Capítulo Dezoito

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— Você realmente gostou do acréscimo
no recurso de chat?

Yelena assentiu com entusiasmo, puxando Wanda pela pista de dança.

— É brilhante. De verdade. Vai exigir um pouco mais dos engenheiros, mas as vantagens são inegáveis. Encorajar os usuários a continuar no chat do aplicativo pelo máximo de tempo possível… Wanda. As projeções mostraram ganhos… – Yelena deu um sorriso largo e encantador de menina. — Astronômicos. A análise de custo-benefício fala por si só.

— Que ótimo, Yelena. Imagino que já tenha contado para sua nova melhor amiga? Ando me sentindo deixada de lado.

— Para com isso. Você está toda grudada na minha irmã. Não aja como se tivéssemos te deixado na mão. – Ela levantou as mãos, encorajando-a a dar uma rodadinha. Wanda riu e aceitou. — Mas sim, eu já contei. Agatha me disse que a ideia tinha sido sua.

— Foi trabalho nosso – disse ela, esticando o pescoço para olhar por cima do ombro dela. — Você a viu por aí, aliás? Agatha? Nós viemos juntas e ela desapareceu.

Wanda estava louca para saber o que Agatha diria sobre sua estranha apresentação à mãe de Natasha.

Yelena franziu o nariz e uma coisa doce e delicada doeu dentro do peito de Wanda. Nada de desagradável, e sim uma coisa plena. A irmã dela franzia o nariz igualzinho.

Ela deu uma olhada rápida pelo salão.

— Acho que a vi conversando com o pessoal de design de produto antes de eu ir falar com vocês.

— Depois eu vou atrás dela.

Wanda tropeçou e sorriu de agradecimento quando Yelena amparou a queda.

Por um instante, as duas dançaram com a música, o silêncio entre elas confortável, camarada.

Yelena pigarreou.

— Sobre aquilo com minha mãe.

— É. O que aconteceu ali?

Yelena fechou os olhos, mas não por muito tempo, visto que era ela conduzindo a dança.

— Não é… nada com que se preocupar. Não leve para o lado pessoal.

Claro, porque aquilo era superfácil. Wanda nunca fazia aquilo.

— Eu sei, falar é fácil, né? – perguntou ela, tirando as palavras de sua boca. — Mas não se deixe afetar. Natasha sabe bem o que ela sente, é sério. Ela é louca por você, sabe disso, né?

— Você acha?

Yelena a olhou como se ela estivesse maluca.

— Wanda. Qual é.

Wanda mordeu o cantinho do lábio.

— É sério. Natasha não é muito de mostrar o jogo, mas só um cego não vê como ela olha para você – continuou ela.

Wanda só sabia o que ela sentia quando Natasha a olhava. Como aquilo fazia seu estômago dar cambalhotas com uma intensidade que a deixava sem ar, a fazia sentir um calor da cabeça aos pés, a virava do avesso.

— Como é que ela olha para mim? – perguntou, mais por curiosidade do que outra coisa. — Me conta.

— Natasha olha para você como se… – Yelena parou e franziu as sobrancelhas. Ela abriu um sorriso, suas covinhas aparentes. — Ela te olha como se você fosse a pessoa mais incrível do mundo.

Se aquela não era a coisa mais fantástica, linda e brega que Wanda já ouvira, ela não sabia o que poderia ser. Com as bochechas doendo do sorriso reluzente que ela não tinha a menor esperança de conter, Wanda baixou o queixo.

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