Confrontada com o dilema entre a redenção e a perdição, Claire mergulha em um mundo de luxúria, paixão e segredos sombrios, onde cada escolha pode selar seu destino para sempre...
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O ar carregado de fumaça de cigarro pairava sobre nós enquanto Christian e eu estávamos sentados na escuridão da sala de estar decadente. Ele me olhava com uma mistura de curiosidade e preocupação, seus olhos azuis brilhando fracamente na penumbra.
— Então, você está realmente disposto a ir tão longe? - perguntou Christian, sua voz rouca carregada de ceticismo.
Assenti, a determinação ardendo em mim.
— Eu faria qualquer coisa por ela, Christian. Claire é minha obsessão, minha maldição. Eu não posso continuar vivendo nessa agonia.
Ele suspirou, passando a mão pelo cabelo loiro desalinhado.
— Mas sujar a alma dela? Isso é extremo, até mesmo para você, Ethan. Você sabe as consequências disso.
— Eu sei, Christian. Mas você não entende. Ela é minha única salvação, mesmo que isso signifique arrastá-la para as trevas comigo. Eu não posso continuar assistindo de longe enquanto ela está passando por tudo isso.
Christian me estudou por um momento antes de finalmente ceder.
— Tudo bem, eu te ajudo. Mas eu não posso garantir que isso vai terminar bem para nenhum de nós.
Um sorriso sinistro se espalhou pelo meu rosto.
— Não se preocupe, Christian. Nós não buscamos um final feliz. Nós buscamos a eternidade juntos, como dois demônios condenados.
À medida que traçávamos nossos planos sombrios, o sentimento de antecipação misturado com um medo palpável permeava o ar ao nosso redor. Christian e eu sabíamos que estávamos brincando com fogo, mas a atração magnética que eu sentia por Claire era mais forte do que qualquer raciocínio lógico.
— Como você pretende sujar a alma dela? - perguntou Christian, sua voz carregada de preocupação genuína.
Um sorriso astuto se curvou em meus lábios enquanto eu desdobrava meticulosamente o plano que havia concebido.
— Vamos começar com pequenos atos de corrupção, semeando dúvidas e medos em sua mente. Vou me infiltrar em seus sonhos, alimentando seus desejos mais obscuros e despertando seus impulsos mais sombrios.
Christian assentiu, compreendendo a profundidade de nossa conspiração.
— E então, quando ela estiver completamente envolvida em sua teia de manipulação?
— Então, nós a levaremos ao limite, empurrando-a para além de suas fronteiras morais. Faremos com que ela cometa atos que a corroam por dentro, até que sua alma esteja manchada e irremediavelmente nossa.
O brilho sinistro nos olhos de Christian refletia o meu próprio desejo obsessivo.
— E então, seremos finalmente livres para reinar juntos nas sombras, como os demônios que somos destinados a ser.
Assentimos um para o outro em silêncio, compartilhando um entendimento sombrio que transcendia as palavras.
[...]
— Vocês não podem simplesmente não me deixar sair daqui!! - diz Claire indo para cima de Christian, que agora, estava na frente da porta da frente impedindo a passagem.
— Sim, nós podemos - falo enquanto mantenho os olhos em meu livro, sinto Claire me encarar e vir em minha direção.
A mesma bate no livro fazendo o mesmo ir para o chão amassando alguma das folhas.
— Olha aqui seus filhos da puta, vocês pagaram para trepar comigo, certo?! - ela diz apontando para nós — Só para isso! Vocês não tem direito algum de me proibirem de sair daqui.
Olho para Christian e o mesmo balança a cabeça negativamente, pego meu livro do chão e olho para Claire novamente.
— Ela quer sair, Christian. Deixe-a passar.
— Isso mesmo garotão - fala Claire indo em direção a porta que não estava mais sendo barrada por Chris.
Volto ao meu livro logo escutando o rangido da porta abrindo e rapidamente sendo fechada .
— QUE PORRA É AQUELA? - a morena esguela.
Claire corria de volta para dentro de casa, tremendo de medo e pânico. Ao ver aquela cena caio na risada acompanhado de Christian que agora estava no chão rindo com a mão na barriga.
— O que aconteceu, amor? - perguntou Chris controlando um pouco da risada.
— Do que vocês estão rindo idiotas, têm a porra de uma pantera lá fora! - Claire gritou, fazendo-me rir mais ainda.
— Ah, então você conheceu Shadow - disse um Christian, sua voz tingida de diversão. — Ele é o animal de estimação de Ethan.
A morena que estava com a mão no peito, provavelmente tentando conter sua respiração descontrolada pelo susto que tomou, me olha incrédula.
— Você tem merda na cabeça? Como você podem manter uma coisa dessas como animal de estimação?
— Ei, não fale assim de Shadow - paro de rir no mesmo instante.
Levanto-me do sofá e ando em direção a porta, levo minha mão até a maçaneta enquanto escuto Claire me mandar parar e Christian rir extremamente alto.
Quando finalmente abro a porta Shadow entra correndo dentro de casa indo em direção a Claire, fazendo a gritar desesperada. Mas antes mesmo de toca-la, ele para em sua frente e se deita passando a cabeça em seu tornozelo ronronando. O que me fez ficar um pouco surpreso.
Mesmo com a ação carinhosa de Shadow, Claire gritou tão alto, que fez o bichano entrar em posição de ataque.
— Shadow, pare! - digo em tom autoritário, fazendo o mesmo esconder as garras e virar a cabeça em minha direção. — O que é isso? Você realmente ia atacar minha mulher? - digo indo em direção a Shadow que agora havia deitado novamente.
— Como assim me atacar? - diz Claire, enquanto subia no sofá — Você tá vendo a porra do tamanho dele? Eu não teria nem chance de correr! - quase grita.
Olho para a mesma encima do sofá, com a mão a cima de seu peito me olhando com sangue nos olhos.
— Melhor... noite... de todas - escuto Christian dizer com dificuldade pela falta de ar. O loiro se levanta e vai até Claire a empurrando do sofá e deitando. — Certo, agora já pode ir embora - diz fechando os olhos.
— Calma aí, acho que não escutei direito - começa Claire — Vocês me trazem pra essa merda de casa no meio de uma floresta, me comem, quase fazem eu ser engolida por a porra de uma pantera e agora vão me fazer ir embora a pé?
Christian não parecia ligar nem um pouco para o que a garota havia falado, tanto que seus olhos permaneciam fechados e ele não falou nem sequer uma palavra.
— Chame um táxi - digo em tom de deboche, ela não tem nem um tostão do bolso.
Ela olhou para mim com uma expressão de desafio nos olhos.
— Quer saber?! Eu não preciso da sua ajuda. Eu vou andando.
— Já vai tarde. - diz Chris.
A mesma apenas bufou e saiu batendo a porta. Eu não faria a loucura de sair de casa depois de um ano só para leva-la embora. Por mais que algo dentro de mim diga que eu deveria...