Confrontada com o dilema entre a redenção e a perdição, Claire mergulha em um mundo de luxúria, paixão e segredos sombrios, onde cada escolha pode selar seu destino para sempre...
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Quando se é criança tudo o que você mais deseja é ser um adulto, e quando se é adulto você quer voltar a ser criança.
A vida de adulto não é como as crianças imaginam, você não tem liberdade pra fazer tudo o que quer, e não, você não vai estar rica logo quando completar a maior idade. Pra isso infelizmente se tem que trabalhar, as vezes um trabalho que você realmente gosta, outras vezes você topa qualquer coisa por dinheiro, incluindo até a prostituição.
Realmente, ser adulto é até que bom em relação a liberdade, quando se sai de casa você não tem mais ninguém pra te proibir de dormir tarde, ou comer fora da mesa. Porém isso faz muita falta quando se cresce, então aproveite.
Eu costumava ser muito mais feliz e animada antes, o que faz minha cabeça explodir com nostalgias e memórias de antigamente. Mas nem tudo na vida adulta é balada e encher o rabo de cachaça a noite inteira, pra no outro dia acordar com uma tremenda dor de cabeça e uma vontade horrível de vomitar.
[...]
Sentada em minha cama olhando mais uma vez meus e-mails na expectativa de alguém aceitar meu currículo e me chamar para um trabalho, por menor salário que tivesse, eu realmente preciso de dinheiro.
Nada além dos e-mails do banco cobrando as contas atrasadas. Droga de banco, eles te forçam a fazer cartões e mais cartões prometendo uma boa instabilidade financeira. E no final te enchem de dívidas.
Canso de esperar, não é como se um e-mail simplesmente fosse aparecer na minha caixa postal só por eu estar fitando-a com os olhos.
Pego um casaco grosso, lá fora está um gelo. Um maço de cigarro e o esqueiro. Calço minhas botas e saio do meu apartamento, tranco a porta e escondo a chave debaixo de um piso quebrado, eu sei que não é nada seguro, mas duvido muito que algum dos velhos que moram aqui consigam agachar para pegar a chave.
Vou em direção as escadas, vazias, e silenciosas como sempre, esse prédio é tão morto, eu com certeza iria embora daqui se tivesse dinheiro para pagar outro aluguel.
— Você recebeu uma carta — diz Thomas assim que chego a portaria — Quem em sã consciência ainda escreve cartas? — ele diz a si mesmo
Thomas é uma das únicas pessoas que ainda me "ajudam", porém ele não pode ser considerado um amigo. Eu trepo com ele as vezes, em troca disso ele me deixa morar aqui sem ter que pagar o aluguel. Em compensação eu tenho que pagar água, luz e esgoto, isso explica o fato de eu estar sem energia a quase um mês.
Thomas evita contato comigo em público, até porque ele é casado e sua mulher é completamente pirada, tanto que ele sempre reclama dela e de seus surtos diários quando estamos juntos no meu apartamento.
Ele não é nada mal, deve ter uns 1,90. Tem cabelos claros, olhos castanhos e um físico bem estruturado. Ele é dono do prédio e de uma cafeteria que tem na esquina. Infelizmente não posso pegar coisas de graça lá, até porque sua esposa é gerente, e obviamente desconfiaria em algum momento. Ele é ótimo de cama, tem um pau que me fazia ir aos céus, pelo menos foi assim no começo. Depois começou a ficar tão repetitivo que eu nem sinto mais tesão ao vê-lo nu em minha cama.