma segunda vez. Mas ele já não tinha vontade de mais nada, e perder tempo matando ela, também não serviria para nada. E ele sabia que não conseguiria fazer isso por conta do selo também. Seus olhos baixaram brevemente por sua silhueta e retornaram ao rosto dela. — Onde eu posso ficar? Ou prefere que eu consiga outra casa por aqui? “Garota petulante!” Ele a analisou novamente.

  — Escute garota, eu não quero estar nisso, tanto quanto você. Posso ter feito muitas coisas, mas abusar de mulheres não foi uma delas. Eu não pretendo tocar em você. Você pode escolher qualquer um dos quartos que estão sobrando. E quanto ao seu nome… ele disse se aproximando dela dois passos, Sakura sentiu a respiração acelerar junto com seu pulso, e ficou imóvel. O Uchiha parou diante dela, a analisando detalhadamente em silêncio e de forma séria. Ele não sabia porque se aproximou. Mas agora podia sentir o suave perfume de cerejeira que ela possuía. O próprio pulso dele quis acelerar naquele instante, e ele apertou as unhas nas palmas das mãos, para manter a mente sob controle. — Já que aparentemente agora você é minha esposa… a voz grave e baixa dele, causou um leve estremecimento interno nela. — Seu nome agora é Uchiha! Sakura ficou em silêncio, mas sua mente parecia um trem descarrilhado, ela sempre imaginou que se algum dia se tornasse a senhora Uchiha, seria através de Sasuke e de mais ninguém. Agora ela aparentemente havia se tornado a senhora Uchiha, mas através de um inimigo. Madara parece ter conseguido ler as dúvidas e conflitos da garota em sua expressão, pois desviou o olhar alguns segundos depois. Sakura olhou para o lado e puxou o ar com força, mandando embora as lágrimas que ameaçavam se acumular em seus olhos. Quando ela pensou em dizer algo, Madara lhe deu as costas, saindo da varanda para algum lugar. E finalmente a rosada conseguiu olhar em volta, sem ficar com medo. 

  Ela analisou a casa, passando pela sala e cozinha, ambas bem amplas, depois foi para o corredor que dava para os quartos. Ao que parecia, havia uns quatro quartos no total, mais um banheiro, uma das portas continha um selo, e ela supôs que fosse o quarto que ele escolheu para si. Então ela caminhou e abrindo porta por porta, analisou os cômodos. Escolhendo o maior deles para si própria. Havia uma cama, um armário, uma cômoda, e uma janela grande que dava para uma varanda pequena. Ela tinha que admitir, a casa era tradicional, mas muito confortável e ampla. 

  Se ocupou em arrumar suas coisas e tentar distrair a mente, ela ouviu os passos leves de Madara pela sala, não que ele fosse barulhento, muito pelo contrário, ele era um sensor, sabia se mover de forma silenciosa, mas ela conseguiu sentir o chakra dele. Afinal ele não fez questão de esconder. 

  Ela não saiu do quarto o resto da noite, e se esforçou para dormir, queria que as horas passassem rapidamente e ela pudesse ir para o hospital ou para a clínica, sair daquele do distrito Uchiha pelo máximo de tempo possível, e sair de perto dele e dessa sensação de sufocamento e ansiedade que tomavam conta dela.

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   Ele realmente sempre detestou a parte burocrática da liderança do clã, mesmo tendo sido líder em época de guerra, nos tempos em que teve descanso de lutas, surgiram coisas que ele não estava acostumado a lidar. Seu pai o ensinou, obviamente, mas ainda sim, ele odiava essa parte. E descobriu que continuava odiando. Enquanto estava no distrito Uchiha por horas sozinho no dia anterior, ele localizou um porão conectado por túneis sob as casas, que levavam a um esconderijo subterrâneo. Onde parte da fortuna do clã ficava. Obviamente apenas usuários do Sharingan tinham acesso. Mas ali havia dúzias de documentos sobre as finanças do clã, escrituras de terrenos e imóveis. Então selou todos os documentos em um pergaminho, para que pudesse examinar com calma no dia seguinte. 

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