Canil dos Uchihas

Parte 34 - Dança

Itachi e Shisui, por serem ômegas, faziam os movimentos mais "femininos", na maioria das vezes viravam de costas, iam até o chão quicando, mas Shisui movia os quadris mais rápido que o marido. Obito e Sasuke personificavam os gingados masculinos, já que são beta e alfa, balançando de frente e às vezes com uma mão estendida para simular que seguravam nos quadris de alguém, a diferença, no entanto, é que Sasuke era mais marrento e descia até embaixo. Mas quando a música dizia "finaliza quando vai no chão", os quatro iam literalmente ao chão e rebolavam conforme os papéis que interpretavam enquanto a câmera os filma um por um.

O público lá embaixo enlouquecia, gritava e dançava. O DJ tinha um "termômetro de grito" virtual e toda vez que um dos quatro aparecia, ele mandava o povo gritar. No fim, como planejado por Itachi desde o dia que bolou aquela apresentação, o "combate final" foi entre ele e Sasuke. E como ninguém além daqueles dentro daquela sala conhece suas verdadeiras identidades, ninguém suspeitava que os dois são irmãos e que tudo o que fariam agora foi ensaiado exaustivamente.

Era terrivelmente estranho ver um Shih-tzu desafiando um Rottweiler, mas coerente. Do jeito como simulam um enfrentamento, parece pouca diferença de altura entre os dois. Itachi está de salto 10. A música literalmente diz que a pessoa vai rebolar na cara da outra. Não tem opção melhor. Itachi começa sensualizando, esfregando a bunda no quadril do alfa, que está com as mãos cruzadas atrás do corpo, rebola e joga o cabelo quase dando uma chicotada nele.

O Rottweiler pegou-o pelo cabelo, parecendo que puxava, e girou os quadris quase em câmera lenta, descendo, fazendo o ômega curvar para trás, levantando o moletom ao subir balançando a bunda para que a câmera foque no molejo da sua cintura. O Shih-tzu soltou, contornou-o quase desfilando e parou para fazer movimentos da dança do ventre. O Rottweiler o imitou. Os gritos fazem o vidro vibrar e Madara sorrir claramente satisfeito do plano dá certo porque o pessoal pagou caro para ver aquele espetáculo criado por seus filhos. Então os cães foram ao chão. Naruto quase cobriu o rosto porque enfim entendeu qual era o tipo de vergonha a qual Sasuke se referiu.

O alfa ficou deitado com as costas arqueadas, os quadris erguidos e os pés no chão, quase formando um triângulo retângulo com o chão. Rebolava daquele jeito. E Itachi? Ficou por cima, entre as pernas dele, quicando a bunda exatamente em cima... Tinha gente subindo nas mesas lá embaixo, quase lambendo o tampo, fingindo rebolar por cima do Rottweiler.

Naruto tem a sensação que Kisame vai ter um troço porque não sabe se sente ciúme de ver Itachi rebolando em cima de outro alfa ou inveja de Sasuke.

Que situação confusa em todos os sentidos possíveis, Deus!

E piorou porque sempre pode piorar.

Sasuke passou as pernas pelos braços de Itachi e os dois giraram para trás.

O ômega caiu deitado com a bunda empinada e o Rottweiler estava atrás, com o casaco afastado, para a câmera focar no seu rebolado acelerado. Naruto conhece aquele rebolado muito bem e está morrendo de vergonha por ser consciente disso. O Shih'Tzu fica de quatro e dá uma "bundada", que deixa o outro de joelhos, então se apoia nos pés para rebolar na cara dele, literalmente.

Os berros estrondam lá embaixo.

Certeza que alguém passou mal, pensou Naruto. O alfa se levanta, puxa o Shih-tzu pelos cabelos e os dois se encaixam. É o gran finale da música: eles rebolam juntos, acelerados, sincronizados. Naruto não suportou e fez tal como Kisame: gritou ficando de pé.

Os dois encerram: o Shih-tzu dá outra bundada no Rottweiler, tirando-o de cena, virou-se de frente para a câmera jogando o cabelo e empina o nariz ao fazer uma pose poderosa sobre os saltos.

Fim do espetáculo.

A câmera desligou.

Kisame correu para agarrar Itachi e enchê-lo de beijos, coisa que já havia feito com Shisui. Naruto precisou de um tempo para voltar a si e se desligar da cintura bem definida de Sasuke girando como se não houvesse amanhã. Tomou um gole do suco e levou água para o alfa, que permanece no chão, deitado de bruços, completamente derrotado.