Chapter Thirteen; hard day

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Eu conseguia ouvir a chuva batendo fortemente contra a janela do meu quarto

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Eu conseguia ouvir a chuva batendo fortemente contra a janela do meu quarto.

A sensação de estar acordada, mas incapaz de mover um músculo. Eu estava consciente, mas prisioneira do meu próprio corpo. Minhas mãos, braços, pernas, tudo estava paralisado, como se uma força invisível me mantivesse presa. Não estava com medo, já tive muitas paralisias do sono, sabia que nada daquilo era real.

Vaguei os olhos pelo quarto escuro, a procura da sombra que sempre vinha à meu encontro durante a madrugada, e então ela apareceu, no mesmo lugar de sempre, sentada na poltrona no canto do quarto. Ela me observa, e eu a observo de volta, o ritual noturno que se repete há anos. Sempre a mesma coisa, noite após noite.

Mas, dessa vez, algo está diferente. A sombra se levanta, revelando sua altura espessa. Meu coração dispara, e sinto um pánico gelado tomar conta de meu corpo.

Um passo.

Minha respiração, que antes estava tranquila, agora estava descontrolada.

Outro passo.

Conseguia sentir meu coração martelando em meu peito, esperando que o pior acontecesse.

Mais um passo.

Tento gritar, mas minha voz está presa na garganta. Tento me mover, mas meu corpo não obedece.

Mais um passo.

Fecho meu olhos fortemente torcendo para que meu corpo desperte e eu acorde. Espero pelo barulho dos sapatos novamente contra o chão indicando mais um passo, mas isso não acontece.

Abro meus olhos lentamente. Finalmente, a fraca luz do abajur revela o que estava escondido por tanto tempo. O que antes era apenas uma sombra, agora é um corpo, um corpo completamente familiar.

O corpo de Ethan.

Minha respiração acelera, meu coração bate tão forte que sinto que a qualquer momento ele vai rasgar minha pele e pular para fora do meu corpo.

Ele estava ali, parado na ponta da minha cama, observando-me com olhos tão intensos que me causavam arrepios.

- Finalmente me vê não é? - pisco algumas vezes mas logo arregalo os olhos ao sentir seus dedos frios passeando sob meus pés. - Não tenha medo - ele sussurrou, sua voz um murmúrio baixo que ecoava pelo quarto. - Você não pode lutar contra isso.

Eu queria gritar, dizer-lhe para ir embora, mas minha voz estava presa na garganta. Minha mente estava em guerra com meu corpo, querendo afastá-lo, mas ao mesmo tempo, ansiando por algo que eu não queria admitir.

Demon in the ForestOnde histórias criam vida. Descubra agora