Mágoa e decepção

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  Quando ele abriu os olhos, ainda estava escuro, o lampião estava quase apagado, a imagem dentro da barraca parecia um tanto bagunçada, algumas roupas espalhadas. Se havia algo que ele, e graças a Kami, Sakura não eram, era bagunceiros. Eles compartilhavam uma certa neurose de organização. Algo que ele percebeu desde a primeira noite dela no distrito. O que evitou que eles precisassem lidar com coisas desse tipo. Mas ele não estava dando a mínima para a pequena bagunça que eles fizeram na noite passada. Muito pelo contrário, o motivo para isso o deixava mais do que satisfeito. As lembranças da noite, ainda perduram em sua mente, de forma latente. O corpo quente, pequeno e nú, enroscado no dele, diretamente contra sua pele, lhe deixava inebriado com a sensação. O cheiro doce e suave dela, misturado ao dele o enchia com um certo orgulho. 

  Ela parecia calma em seu sono, e pela primeira vez em muito tempo, senão na sua vida, ele se sentia leve, descansado, sua mente estava serena. Apesar do aviso de Hashirama e da clara ameaça que ele sabia que ainda estava velada. Ele sentia equilíbrio naquele momento. Ela era dele, e isso o fazia sentir-se vivo como nunca. Pela primeira vez desde que saiu da prisão de chakra, ele desejou viver como nunca antes.

  Inclinou levemente o corpo, para alcançar seu pescoço. Aspirando o cheiro suave de cerejeira misturado ao seu cheiro de forma tão perfeita. Depositou selares delicados ao longo de seu pescoço e mandíbula. Ouvindo Sakura começar a resmungar baixinho e se mexer. Abrindo os olhos lentamente, cobrindo o rosto com uma das mãos.

  Sakura estava em um sonho agradável e feliz, descansando em um banco no meio de um jardim de cerejeiras. A sensação de paz e plenitude invadiam seu ser. Mas então ela começou a sentir leves formigamentos em seu pescoço, uma sensação de calor cobrir a região, então sua consciência se despertou, e ela percebeu que estava emaranhada em um corpo quente maior que o dela. O cheiro amadeirado e levemente com toque de fumaça tão perto de sua narinas, uma mão calejada, grande e quente passeando por sua cintura e por suas costas. A inclinação sobre ela, a permitia sentir o seu peso e volume de massa corporal. Cada músculo que estava em contato com sua pele. Então ela percebeu que eles estavam nus, algo que ela só teve certeza ao sentir algo semi ereto lhe tocando o abdômen. Quando abriu os olhos, se espreguiçando devagar, permitiu que as memórias da noite retornassem a ela. E quando seus olhos encontraram aquelas duas pedras Onix a encarando de volta, de forma tão intensa, ela sorriu. 

  — Precisamos ir. Ele disse se abaixando e dando um beijo molhado em seu pescoço, por cima do pulso. Um suspiro falho escapou de sua boca. Ela não queria ser tão sensível assim. Mas entre suas pernas, já se podia sentir a umidade. Ela não conseguia se livrar da sensação das mãos e boca dele contra sua pele. Ele parecia ter percebido isso em seu olhar, pois com um sorriso maroto, se posicionou acima dela e beijou seu colo, descendo beijos simples e rápidos por ali.

  — O sol ainda não nasceu. Ela disse manhosa. Ela estava acostumada a sair de madrugada, mas estava tão quente e aconchegante ficar aninhada com ele. Outro beijo de boca molhada em seu pescoço. 

  — Já passamos da metade do caminho. Não quero demorar mais para chegar. Outro beijo, abaixo de seu colo, sobre o seio direito. 

  — Eu preciso de um banho primeiro, e depois comer alguma coisa. Não jantamos ontem. Ela disse, ouvindo uma leve risada vinda dele. Mais um beijo de boca aberta sobre o mamilo, e Sakura gemeu alto, revirando os olhos, quando a língua dele passou firme por ali. 

  — Tudo bem. Mas não podemos demorar muito. A língua voltou a brincar com o mamilo, enquanto ela mordeu os lábios.

  — Se está com pressa, porque está fazendo isso? Aaahhh… um gemido mais manhoso saiu dela, quando um dedo dele a penetrou lentamente. 

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