Parte 16 - Sexo

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Eles deram uma pausa por conta da asma. Sasuke está olhando alguma coisa no celular. As luzes foram apagadas, segundo ele, para não atrair os curiosos. Naruto não consegue imaginar quem olharia para uma janela, de onde sai berros sexuais, e pensa "Ah, a luz está apagada. Não tem nada acontecendo". Acabou de tomar o remédio e esperava seus pulmões acalmarem.

Fechou os olhos por um instante, ainda lembrando das mãos grossas apertando as suas ancas, levantando-o da cama quando se arqueou e se segurou nos travesseiros.

A sensação do pau dele invadindo o seu canal sem piedade, os quadris batendo vigorosamente na sua bunda, não consegue descrever. Talvez a palavra mais próxima seja arrebatador. Naruto teve que morder os lábios várias vezes para controlar o seu corpo e não se perder para toda aquela emoção queimando embaixo da sua pele. Foi totalmente diferente do que aconteceu à tarde.

Sasuke parecia um bicho, rosnando e urrando, esmagando travesseiros e o edredom enquanto golpeava com uma precisão absurda o seu canal. Sua bunda está doendo um pouco, mas o desconforto deixado pelo vazio é muito pior e Naruto nunca imaginou que algum dia se sentiria frustrado depois de gozar duas vezes porque seu cu não tem um pau. Aliás, o pau de Sasuke. Nem quando "brincava" de BDSM com o seu primeiro namorado e nem quando transava com o ex-marido, na época em que o amava, teve este misto esquisito e sufocante de sensações, no bom sentido.

-O que está fazendo? - perguntou como forma de se distrair. A culpa o persegue. Diz que não deve querer mais do sexo que Sasuke faz. Que ele não é um depravado e nem uma puta. Não é como se acreditasse na falácia repressora de que sexo é só para reprodução. Mas a culpa o faz não desejar aquele nível de perversão que fez seu corpo e sua alma flutuarem por 20 minutos.

-Colocando coisas aleatórias no meu carrinho da Shopee, sendo que não vou comprar nenhuma delas. - Naruto faz o mesmo quando está sem sono. O alfa deixou o corpo cair para o lado a fim de mostrar a tela do telefone. Sasuke olhava um conjunto de pijama-moletom de pai e filho.

Tinha nas cores branca, preta, azul, marrom e vinho.

Sasuke escolheu a versão preta e a branca porque pareciam se completar. Na preta, a versão pai tem a palavra ORIGINAL e na versão filho tem a palavra CHIBI. Na branca, a versão pai tem a palavra CAFÉ e na versão filho tem a palavra LEITE. Muito fofo.

-Qual é o seu tamanho?

-G2.

-Eu sou G3. O mal de ser alto. - ele comentou e escolheu a versão branca G3 e a versão preta G2. Naruto franziu o cenho e fitou-o de soslaio. Sasuke bloqueou a tela e jogou o celular para frente. Caiu em cima da cama, afinal, ela é enorme. Os dois se encararam. - Se olhar muito, vou achar que quer.

-Por que você escolheu tamanhos diferentes de moletom?

-Segredo.

-Sasuke. - sua expressão desconfiada foi aplacada por um beijo.

-Por que está tão interessado nas coisas aleatórias que eu boto no meu carrinho da Shopee? Quer ver as cuecas que eu escolhi também? E os ursinhos de pelúcia? E as marcas duvidosas de panelas que nunca vou usar? Quer ver o novo massageador de costas que só dura um mês? Uma luminária em forma de lua que todo mundo tem? - aproximava-se. Naruto percebeu o perigo, porém foi tarde demais. Já era alvo das cócegas, dos agarres e dos beijos. Chegou perto de perder o ar de tanto rir, mas quando Sasuke notou a voz chiando, trocou a brincadeira por carinhos gentis.

-É que eu sou curioso.

-Sabe o que acontece com os curiosos que bisbilhotam minhas coisas? - Naruto negou, mas sorria. - Nada. - o loiro riu baixinho. - Mas sabe o que vai acontecer com você, ômega curioso?

Canil dos UchihasOnde histórias criam vida. Descubra agora